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dizer, que cUa circutnitancia fez-me vaciilar n'unia opinião já formada. Peço perdão á illustre Comtnis-sào para lhe dizer mais: que *e tracla aqui de um caso similhante ao do Duque de Vizeu com D. João II, quando lhe perguntava, como traclaria o homem que quizesse atlentar contra a sua vida; a Commis-são estabeleceu a sua sentença, que não lhe quero ap-plicar, mas póde-se-lheapplicar de uma maneira muito rigorosa. Eis-aqui o que aCnmmissão diz — u Quando a Commissâo de Poderes do Collegio Eleitoral^ e o Collegio foram assim inexactos, e em matéria de cifras táo fácil de verificar^ é evidente o pouco ou nenhum peso que merecem suas restantes asserções —»» Ora isto que a Commisbâo diz de outros pôde appli-car-se a ella... (O Sr. Holtreman:—V. S.* esqueceu-se da rectificação que a Com missão mandou para n Mesa). De accôrdo; mas não é uma infelicidade que seja necessário mandar uma rectificação para a Mesa n'um caso destes? (O Sr. Corrêa Caldeira:

— K deplorável). E verdade que a Commissão mandou uma rectificação para a Mesa, nem a Commissâo era capaz, depois de ler achado o engano, de deixar de o rectificar. Respeito muito os seus Membros, mas não e umu infelicidade ter de mandar essa rectificação para a Mesa 1 (Apoiados do lado Direito

— e vozes:—É, e) (O Sr. Holtreman: — Foi antes de entrar t-m discussão o Parecer). E note-se bi;m, Sr. Presidente, e tanto mais deplorável esta infelicidade quanto em differentes partes do Parecer insiste-se sobre esta diffcrença (fozes do lado Direito: — É verdade, e verdade) e argumento importantíssimo a diffc-rença que se achou entre as cópias dos Recenseamentos e os Recenseamlos originaes; não escapou ú sagacidade da Commissuo, porque a Commissão umas poucas de vezes insiste sobre a grande importância que lêem 486 Eleitores no numero de 2:000... (O Sr. TIoLtreman:—146); eu não caracteriso á rectificação de outra forma; rnas seguro ria minha consciência, digo, que foi uma grande infelicidade a Com missão ler'de rectificar o seu Parecer nesla parle (Apoiado»),

Ora, Sr. Presidenle, depois de eu ter exposto a esta Assemblea uma circumstancia, que para mim c de lanta importância, depois de um ponto tão grave ler havido a necessidade de explicar o Parecer, e de o rectificar, passarei a occupar-me de outras considerações. -' . '•

Sr. Presidente, escuso de dizer a é»ta Assemblea quanto lamento, que ella tenha a occupar-se deste assumpto, e quanto isso e desagradável; mas não posso deixar de dizer, que me parece, que não é inteiramente perdida'a minha posição no debate. Talvez, e sem a menor duvida, a possibilidade de uma posição ditíercnlc' daquella dos illuslres Cavalheiros, qucMecm tomado parte na discussão, me favoreça a este respeito, para poder historiar, de uma maneira diversa do que elles fizeram, a situação do Districlo de que se tracta. Fallou-se muito das circumstancias oxcepcionaes cm que se acha o Districto, em que só fez esta eleição, e essa historia foi uma conclusão tirada pela Commissâo para reforçar os argurnenlos, que julgou necessário empregar contra a validade das eleições. Sr. Presidenle, e preciso que não considere-remos as cousas no momento, scrn nos podermos remontar ás cousas que as produsiram.

Pois ti d'agora, que se grita contra violências pra-clicadas no Districto do Villa Kcal? R um Partido Voi.. 1.'—..UNKIKO —1852

determinado que agora clama contra ossas violências das Auctoridades daquelle DisÇricto? Ê agora, que um lado du Camará faz isto? O Sr. Presidente! Ou a memória mo falta, ou me parece, que a Auctori-dade Administrativa, que antecedeu a actual Aucto-ridade Administrativa daquelle Districto linha motivos forles, isto e, as suas ideias e lendencias eram para que triunfasse uma ordem de cousas difFerente. E, Sr. Presidenle, perlendo eu com esle argumento irrogar-llie as accusações, que se dirigem hoje ao seu successor ? Não, Senhor; mas o que quero, é que sejamos rectos cm apprcciar os actos dos nossos Adversários. Eu vi em differentes Jornaes accusar 0 Antecessor do Actual Magistrado Adminislrativp daquelle Districto, por empregar meios violentos para obter resultados d.ifferentes... (O Sr. Conde de Villa, Real: — Em 1845) Peço perdão ao nobre Conde, cm 1851; peço perdão ao meu illustre Amigo, para lhe dizer, que se tracla de seis annos depois. Sr. Presidente, seis annos depoii da epocn, que acaba de referir o Sr. Conde de Villa Real, se dirigiram graves accusaçôes áquella Auctoridade, por intentar fazer triunfar princípios polilicos, que me parece, que não eram os mesmos que triunfaram ultimamente. E, note-se bem, estas recordações não são intcira-fnenle inúteis para o caso, porque estas Commissões de Recenseamento foram eleitas na occasião, em que exercia jurisdicção aquelle Magistrado ; foi enlão que que principiou o processo eleitoral, e c necessário não sermos severos no sentido da doutrina polilica contra o grémio a que pertencemos, mas sermos imparciaes e justos, altcndendo aos casos da historia.

Sr. Presidente, esta eleição principiou debaixo de auspícios políticos, talvez diflerentes daquellc-s, debaixo dos quaes ella foi concluída. (O Sr. Mello Soares: — Apoiado). Peço perdão ao illustre Membro da'Commissâo, que me interrompe, que muito respeito, e com cujas qualidades pessoaes muito sim-pathiso, para lhe dizer, que o Parecer da Commissâo não está d'accôrdo com estas considerações, a que me parece que o meu Collega dá assentimento ; porque, no Parecer da Commissâo ha a circumslaiicia de se mandar renovar este Processo Eleitoral, conservando essas Commissões de Recenseamento, e contra isto voto eu com todas as minhas forças. Á excepção de duas, as out.as diz o Parecer, que hão de.. ser conservadas, e a isso é que me eu opponho. A ter de proceder-se a novas eleiçõss, deve começar-se pela nomeação de novas Commissões de Recenseamento (Apoiados).

Eu, Sr. Presidente, não digo que houvesse coacção, ,mas houve Partidos na Urna, e eu não estou aqui para cortejar esle ou aquelle lado; cslou pêra dizer-a 'verdade; e assim mesmo posso-me enganar muitas vezes.

Houve no Dislriclo de Villa Real um facto deplorável, e eu chamo facto deplorável a todo aquelle, em que se verifica a necessidade da intervenção da força armada para a conservação da ordem. Todas as vezes que, para a canservação da ordem, e necessária a intervenção da força militar, eu deploro as circumstancias de similhante estado (Apoiados). Mas, Sr. Presidenle, esse acontecimento, que teve logar na noite de 25 para 26 de Outubro, c o principal argumento que se emprega, para demonstrar a existência da coacção, que invalida a deciaão do resultado eleitoral do Villa Real. Sr. Presidenle, parece-me que o