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104 DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

bilidade por aval; da companhia real dos caminhos de ferro portugueses, por 5:062 contos; dividas de diversas proveniencias; da companhia nacional dos caminhos de ferro, por 60 contos, fóra os juros; do banco do Povo, por 50 contos em aval; da companhia de fundição e forjas, por 20 contos, tambem em aval; da antiga empreza do theatro de S. Carlos, por 10 contos, ainda em aval; da mala real portugueza, por 910 contos. E ainda poderia disser, da companhia de Ambaca, por 989 contos de réis.

Tudo isto estava por liquidar, e tudo isso por liquidar ficou, quando a poucos passos saíu o sr. Oliveira Martins, e quando, mais tarde, se demittiu o sr. Dias Ferreira.

A situação que desenrolou aquelle sudario de miseria; não pôde, mau grado seu, faço-lhe essa inteira justiça, liquidar um só dos desembolsos em que encontrou a fazenda publica.

Pois tudo isto, ou quasi tudo, tem o actual governo liquidado, dando-lhe fórma de pagamento: o debito do syndicato de Salamanca, pelo contrato que fez em 10 de maio de 1894, pondo os bancos do Porto em circumstancias de mais desafogadamente poderem continuar as suas operações; os avales dados ao banco Lusitano e á antiga empreza do theatro de S. Carlos, pelo contrato feito com o banco de Portugal em 9 de fevereiro de 1895; os adiantamentos feitos á companhia real dos caminhos de ferro portuguezes, pelo convenio de 1894, que o tribunal de commercio sanccionou; os que fizera á mala real portugueza, acceitando a concordata que ante o tribunal foi proposta; os da companhia do Ambaca, polo contrato de 20 outubro de 1894.

Tudo isto se regularisou. E duas reservas importantes tem hoje o thesouro comsigo: o stock das obrigações dos caminhos de ferro do norte e leste, já valorisadas pela cotação que lhes abriu a bolsa de Paris; a faculdade de emittir 6:000 contos nas obrigações dos tabacos, que o governo encontrou hypothecadas ao banco de Portugal.

Temos tido uma vida difficil, sr. presidente, entrecortada de espinhos, sobresaltos e dificuldades de toda a ordem, dentro e fóra do paiz; e creia a camara que não são as questões internas que mais preoccupam, nem as que mais angustiam. Temos, porém, uma satisfação, e com isto remato: é que se temos tido dificuldades internacionaes, nós mesmos as temos resolvido; não as legâmos aos nossos successores.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem.

(O orador foi cumprimentado por quasi todos os deputados presentes, e pelos dignos pares que se achavam na sala.

S. exa. não revê as notas tachygraphicas dos seus discursos.

O sr. Carlos Braga: - Tenho a honra de enviar para a mesa um parecer das commissões de instrucção primaria e secundaria, sobre o assumpto de um oficio do ministerio do reino, enviado a esta camara em data de hontem.

O sr. Presidente: - Vae mandar-se imprimir, e depois será distribuido pelos srs. deputados.

Estão inscriptos os srs. Teixeira de Sonsa e José Dias Ferreira, mas faltando apenas alguns minutos para dar a hora, se a camara não resolve o contrario, fecho a sessão. (Apoiados.)

A ordem do dia para ámanhã é a mesma que veiu para hoje.

Está fechada a sessão.

Eram quasi seis horas da tarde.

Justificações de faltas apresentadas n'esta sessão

Participo á camara que o sr. deputado Cau da Costa tem faltado e continuará faltando ás sessões por motivo de doença. - Manuel Fratel.

Pede-me o sr. Augusto Dias Dantas da Gama para participar a v. exa. e á camara que, por motivo de doença, não tem pedido comparecer, nem poderá ainda por alguns dias vir tomar parte nos trabalhos parlamentares. = O deputado, F. J. Patricio.

Para a secretaria.

O redactor = S. Rego.