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trar que nós fomos eleitos pêlo voto espontâneo c livre dos cidadãos, tíu não sei, Sr. Presidente, se poderei conservar a tranquilidade d'espirito quede» zejo manter, não sei se guardarei a placidez que convém á dignidade de um Deputado^ depois da indignação que se tem manifestado nas differentes discussões que tem havido; mias farei todos os esforços para que isso me aconteça.

Se se discutisse tào somente a minha eleição pessoal, se se tractasse unicamente da validade do di* ploma, eu não pediria à palavra, e ficaria silencioso; digo muito francamente, ser-tue-hiá muito indifferente que se aprovasse ou rejeitasse ; não ambicionei o Jogar de Deputado, porque julgo não de-ver sacrificar as minhas comrnodídades e interesses particulares será que de táes sacrifícios resulte vantagem para a Nação, e eu hão julgo que dá minha eleição resulte vantagem á Nação, porque não írie conceituo com capacidade para poder desempenhar a missão que me foi encarregada.; e outro melhor a poderia desempenhar. Mas como se tractadava* lidáde da eleição da Província por onde fui efeito, tractarei de ríjoslrár que ella foi a livre e espontânea expressão dá vontade dos provincianos de Traz-os-Montes. Logo que aceilei a procuração d'aquel-les povos, contraiu a obrigação de promover todos os interesses daquella Província, e julgo fazer-lhe um importante serviço defenden'do á validade da eleição dos Srs. Deputados, que poralli foram eleitos, porque confio muito na sua capacidade^ e que elies hão-de cuidar dós interesses da sua Província com esmero e dignidade, e promoverão cofn o maiof desvelo curar os males, que o Douro está soffrendo,; pàiz este, quê sendo outr'orá o mais rico e prospe» ro de todo o .lleino, é hoje o mais hiisèro, e dis* gcaç&olo; Srt Presidente, os amigos dísiam que—2 Douro corria ouro.-*- hoje porem correm torrentes de .lagrimas dos infelises habitantes daquefle páiz;

Pelos pareceres dás Comm'issòes que aqui se (êerrf lido, vejo eu, que em todas as eleições há mais ou menos irregularidades, mas que essas irregulafida-des não são essenciaesj e não influem no resultado da eleição. Mas,' Sr; Presidente, depois dê tantas eleições quê tem havido, de tantas irregularidades, d'onde procede que ainda hoje haja reincidência de es?ás irregularidades? francamente direi, procede dos precedentes desta casa: (eu terei á dignidade de não personalizar ninguém) se pela prinieira vez que rTestã casa se traclou da validade de eleições" houvesse uma deciáão justa, um procedimento im-parciaí, talvez nunca ilidis se repetissem estas faltas. Ora agora, e depois de taes precedentes será justo, será político, será conveniente qutí nós mostremos tanta acrimonia, tanta escaiidecencia e tanta exaltação em combater irregularidades que não sTio es-senciaes, e que não podem influir na validade das eleições? Ora, Sr. Preridente, parece*rnè que se no luuiiar d'acjuèllá porta deixássemos os nossos reseh-timentos, e entrássemos aqui animados do espirito do bem publico, a náo da estado hiria á salvamento. Da nossa parte ò nosso procedimento têm sido conforme com a dignidade da nossa missão ; eu aqui não vejo senão Deputados dá Nação c a todos respeito, seja qual for a sua opinião í eu hei-dé ter eírí grande consideração as opiniões d'aquél!e lado,; quando ellas sejam conformes ao bem dá Nação, e estou certo que a maioria ha-de fazer o mesmo. . VOL. í.° —JULHO—1843.

Eu reconheço, Sr. Presidente, que Parlamentos s a til Opposição, sãoChancellarias do Governo, más também reconheço q«e Opposições acintosas são o ílagèllo constitucional. Eu desejo pois, que todos nós unidos traclemos do bern comrnum, e tenhamos todas as considerações uns para com os outros — venham as minorias combater os desvarios da maioria, q'uando ellá deslisar do verdadeiro fim a quê sede-te dirigir — esteja firme também â maioria em ré* bater aspertenções da minoria quando ellas não forem justas, nem conducentes ao bem g'eral da Nação. ,