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para obter a prosperidade do seupaiz; principies em defeza dos quaes empunhei como soldado, uma arma em 1826 * em 1828, e na ultima guerra contra s usurpação, principies por devoção aos quaes sof-frj já por duas vezes, uma em 1828, e outra em 1837, o homisio e a expatriaçâo. .

Foi por estes motivos, Sr. Presidente, sem duvida nobres e elevados, que acceitei um mandato, e não para vir a Lisboa fazer a corte ao Poder^ e solicitar benefícios e mercês; sou naturalmente pouco ambicioso, e achando-me collocado n*uma posição social muito medíocre, vivo com tudo satisfeito com elía ;—não soucommensal nothesouro, vivo, e honradamente, do pequeno património que herdei de meu Pai ; — a minha casaca acha-se lisa, não a adornam condecorações algumas, e espero morrer com ella .do mesmo modo, porque infelizmente não me considero com forças e talentos para prestar á minha Pátria serviços que possam merecei-as: a minha única ambição, quando chamado a scena política, limita-se a cumprir o meu encargo j conforme me dirigir a minha curta inteíligencia, mas por modo que eu possa voltar a minha casa, e entrar, o lutniar de minhas portas sem que para dentro delias me siga o menor remorso, por haver atraiçoado os dictames da minha consciência. ,,Concluo, $r. Presidente, lamentando que o Sr. D*pulado pela Estremadura, de quem ha muitos annos sou amigo, me còllocasse na precisão de fal-lar da minha pessoa, o que não posso deixar de fazer corn o pejo que e' natural ao homem honesto quando falia de si mesmo; e lamento que o Sr. Deputado iiesla occasiâo desmentisse o conceito que sempre firmei .do seu amor á justiça, e á verdade dos factos, (Apoiados).

O Sr. Júlio Gomes: —Sinto muito ter merecido esse conceito do Sr. Deputado, com quem tenho intimas relações d'amizade desde que ambos começámos a estudar em Coimbra ; se as informações que me deram são inexactas, não o sei eu; mas o que e certo é que com quanto ellas sejâo inexactas^ ainda nem o Sr. Deputado , nem osoutros Srs. que tem falladq, tem mostrado essa inexactidão, ainda as não tem contradiclo — Sr. Presidente, eu estou muito certo de que o meu amigo o Sr< Pessá-nha, repiígnou, e fez o quanto pôde para não ser Deputado; estou certo, é certíssimo que acceitan-do não foi para vir fazer corte ao Poder, e se a fizesse, ninguém o podia contrariar, porque estava no seu direito. (Apoiado.) Estou muito certo queel-le tem, assim como também eu tenho ^ a peito a prosperidade e liberdade de seu paiz , é neste ponto, Sr. Presidente, .permitla-me o Sr. Deputado que lhe diga, quê não concedo um,passo nem ao Sr. Deputado nem a ninguém, (Apoiado) é não direi nada para, provar o que avanço. (Apoiado^)

Agora, Sr. Presidente, passarei a. responder ao que se tem dito, no que serei muito breve,' porque não quero prolongar â discussão ,• nem o tenho feito— Sr. Presidente, eu não fiz recair osfactos sobre pessoa alguma, é minha pratica constante o fugir sempre quanto me e* possível das personalidades nas discussões,, porque nunca podem produzir s,enâo resultados deáastrosos. (Apoiado.) Os factos foram-me relatados por quem dellès tinha exactas informações t e Sr. Presidente, não é aqui talvez que melíior se pôde saber de que parte existe a ine-

xactidão; o quê eu dissse , è o que disseram os Srs* Deputados ha de chegar a Traz-òs-Montes, e en* tão lá combinando uma com á outra cousa saber* se-ha de que lado está a verdade. (Apoiado.)

Um joútro Sr. Deputado notou haver contradíc-çâo entre o que eu disse a respeito dos habitantes cTAlijó, aonde appareceu forç'à armada, e dos habitantes dos outros Concelhos onde também appareceu força armada ; porque disse o Sr. Deputado: — se os habitantes q" Alijo não votaram como era sua espontânea vontade, por estar presente força armada» também os habitantes d'outros Concejhos de-vião estar na mesma posição, porque também lá estava força armada ; mas não succedeii assim, porque todos votaram conforme foi seu prazer e vontade,' e o caso que se dava para uns, de certo se dá para outros; isto não e' tanto assim ; se os ha* bitantes d'outros Concelhos votaram como diz o Sr. Deputado^ foi ou porque se não amedrontaram á vista da força, ou porque quizeram sujeitar-se á todo o insulto* e levar á todo o,custo os eleitores que lhes pedia a sua vontade; logo o caso d'uns não serve para os outros, e não sei no que haja aqui èontradicção ; se a ha , então deste modo não ha cousa nenhuma que não seja unia contradicção. (Apoiado.) . ' ,

Vamos agora ao objecto das reclamações:— Diz-se que não foram attendidas/ por não terem sido apresentadas em papel sellado;-*—ora eu também tenho algum conhecimento dá Lei de 7 de Abril, e não sei até^ se concorri para ella se fazer; más o fim desta Lei é para que nenhuma auctoridade podesse conhecer de negócios, que não fossem requeridos ern papel sellado ; e pergunto eu, Sr. Presidente, quan* do se indefere uma preterição, não se .conhece desse negocio ?.. Qual e' então a obrigação das aucto* ridades ?.. E' niandar requerer em papei sellado; mas não foi assim que o fizeram; apegar .das reclamações não serem feitas em papel sellado , indeferiram essas reclámações ; logo-tinham inteiro conhecimento da prelenção : ora a Lei de 7 de Abril manda, que, quando um Requerimento for feito em papel não sellado, á aucloridade cumpre, sob pena d'uma muleta, mandar requerer em :papel sellado,, sem comtudo conhecer do negocio; logo, se a auctoridade , acceitando a reclamação sem ae,r feita em papel sellado , incorria na censura de violar a Lei í do mesmo modo incorreu nessa violação, indeferindo a pretençâo; porque neste indt-ferimento mostrou que tomou conhecimento do negocio; aqui está pois á auctoridade incorrendo nesse peccadoj de que os Srs. Deputados a quizeram, livrar, âr^ Pré-s dente : todas estas questões dê reclamações desap* pareceriam, se por ventura sé cumprisse a ^{(Apoiado) i at Lei do recenseamento manda , que elle se faça segundo as cotas da Decima; logo, pegando na Lei do Lançamento dá Decima, se conhece mui bem quem são os indivíduos, que a Lei chama a votar (Apoiado). E ouvi eu dizer ainda agora — não é aqui o logar próprio de traetar da questão , se o xrecensea mente foi bem ou mal feito; — pois ort-de é... Sr. Presidente, que ella se ha de tra-cíar.?./