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não pozesse na mão do aggredido as mesmas armas do aggressor. Sr. Presidente, pertender tolher a livre emissão da voz de um Represenlante do povo é sofismar a verdade do Governo da Carta : a Nação tem direito a saber o que aqui dizemos: a voz do Representante da Nação não se deve só aqui ouvir: esta voz 4eve soltar-se corn .independência natribu-na, e correr livre ewio# liberdade por todo o Pai2.

ÍJm Cjaso destes já aconteceu iem Inglaterra, recusando ta.mbem o redactor de um jornal inserir um discurso; rnas o recusante foi wa-ndado encerrar n# Torre de Londr,e5. Al l i,""Sr. Presidente, ha liberdade, a,lli o goye.i;no representativo-é urna realidade.

S-r. Presidente, pêsa-nie ter sidotobrigado a Irazejr á Camará este acontecimento. O Diário rejeilaudo a inserção dos discursos .dos Deputados da opposi-ção, e inserindo os discursos Ministeriaes (que rnuj-Irts vezes desfiguram os argumentos contrários) dá uma demonstração de evidente parcialidade, que o Paiz não pôde certamente, nem louvar, nem agradecer. Agora declaro já, que rejeito todo o favor que se me queira fazer; porque tendo-o pedido, e corn a Lei na mão, não fui atlendido.

O Sr. Presidente: — Tudo isto tende , a que os illuâlres membros da Coni.aiis^âo apresentem -quanto antes o seu parecem acerca d^a proposta do Sr. Miranda.

O Sr. Carlos Bento:-~- Peço a palavra .; pois ner cessito explicar o .fado , de q^e acaba de fallar & Sr. José Maria Grande,

O Sr. Presidente.'—Perdoe-.rn-e ,o Sr. Deputado : eu em vista do regimento não posso conceder a palavra a nenhum Sr, Deputado, que a lenha pedido sobre este objecto , visto não haver tnoção alguma a si mi l lia n te respeito, (apoiados)

O Sr. Dias d'Â%evedo (António):— A Co m missão d'Estatistica acha-se installada, e nomeou para seu Presidente o Sr. Silva Lopes, para Secretario o Sr. Chrispiniaivrip, e a rnim para Relator.

ORDEM DO DIA.

Continua, a discussão do projecto n.° 138.

Art. 6.e—« Ficam abolidas to.d#,s as conservato» rias das aações estrangeiras nes.les Reinos, e seus domínios. »

O Sr. Rebello Cabral: >—Sr. Presidente, pouco tenho a dizer na conjunctura pre;se.nte, e pouco direi, por muitos motivos, ,sendo o.p,rincipal filho, pó* uma parle, de delicadesa, e por outra, do desejo de evitar, que as minhas intenções sejam adulteradas dentro, e fora .do paiz; e em verdade e mister mais prudência ta-lyez, do que aquella , que já se usou n'uma questão tão delicada... Desejaria mesmo poder ceder totalijierMe da palavra , o que faria se o illujtr.e Relator da Co-mmissâo Diplomática, # quem rendo os inaj^rieá elogios pelas flores, de q,ue -revestiu O;seij djjsc^rso, pelo tralxalhado d*c;l.le d*an-teíiiâo preparado, nie não obrigasse a Uso, quando disse, que eu sustentava perlenções ou exigências estranhas; se o ,nie$mo ill,ustre^(elalior ;me não .offe-recera , como offereceu um duejllo, s,obre esta questão, nas colunirias de um pcriodicio, que redige, duello, que não .ecoeitei ; porque como Represe n-Jante da nação, só neste logar e' que o devia accei-íar, e acceitaria de bom grado, se não obstassem os Qiotj vás, 3 j^we me referi, e ria^lAS dosqua^s não especifiqu.ei, «>prn especificarei. Creria iníeiramen-SESSÃO N.° 11.

te da palavra , se o ilLislre Deputado a quem tne refiro, e que por um lado rne teceu elogios, que nôo mereço , por outro me não fizesse uma censura forte., muito imrnerecida, quando como já disse, suppoz, que eu sustentava exigências estranhas!.. Como pore'm o pouco, que tenho a dizer, não o posso expor, sem fazer algumas perguntas ao Sr, Ministro dos Negócios Estrangeiros, e S. Ex.a não está presente, e eu tinha pedido a palavra, sobre a urdem, para as ditas perguntas, ou para lhe fazer uma espécie de interpellaçâo sobre este objecto, para conhecimento meu, e para conhecimento da Camará, ale' porque a minha emenda não e minha, rnas sim da Commissão, e de S. Ex.a, que, ou por principiar hoje mais cedo a segunda parte da ordem do dia, ou em razão de serviço publico, não está premente, não posso fallar neste sentido, pois que não tenho quern responda ás minhas perguntas. Nesta conjunctura deve passar-se a outro objecto, ou V. Ex.a dirá qual o melhor modo de sahir desta difficuldade. Eu não quero impedir o andamento do projecto, antes pelo contrario desejo saber co-HJO -beide no caso presente sahir desta difficuldade, a não adoptar-se o meio, que lembrei.

O Sr. Presidente: — Ninguém melhor, do que o illustre Deputado sabe a maneira, porque tal difíi-culdade se pôde superar. O nobre Deputado não precisa da minha explicação, necessita sómenle da presença do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, aquém se participou qual era a ordem do dia : se não vier, a Camará decidirá, $e a discussão ha de continuar neste objecto. Mas logo, que venha, o nobre Deputado, que tem fallado por differentes y,ezes , e apresentado algumas ide'as, precisando de .explicações do Sr. Ministro, e de lhe fazer certas perguntas especiaes, tem então direito a pedir a palavra quando quizer.

O Orador: — Sobre a ordem não posso dizer mais nada, e sobre a matéria parece-me, que seria quasi inútil, por isso que o Sr. Ministro não se acha presente. Então parecia-me melhor, que visto haver outro objecto a traclar , se passasse á sua discussão, e depois, quando vier S. Ex.a, lhe dirigirei as minhas perguntas, e segundo as suas respostas continuarei a fallar.

O Sr. Carlos Bento:—Sr. Presidente, eu não vejo realmente motivo muito forte para que a dis-.cussâo deva ser interrompida. Parece-me que o Sr. Ministro, a menos que não seja impedido por al-gurna discussão na outra Camará, não poderá tardar aqui, e então as explicações que S. Ex.a o Sr. Rebello Cabral exige, hão-de ser logo dadas.

Aproveito a oceasião para dizer duas palavras a respeito de algumas observações, que o Sr. Deputado José Maria Grande fez acerca da inserção d'um .seu discurso no Diário do Governo.

O S:r. Presidente: — Não ouço o que diz o Sr. Deputado. x

Õ Orador:-^ Eu pergunto, se V. Ex.a me dá licença para fazer algumas declarações......