O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

( 7 )
siimpto, era preciso nada menos doque enlrar n'uina discussão extensíssima, tão vasta e ião profunda, como aquella que comporta a Resposta ao Discurso do Tlirono. — Co:no havemos nós, com fundamento dár, esle voto, independentemente da queslão de consti-' tucionalidade ? Ksle assumpto, repilo, e' tão vasto, e de tanta magnitude, que eu entendo não havia de ser incidentalmente que nós nos devíamos oceupar delle. —Ainda mais, Sr. Presidente, apesar de o Ministério aqui se achar representado por tres Senhores faz-nie grande falta a presença dos outros tres, e principalmente entendo, que para nós podermos votar com conhecimento de causa sobre este projeclo, era indispensável a presença do Sr. Ministro do Reino. Pela minha parle nas considerações que tenho a fazer sobre o assumpto, acho-mc bastante in-commodado por essa falia. — Eu sei a razão porque S. Ex." não pôde aqui estar, mas lamento que esta Projecto fosse entregue á discussão antes da Resposta ao Discurso do Throno, poisentendo que o volo pelo qual nu discussão da Resposta aoDiscurso doThrono se approva a Polemica do Governo depende não somente de considerações geraes sobre o eslado mais ou menos normal do paiz, mas d'urna consideração superior a Iodas essas e dependente dessas,— a de definir que meio é melhor para vencer as dificuldades em que nos achamos—-e essa importantíssima queslão claro está que não se pôde decidir sem entrar n'um vasto exame de Iodas as circumstáncias que lem affectado o paiz; e como entrar nesse exame sem fazer a historia do que se lem passado, sem transtornar esla queslão de incidente n'unia vasl.i discussão, n'uina discussão amais ampla que o Parlamento pôde ler] ... Pois, Sr. Presidente, não sede-piehende mesmo da* observações feitas poralguns dos illustres Membros desla Assemblea, que leêm sustentado o Projeclo, que circumslancias da maior gravidade determinam a sua approvaçâo? E como podemos nós entrar devidamente tanto na apreciação dessas circumstáncias, corno no melhor dos meios, sem nos oceuparmos de uma maneira ampla e profunda da situação do paiz ? ...
Há mais alguma cousa": no eslado em que a altenção publica naturalmente se acha a respeito de uma queslão importante que se passa na outra Casa do Parlamento, e oceupa a altenção dos Membros do Governo que faltam aqui, parece-me que não é opportuna a occasião para se tractar desle objecto. — Não é" possivel ao mesmo tempo traclar-se de assumptos tão importantes sem que um delles peica pela correspondência que um faz ao outro. — Todos sabemos que a discussão em que actualmente se oceupa a Camara dos Dignos Pares, é de uma impor-landia lai que chama alli tanto a atlençâo publica, como nos priva da presença dos Srs. Ministros, presença que eu acho indispensável para o caso em questão.
Sr. Presidente, eu quando combato o systema governativo, como o que indica a Proposta que se nos apresenta, de certo,que mão desempenho um papel que me seja, muito grato. Tenho ouvido dizer que é fácil ser da Opposição, não sei o que acontece aos outros, pela minha parle alfianço que não encontro nisso o menor prazer; e confesso com Ioda a sinse-ridade que em tal posição por mais macias que sejam as for mas empregadas, quasi sempre parece que as questões são de pessoas, parece que ha mais uma SksííÂo N." 11.
mimisade de pessoas do que de principios; e não e' assim, mas desgraçadamente as su-ceptibilidades of-fendein-se. Entretanto é um* podção indispensável cm cortas ocçasiões, c é uma posição, que se deve desempenhar, quando sejenlende que o Governo nâo segue a marcha que se devia seguir. —E ainda que eu. agradeço infinitamente na parle que me possa locar, os elogios que dirigiu a este lado da Camara o Sr. Miujslio. da Marinha, devo com tudo fazer a V. Ex.1 a declaração de que se esses elogios são exclusivos, ou pela minha parto não os posso acceitar. Sr. Presidente, q favor da siluaçã > do paiz,; a favor da prosperidade publica devo declarar que ha muitas pessoas du Opposição, e muitas da Opposição verdadeiramente conslilucional, que não estão aqui; por consequência nâo se diga que por não haver Op-\ posição forte nesta Camara, não a ha no pai?; não se diga que o partido da Opposição é que só tem exaltados, porque nós temos visto homens exaltados em lodos os partidos, assim como em todos os partidos ha homens moderados, homens de bem, e homens muilissimo respeitáveis, homens muilo dignos de figurar no Parlamento de uma nação illuslrada. Eu peço a altenção do V." Ex."" (Para os Srs. Ministros) V." Ex." veom uma vantagem irumensa em haver uma Opposição moderada no Parlamento, entendo que é por não exislir outia lá fora; cu divirjo um pouco de V.115 Ex.", e antes quero que haja uma Oppoiição violenta dentro do Parlamento, doque esteji lá fora inconstitucionalmente. — Por quanto, Sr. Presidente, nâo pôde ser inconstitucional dentro do Parluiireiílo uma Opposição seni ('aliar ao juramento que presta nas mãos de V. e com tanta mais consciência o digo, quanto esse e' o exemplo de todos os Parlamentos eslrangeirqs, onde lodos os partidos lem os seus representantes. E se tem havido scenas violentas nesses Parlamentos, violentíssimas, não sei que d'ahi venha o grande inconveniente que se recèa ; sendo certo que qualquer paiz ganha mais tendo estas scenas violenlas no Parlamento, do que no campo illegal; pois em quanto as. questões se agitam, em quanto se desenvolvem no campo legal, não recorrem tanto os partidos a meios extra-legaes; porque as esperanças dos partidos, nâo estando elles representados no Parlamento, veêrn-se perdidas, e aonde elles o eslão ainda tem fundamento de espe ar alguma cousa, e tem a nação mais uma garantia de tranquilidade pnbllica.