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tes, a força armada ordinária o extraordinária, e o volo de confiança que se pede diz — conservar, augmentar ou reduzir!... Creio que são as idéas que mais se repellem em combate, esta de fixar, e a outra de conservar, augmentar ou diminuir!... O Legislador quando escreveu este arligo da Carla, nâo leve em vista conceder volos de confiança sobre esle assumpto, aliaz explica-lo-ia de outra forma.
Mas diz-se «os Srs.da Opposição são contradiclo-rios, porque propozeram a auctorisação para a conservação dos Batalhões até que entrasse em discussão o Projecto sobre a fixação da força armada, n Ora eu pergunto c pergunto com toda a sinceridade, o que significa islo senão o adiamento mais generoso que uma Opposição pôde propor sobre uma questão desta ordem ? Nós podiamos levanlar-nos e pedir o adiamento da questão, seguindo a formula geral; mas viemos pedir mais alguma cousa, viemos pedir o adiamento da discussão, sem desarmar o Governo momentaneamente daquelles meios que elle julgava indispensáveis para a manutenção da ordem publica, em quanto senão votava a força sufiiciente: mas isto é muilo differente da questão de qne se tracta, porque depois de se terem creado novos Bj-talhões, depois de se terem fardado e feilo serviço, depois de ter havido o incommodo e vexame de um recrutamento, é que havemos de ir dizer na fixação da força armada — esses Balalhões não devem existir ? Quem concede o menos, deve conceder por força o mais, senão é contradiclorio; (Riso) quem diz que quanto antes, e com lodo o conhecimento de causa Iracleinos de resolver a questão dos Batalhões acluaes, quer lambem que esses Balalhões se aug mentem.
Mas, Sr. Presidente, diz-se «A Opposição deve votar estes Balalhões porque a opposição deve ler na consciência a impressão das dificuldades em que se acha o paiz.» Ora o que nós lemos na consciência ninguém o pode. saber melhor do que nós. Nós lemos na consciência effectivamente a impressão de que ha grandes diíficuldades; eu pela minha parle tenho-a, e essa impressão leva-me a mais alguma cousa, leva-me a lamentar a situação em que se acham os Srs. Ministros; e também um dos embaraços para quem se acha actualmente na Opposição é este, é. ver que SS. Ex." effectivamente não estão em leito de rozas; nâo se acham na melhor de todas as situações; nâo se acham na posse de todos os recursos governativos; eu sou o primeiro a conhecer isto; mas desle conhecimento não posso passar para a approvaçâo de medidas que eu entendo não preenchem o fim que se tem cm vista, porque da bocca das próprias pessoas que sustentam o Projecto, lenho eu ouvido sahir razões das quaes se pode concluir contra o Projecto. Disse o illustre Deputado que se senta no banco superior «Em Portugal ha grandíssima repugnância para pegar em armas; mas ha desordem, ha anarchia»—Pois bem, nós para reprimirmos a anarchia vamos obrigar os povos a praticarem uma cousa contra a qual elles teem grande repugnância! .... Parece-me que este argumenlo é improcedente. Então nós somos coherentes quando vemos as diíficuldades, mas lemos lambem a consciência de que os meios propostos para as remover são ineficazes; podemos dormir esta noile perfeitamente descançados, se hoje votarmos contra oProje-Voi..í2.°— FF.vr.rf.iTio — 18Í8.
cio, porque eslamos persuadidos que elle não preenche o seu fim — dormimos o somno do justo.
Sr. Presidente, peço perdão a V. Ex." mas ha o quer que seja de rigoroso neste modo de dizer—«pois o paiz está em estado anormal, pois o paiz está em circumstáncias extraordinárias, e vós não haveis de votar tudo quanlo vos propozermos ? »—Não Senhor, não havemos de votar senão aquillo que entendermos conveniente ao paiz, não havemos de votar senão segundo a nossa consciência, e a nossa intelligencia; porque, Sr. Presidente, não me veiu bem nenhum de transigir com as opiniões dos outros, nem ao paiz a que pertenço, nem ao parlido de que fiz parle; por isso não eslou hoje disposto a conceder votos de confiança— não tirei dahi resultado nenhum — e sem irmos mais longe, eu não sei.... (e digo isto de passagem, porque não quero discutir agora a lei de saúde), não sei se a lei de saúde concorreu para a revolta; mas o que sei é que a lei de saúde foi um volo de confiança qne demos ao Governo, e segundo se tem dicto, foi a lei de saúde a causa principal de se revolucionar uma provincia inteira.
Porém estas questões são todas castissimas, pertencem á historia da nossa época, provam que o assumpto não se pode decidir; e enlão é islo a justificação do adiamento do que propomos, é a justificação da necessidade em que se acha a Camara de não poder agora tractar deste objecto. Qual é a força com que o Governo pode contar ? Eu ainda não ouvi dizer ao Sr. Minislro da Guerra qual é a força de linha que actualmente existe, e aqui eslá uma circumslancia que devia influir no resultado desla queslão. Eu não sei se os Srs. Deputados que volam a favor do Projeclo, sabem qual é o numero da força armada que existe: o illustre Relator da Commissão já disse quaes e quantos são os Batalhões; mas a respeito da força de linba não se sabe nada.
Um Membro desle lado da Camara que me precedeu, fez, entreoulras, uma reflexão sobre o assumpto que não foi respondida pelos Senhores que defendem o Projeclo; pois não valeria a pena ser essa reflexão tomada na devida consideração? Pois os receios que o Sr. Avila mostrou das influencias funestas que se hão de seguir para a liberdade eleiloral, para a liberdade da eleição, não é isso alguma cousa? Sr. Presidente, do que se lem passado é que devemos ter receio para o futuro; eu não quero dizer que os Batalhões influissem, ou deixassem de influir nas eleições, mas o caso é que isto já aconteceu, já se disse — este Batalhão seja recenseado cm tal igreja — por consequência, a reflexão do illuslre Depulado parece-me que devia merecer alguma altenção, e entretanto não se lhe respondeu.
Sr. Presidente, nós vamos dar uma auctorisação, que segundo as informações fornecidas pelo Governo deve ser, incommensuravel, se, como se diz, não-há obediência ás auctoridades nas mais pequenas povoações, se islo é exacto, como eu quero acreditar, o numero dos Batalhões que se vai crear, deve ser im-menso, e não sei se poderá chegar para esse fim. Certamente se o eslado em que nos pintam o paiz, é exacto, então digo aos illustres Depulados que criem quantos Batalhões crearem, não são suficientes todos: oulras medidas de policia são necessárias para trazer o paiz ao sevi eslado normal.
Um dos argumentos qne os Srs. Deputados nos lêem querido indicar para votarmos esta medida sal-