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t iriam augmentando , que mesmo os influentes avultaram, e uniram-se com tiles contra a Constituição de 1822.

Onde vai aqui o mal? O mal vai nos abusos que se fiseram ; com elltis dispôz - mais os ânimos daquelles Povos, chamando-os-.para o seu partido, e com elles o levou a combater os liberaes, fazendo por este modo com que desgraçadamente aquelle & Povos figurassem nascena política por difteren-te maneira da que lhes indicavam seus próprios seíilimenios. 'Quanto aos acontecimentos de 1828, tem a mesma explicação; porque a Carla Constitucional não era conhecida dos habitantes daquel-Ja Província; foi-lhes apresentada ern 1826, como se fosse a Restauração' da Constituição derribada; souberam ugural-a COHK» precuf&ora dos mestnos horrores ; para o-que concorreu a a-fiibição dos Ires 'Viscondes j e eis-aqui como illudidos tornou novamente a sublevar-se aquella Província; só depois, Sr. Presidente, o Povo Trazmontano reconheceu que linha sido embaído, só depois e que conheceu que a Liberdade não está nos excessos, excessos da democracia, ou da aristocracia; e que só pôde provir-lhe da Carta Constitucional, duquella, pela qual já tinham feito sacrifícios pírra que ella se restabelecesse em Portugal , porque ella lhes garante.seus interesses materiaes; e desde então teem mostrado constantemente as mesmas tendências: nessa Província foi aonde jamais aquelle lado pôde entrar; porque sempre ali ac/jou um muro de bronze.

Sr. Presidente, esta Província acha-se desgraçada e desgraçadissirna, ella está pedindo providencias, que a possamsalvar da situação em que se acha ; talvez mal sciente da verdadeira -causa da sua decadência , attribua a sua miséria a cousas que o não são; rnas que alguma cousa concorreu "para esse estado ; e nosso dever prestar attenção a seus clamores,-e estou certo que se ha de prestar. Sr. Presidente, a maior parte da gente-não sabe raciocinar senão com o posl hoc er^ro .proptcr lioc, não nós que aprendemos lógica, e que estamos sempre a aprender, porque utn iiiuslre Deputado da-quelle lado não cessa de dar-nos lições de lógica ; .muito lógico e' p Hlustre Deputado!! Ate quer lógica nas eleições (Riso)-ale quer se façam eleições por lógica ! ! ! Ora. façam-se eleições por lógica, e •vorernos quaer. as consequências legitimas de tal ío-gica , essas consequências não querem os povos, os povos querem as consequências legitimas-da verdadeira liberdade que lhes assegura a'Carla, felizmente restaurada. ( si f ânodos,)

Mas o Governador Civil foi conduzir o rebanho •dos eleitores ! „. .. Que figura !.-... Os-eleitores tor-•nados ern rebanho, guardados .pelo Governador Civii ! ! . .-... Isto e brilhante; .o Governador Civil .pastoreando os-eleitores , e

defensa porque boa lingaa têein para se explica-

rem.

u E os recenseamentos » A este supremo Jury loca sim conhecer das mínimas circurnslaneias, que podem influir na veracidade cia Representação l\a-cional ; mas como é que se pôde habilitar este supremo Jury para conhecer bem da veracidade da Representação, se não for á face de certos e determinados documentos ! D'orna parte o recenseamento legal e legitimo feito pela Camará ; d'oulra parte as reclamações feitas por aquc-lles que se-.julgam offendidos pelo recenseamento feito'! Ora quando não apparecetn essas reclamações, como e que ha de competir a'este supremo Jury entrar nessa questão ? Porem se este. supremo Jui;y o não faz, não porque não possa, mas porque não tem os documentos necessários, como é que o hão ,de fazer as Assembléas primarias 1 Elias não podem deixar de receber os recenseamentos que lhes enviam as Camarás, aonde esse processo acabou definitivamente , e só fica o recurso para este supremo Jury : as Assembíeas primarias hão de receber os recenseamentos, hão de proceder segundo elles, e peio maí elaborado desses recenseamentos lá está a auctori-dade -publica para exigir responsabilidade ás Ca-maras. Mas as Comuiissòcs foram rauito exactas em examinar os recenseamentos, e com magoa não podem deixar de dizer, que ha assim mesmo bastantes irreguiaridades, não só nesse processo que o illustre Deputado reputou o menos eivado, rnas etn todos os outros; se o illustre Deputado confrontasse uns com'os outros, podia ainda chegar á verdade, e reconhecer que aquella eleição linha sido feita, se não com todas as formas legaes , ao menos com as particularidades suficientes-, aproximadamente, e com a precisa distincção para poder conhecer-se qual foi o verdadeiro eleitor que produ/iu a eleição; mas naquellas Assembleas em • que se praticaram irregularidades , e taos que directamente influíram no resultado dá eleição, essas foram como devia ser, condeninadas. Èis aqui a ra?,ão .porque no processo eleitoral da Beira Baixa não se podo deixar de condemnar a Asseínble'a primaria de Penamacor, que entregou a copia da Acta a um eleiior, que não era o que legitimauien-t3 -lÍRlia sido eleito; e a Co m missão não pôde dar testimunho .maior da sua integridade, do que dizer que esse eleitor, a quem a Mesa da Ass«íiible'a entregou o diploma sem o dever entregar, era da opinião do Governo, negando-o indevidamente ao outro que era da Opposiçao : e posto que para assim proceder fossem verdadeiros os fundamentos, já não compelia á Mesa dessa Assetnblea primaria tornar conl-a delles, . poique é verdade que o 'recenseamento cio cidadão foi indevidamente feito pela Camará Municipal, mas estava feito por quem competiu laxe-lo, e a Mesa não podia negar á face do recenseamento, a copia da Acta aquelle que justamente tinha colhido maior numero de votos ; uàr» o fez "assim, deu-a aquelle que tinha menos numero; comiritMleu uma irregularidade de que proveio u-ru elciíor que não era o da maioria dos votantes ; destas irregula-ridades e que a Commissào não pó> de tolerar; -e eis aqui tèem a prova da sua imparcialidade.