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Snento de causa podem fallar no assumpto, porque estiveram ' alli n'essa occasiâo ; eu desisto pois de responder a essa parte, esperando que elles o façam.

Disse-se, que os Governadores Civis tiveram ordem para acompanhar a ranchada dos eleitores; . •. (e aiu

Sr. Presidente, das eleições da Beira Baixa não se tractou ; o illustre Deputado reputou-as as mais puras, e eu acceitei a sua confissão, se bem que não a sua conclusão ; elle declarou que não tinha votado por nenhuma eleição, e que não sabia mesmo Si? votaria por alguma, entre tanto que outros nobres Deputados reconhecendo ess?«s illegalidades, assim rnoàmo disseram que acharam necessário votos pelas eleições; porque entendeu que a política exige, que nós nas circumstancias ern que nos achamos, lancemos um ve'o sobre cousas, que não influem substancialmente na verdade da eleição ; cou-zas e factos que são muito inferiores áquellas qu? se praticaram em outro tempo, com tudo um nobre Deputado que boje se senta além, que sempre respeitei, e que ainda agora respeito muito, disse, que nem pm 38 se passaram casos tão horrorosos, como aquelles que se praticaram em Santa Maria de Arcozellos! . . Lembrou-me n'esta occasiâo uma expressão do celebre Lynneo fallando do veneno-"• péssimo f um pesssimwn.— Se acaso fossemos fazer o termo de comparação do que agora se passou corn o que se passou em 38, lá e que ha horrores! .i,

Eu. Sr. Presidente, não desejo cançar mais a As* semblea ; talvez que me haja repetido; mas como aqui e pela imprensa, se tem dito — que a maioria não responde a cousa nenhuma, que deixa tudo intacto ; e não responde porque não sabe responder — em taes circumstancias devia ser um pouco mais longo, para destruir d'este modo .uma'imputação immerecida e injusta ; tempo virá, estamos mui pró* xirnos delle, em que se ha-de reconhecer se são justas taes imputações; ou se são verdadeiras como affirma quem as faz, e quem as escreve.

O Sr. Almeida Garret: -^- Eu não respondo ao illustre Deputado; el!e convém nos meus prihcipios^ tnas tira outras consequências ; entre tanto ha um facto que eu sou obrigado a rectificar.

O Sr, Deputado, que acaba de fallar, não percebeu seguramente o que eu tinha dito hontem ; mas creio que toda a Camará percebeu o que eu vou repetir em poucas palavras. Tendo eu censurado muito um Deputado, que tendo uma procuração com a presurnpção de popular, accusasse uma população, no mesmo momento não podia cahir na in-coherencia (ahi não chego eu) de vir censurar uma Província inteira: seguramente a Assemblea hade-nie fazer justiça: eu disse unicamente — que não acreditava em espirito hereditariode Província, em espirito perpetuo, e que seguramente os illuslres VOL. 1.° —JULHO —1842.

Representantes da Província de Traz-os-Montes» principalmente aquelle que acabava de fallar, não queria de certo que eu quizesse calcular o espirito da sua Província pelo que ella linha sido em 23, e %7 — Creio que a Camará se hade recordar que foi isto o que eu disse; isto não e' irrogar uma censura a uma collecção de cidadãos tão importantes como os da Província de Traz-os-Montes. Haverá occasiâo em que eu tenha gosto e Q vagar (se ficar por aqui) de examinar esse facto, que o illuslre Deputado que acaba de fallar, apresenta, que eu con* sidero na minha opinião injusto para com aquella Província; mas agora não é occasiâo disso.

Já» que estou em pé', permitta-rne V. Ex.a e a Assemblea que eu dê também uma satisfação ao Sr. Deputado. Consta-me, q^ue elle se queixara de eu não ter vindo mais cedo—o illustre Deputado sabe, que é peccado velho em mim não vir cedo ás Ses&ôes, por doente não posso vir cedo ; algumas vezes venho, mas no geral não posso ; venho, sempre que posso, e ò mais depressa que posso ; moro longe, e a estação e' inclemente para as pessoas que padecem como eu padeço; posso asseverar-lhe que vim a correr a alvoroço para apanhar ainda alguma cousa. (Riso.)

O Sr. Fonseca, Castello Branco :—-Sr. Presidente, eu não pedi a palavra para fallar sobre a matéria da ordem do dia , que era a discussão do Parecer da Com missão sobre as eleições da Beira Baixa, porque nenhum dos Srs. Deputados p combateu * antes pelo contrario, todos disseram que ellas estavam legaes, ou eram as mais legaes que tinham ap-parecido; mas sirn para uma explicação de ura facto, e para repellir a grave injuria que se foz ao Collegio eleitorul da Beira Baixa, principalmente aos eleitores provenientes do Districto da Guarda.

Sr. Presidente, o nobre Deputada que ehceiou a discussão do Parecer da Commissão, declarou que nada tinha que dizer sobre o Parecer da Cqmmissão, porque essas eleições eram as rnais exactas, que aqui se tinham apresentado; e depois deter divagado por onde quiz, veio em conclusão, elogiando o Governador Civil de Castello Branco\ e irrogando grave censura ao Governador Civil da Guarda , e aos eleitores claquelle Districto»

Sr. Presidente, censurou.se aquelle Governador Civil , por ter ido a Castello Branco na occasiâo das eleições j e disse-se que esse Governador Civil havia encurralado (formaes palavras do Sr. Deputado, e impróprias delle) esses eleitores no Paço Episcopal , que lhe não permittia accesso , que lhe não pennittia que saíssem d'a!li, que os teve em cárcere privado, isto e' que estiveram como os presos pó* liticos no tempo da Usurpação, nas prisões de Almeida e S. Julião da Barra , e em outras. E esta a pintura que nos fez o Sr. Deputado. Sr. Presidente, que factos tão disparatados concebeu ,S. Ex.* na sua alta sabedoria, pois as eleições mais exactas, as mais regulares, são áquellas em que os eleitores estão em cárcere privados? em que elles não têern liberdade,.e não podem votar como a sua consciência lhes dieta? Que censura, Sr. Presidente, irro-gou o Sr. Deputado a esta Assemble'a, que censura, Sr. Presidente, acaba de fazer o Sr. Deputado: as eleições , que reconheceu serem as mais legaes , são aquellas a quern se assaca o defeito dos eleitores não terem liberdade para votar? Otaí esta As»