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sernhíea, Sr. Presidente, jú approvou as eleições do M.nlio, Traz-os-Montes, Beira Alta, Além-Téjo, Algarve, e quando te approvaram estas, e se diz que os rriaib legaes lêem um vicio tão grande, que no rrieu entender te verdadeiro fosse, erarrTnullas , aonde íicatn pois aquellas ? Logo grave censura, Sr. Presidente, irrogou o nobre Deputado a esta Assem-bléa. Sr. Pre.^dtiiie ? eu vou narrar o facto, e esla Assenihleii, que e o yrande Jury Nacional, decidirá, proferirá o seu veredicto sobre a matéria: o Sr. Deputado não apresentou provas nenhumas , estou convencido que lhe foram apresentadas por alguém essa* falsidades; mas eu tenho tanto direito como o Sr. Deputado'a ser acreditado; sendo isto assir§ direi que a Assemblea tem ã julgar das eleições da Beira Baixa, e que.a julgar conscienciosa mente por aquillo qu.e souber, por aquillo que lhe apresentarem, pelos documentos, c fa^er uso da sua consciência, ?c os eleitores estiveram na posição em que o Sr. Deputado os quizcollocar, ou em que os quiz pintar com tão denegridas cores, devem ser hullas as eleições da Beira Baixa. Mas altenda a Assem-blea , que outras eleições hão de apparecer, em que esse- cárcere, privado sé verificou, mas não foi nos eleitores cia Beira Baixa, hão de apparecer, é nàò

Jia de tardar, e então veremos aonde-houve cárcere privado, se foi há Beira Buixa, se em outra Província.

Sr. Presidente, as eleições no Dislricto da Guarda, a que eu pertenço, foram feitas sem a influencia do .Governo , foram dirigidas por homens independentes", foram dirigidas por homens que não Comem á mesa do Orçamento, que nada lem do Governo e nada querem, que o apoiam por que entendem que elie está nos seus princípios, que o apoiam por que elle quer aquillo que elles sempre quiseram, (a Carta Constitucional) e essa é a razão. Sr. Presidente, eu fui dos mais influentes nessas

1 eleições; .declaro á~.A»sembIéa, e á Nação inteira que uada preciso do Governo, que nada delle.quero, e sinto não estarem alli os'Ministros duCosóa, porque .queria pedir-lhe que desatendessem todas as minhas perteuçòes que não tenho nenhumas. Sr, Presidente, te.niio serviços, tenho padecimentos, e nunca subi as"escadas das secretarias,' e então veiíi ir--

.rogar-se uma censura, fazer-se um insulto aos Ciei-, tores independentes í Sr. Presidente, vamos ao hi-• c10 j os Eleitores do .Distrieto da Guarda chegaram á Capital;da Província, como lhe cumpria por preceito da Lei, e aíii em numero de 18 a 20, entre ellcs fui eu , pediram ao Vigário Capitular que lhe desse uma parte do Paço aonde se podesseni reco* ilver; não acceitaram a ho-peu.agem que se lhes ofje-recia nas casas• particulares, por que eram independentes, recusaram todos os obséquios (que em lues

virtuosos não seriam os Eleitores da Guarda, se"èl!eè quizessern abraçar essas pastoraes da coallisão, que bellos homens não seriam. Sr. Presidente? Porém as firmas estão já conhecidas, não era preciso mais, os Eleitores não se enganam com essa facilidade, não são um rebanho de ovelhas, como lhe chamou ò Sr. Deputado, não são, e por isso não sé enga-nani assim. Aqui tem, Sr. Presidente, o facto como se passou; será prohibido que n'uma casa vivam em comrnum 20, 30, 40 homens;1 Não podem elies fa-ze-lo r Ha alguma Lei que o vede, isto quando se não veda que outras sociedades se reunam .? Sr. Presidente , aqui está como-se passou o facto, porém èsquecia-rne fallar naillibàda conducta que teveesse Governador Civil, que se quiz elogiar, ao mesmo tempo que se censurou outro; disse-se que esse Governador Civil tinha conservado todo o seu poder, toda a sua força, por que ella se não tinha envolvido na campanha eleitoral; porém, Sr. Presidente, o Sr. Deputado não ò presenciou , presenciei-o eu , e sei ò que elle fez, e o como se envolveu nas éléi* COes, e a maneira impropua por que o fez; tu vi esperar alguns Eleitores, tirar-lhe a lista, e. darlhe outra; isto é a verdade dos factosy eu tenho direito a ser acreditado , como o Sr. Deputado , e é assim que se diz que aquelie Chere político deixou obrar em plena liberdade os Eleitores ? Decerto não.

Sr. Presidente, por conclusão direi que inuilo me admira que um nobre Deputado censurando outro Deputado deste lado, porque disse que o Po- ' vo de Reguengos estava em revolução, isto sendo-s'?u Procurador, e. era cousa nunca vista o Procu-.-rador insu-Uar os constituintes, mas este Sr. Deputado que fez esta censura caiu noerro que censurou1, porque atribuir aos Eleitores da Beira Baixa tal infâmia e insultar, e procurar contra seus constituintes; pois ..não será o Sr. Deputado Procurador daquelle Povo, e daquelles Eleitores? Sr. Presidente, por esia òebasião vou repellir utna injuria que se fez ao clero, por outro nobre Deputado que censurou o clero que'trabalhou no sentido do Governo. Por acaso o Sr= Deputado julgará menos conforme com os princípios do Evangelho, o trabalhar a favor do. Governo e da ordem , do quê contra Isto', e contra a Carla , e hão viu S. Ex.a rnuitos ec-ciosiaslicòs que trabalhassem neste senti» do? Sr. Presidente , e. aqui estuo mesrno dentro da Gamara ; para que é censurar soo que no? não convém ? Concluo, repito, por não cançar mais a As-setnblea ; ella é o Juiz e decidirá como entender.

O Sr. Pi(ta de Castro : —- Eu não tencionava fallar sobre as eleições da Província da Beira Baixa i "mas deram motivo a iâso as palavras do ultimo Orador que fallou. Serei breve, por não tornar tempo á'Camará : contarei unicamente a história tal qual a presenciei,'sem receio de ser desmentido nesta Ca*" niara ou fora; porque heide requerer umdocurnen--to de uma das primeiras auctoridades, do Governador Civil de Castello Branco, um relatório com todas as"occorrencias que tiveram logar durante as eleiçõeè, relatório que ha de provar tudo quanto eti disser. . ' '