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O S r* Prudente : <_- p='p' a='a' pôj-o='pôj-o' por='por' consequência='consequência' vau='vau' wtos.='wtos.'>

O Sr. Jo&é Esíevão-.: — A palavra , Sr. Presidente.

O Sr/. D. JoiTo d\4%evcdo: —A palavra.

O SP-. Joné Estevão:—Sr. Presidente, eu entro n^sta questão paia cumprir o meu dever de homem de consciência, de homem publico» e para cumprir «r» mandado especial qi*e reeebi. sobre as. eleições do Algarve.

Sr. Presidente, no estado em que a qyeslâo se acha, com tantos desenvolvimentos de doutrin-a , coflv tantas opiniões resp-eikav.eis citadas na d,iscus-são, eom tanta variedade sabre a conveniência da applicaçâo dessa doutrina, não e'dado marchar com prudência sem nos escorarmos em alguma veneranda ai*eloridade , qae possa ser accetta eorn muito acatamento por todos os lados da Camará, lí eis-ahi porqne e» vou aprese-ntae a Auclocidade de um homem que conheci? muita bem as paixões dos outros homens, de um homem que sabe as Leis Ge-raes porque se governam a& sociedades, e as particulares porque se deve goverar qualquer paiz, de um homem que reúne em si todos os atlributos de profunda scfencia , de moralidade e de uma imaginação vivíssima, de um homem em fim que sempre tem embellezado esta Camará com uma das maiores grandezas de eloquência; é a Aucloridade do Sr. Agostinho /llbano.

Leu o seguinte discur&o

«O Systema representativo, Sv. Presidente, as-ti senta sobre o principio electivo , eile é a sua pe-«dra angular; o pri;icÍpio electivo quer que oelet* « tor goze da niaU pSoua liberdade no acto eii> que .«vai eleger; quer que u eleitor tenha amais plena «liberdado fizica , Uberdade moral e política ; e se ^alguma cousa houve que impediu esta liberdade, « nào pôde dizer-se que o eleitor exerceu um aclct « da sua vontade; e se porventura houve casos em, «t que se mostre com toda a evidencia, que oceorre-icrarn circutnstancias , em que os eleitores nào go-e;zaram da sua liberdade, poderemos dizer que o «resultado da urna será a expressão da vontade do u Circulo eleitoral? Persuado-me «pie não, Sr, Pré-íísidente: de que rnodo é, Sr. Presidente, que a «liberdade do Cidadão pôde ser coarctada ? Ou por u que uma força estranha f e% com que os Cidadãos «que eram chamados pela Lei a votar, votassem «Contra a sua vontade, ou porque uma força es-«Iranha fez com que os Cidadãos que havião ir vo-«tar, ficassem ou todos ou a maior parte impedi-« dos de ir votftr; ou quando em fim na recepção, «e apuramento de seus suffragios, nào lia da parle «cíaquelles, que a Lei encarrega desta operação a

Sr. Presidente, o grande Publicista queria com toda a razão' urna trindade de liberdade para dar aos actos eieitoraes toda a sancção que l h" s e mister, queria liberdade política, liberdade moral, e liberdade física : acceito compietameiile estes princípios; a diíeita da Camará não os pôde recusar igualmente, e todo o tn«« tra-balho será examinar

se cora enfeito as. eleições, de 184$ forcara feitas dje-baixo desta s-anía e conslttucional, (io.iUfUíja.

Sr. Presidente , qBan,dfl o GoveMi© por coove-n-ienekas de partida se, entrega ao donunia--do. totiaa as paixões, quando se nega á docência de todos: Q& acto^ sociaess, qu-arado, elle se tortura dentro da es* pliera da sua «actividade frenética, e' esse dominio e. esse frenesi; a sua própria perda : -ha de ser devorado pelas suas próprias paixões ; e á O-ppostçãot aâo co,tnpete, por primeipi-cja d:e na.o-.pal, e por principies de t atiça, senão racob^r a tkeojia com os argumentos da razão, receba-Ia com exs argumentos da coo», venieneia moral; o podei , Sr. Presideale, em taça circurní-lancias lem o seu fado na sua situação tiio-ral, ha de morrer pelo peccado que elle, rnesraa comtnp-lleii.

Sr. Presidente, neste repisar fast-i-dioso de dou* tíinas, nest-a exposição repetida de princípios de direito publico, nestas applicações infrucliferas á questão que eslâmos traeiando , nós devemos possuir-nos printi-palímente das. lucubrações profundas daquelle espirito engraçado e ali lado quê nos ensina a resolver a presente questão eleitoral pelos meio.% da filosaphia de oplitnisoto, e dos systcnias eteito-raes futuras.

Sr. Presidente, cotsia se ha de reger este, e com.Q se regem muitos mundos ern política eleitoral, não/ sei eu, não sabemos nós; podendo apenas ocoupar-nos das Leis parque se rege ,o mundo eleitoral etn que actualmente habitamos. Que esse mundo, seja vago concordo eu , que elle seja óptimo não posso concordar. Sr. Presidente, como pôde haver algum, optimismo, de moral, alguma idéa de perftclibilir dadíi n/unifi região aonde o peior dos vícios, o vicio mais horrendo, aonde a ingratidão liver domi-? nado? Que podemos nós esperar quando o princU pio orgânico da moralidade deste mundo eleitoial, é â ingratidão ?

Sr. Presidente, um homem que nos apuros da angustia, r>o ponto da desesperação levanta uma bandeira caída , que no meio dos maiores perigos apresenta uma face corajosa, e faz annunciar aps , povos tt?r chegado o tempo em que podem ser pre-íniados tantos esforços na Urna ; este homem illus* Ire, físte homem eximio no meio de tantos favores, no meio de tão gr.inde prestigio de gloria, ape-n,-ís »ecebe a triste e acanhada homenagem de um«ji eleição no refugo de um escrutínio forçado?