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Não, Sr. Presidente, foi porque élles tinham fugi* d

Não posso agora deixar de reportar-me aos suc-cessoa de Barcos; porque são importantes. e neHes se vê o effeito característico doestado actual de opinião.— Os succeíSoi de Barcos nào foram motivados por questões entre os dois partidos, que se agitavam : os habitantes de Barcos, por cujo espirito carlisla protesto, tinham escoihidido para eleitor um homem de letras, e de cuuila probidade, que •La tnuito tempo estava na posse de merecer os votos para lal fim: tinham feito constar a sua escolha para Vizeu ; e da Administração Geral tinha vindo a approvação a essa mesma escolha; depois vieram iusirucçòes da Cabeça do Districto, em que se dizia — apezar do conhecido espirito cartista desse indivíduo, é necessário que venha em logar dclíe o Administrador do Concelho. — Sr. Presidente: porque" houve esta dissidência de escolha entre dois ho« snens igualmente Cariistas? Porque as instrucções eleitoraes determinavam , que se escolhessem com preferencia todos os Empregados Administrativos, para o Governo levar junto á Urna a Administração organisada, como a tinha nos Dislriclos, e para poderem mesmo votar por Portaria, Alvará, ou Circular ! .. limão estabeieceu-se a questão dos habitantes de Barcos levarem o seu antigo eleitor, ou o Administrador do Concelho; por fim não houve westigios d'arromba mento da Urna; rnas a eleição foi aunulladii por urn acto discricionário e prepotente : um disse — « euannullo a eleição : « outro disse : — u eu também aannullom e depois desta condem-ttaçâo de nullidade, o Tenente pegou na Urna, e levou-a ! ., Mas, du-se— u levou a Urna , porque Sh'a mandou levar o Presidente da Mesa ; levou a Urna, e a Urna estava já manchada, n — Eu, Sr. . Presidente, não enterrdo isto ; uma Urna, depois de tiradas as listas, creio, qne fica uma caixa ve-

lha; então o Presidente da Mesa havia dizer ao Tenente , que tomasse essa caixa velha, e a levasse? Era impossível.

Em Mezâo-frio a questão estabeleceu-se desta mesma maneira: um ilíustre Deputado disse, que houve grave questão entre o Administrador do Concelho e o Presidente da Camará —d'onde provinha essa questão ? Da mesma preterição exclusiva do Governo, em levar junto á Uina todos os seus Empregados Administrativos.

Sr. Presidente: em Punhe houveram os mesmos aconiecim, ntos, corn pouca diíièrença. Chegaram alguns eleitores dá Opposição junto á Igreja, edis-Seram a urn Sargento, que estava commandando uma Escolta : -r- « O Sr. que f az aqui» f .« Eu venho aqui para fazer as eleições, porque me deram essa ordem j e hei de vencê-las infallivelmente.» — « Mas olhe que então são eleições coadas, n — u Que me importa a mim isso ? Ji mim não me deram or-dem para não fazer eleições coadas ; deram-me ordem para fazer eleições, coactas ou não coadas j o que eu quero é fa%e~las. n -— u Enião passe muito. bem » — e foram-se erfJbora.

Entrou outro, e disse: — «então vamos ao menos fazer a Mesa n; estavam quatro ou cinco pessoas na Igreja, e disseram-lhes : «a Mesa está feita.« — Então quem a fez? Quem e' a Assembléa»?— «Somos nós j? respondeu-se-lhes. De modo que em Punhe fez-se a eleição assim : á porta da rua um Destacamento, dentro da Igreja a Mesa, e a Assem-blea, que eram uma e a mesma cousa; e depois de feita a Mesa pela própria Mesa, deu-se então licença para entrarem alguns eleitores. Requereu-se que se fizesse a contagem das listas, e disse o Presidente: «não pôde ser; tenho de ir para Vianna, e já é tarde.» Disseram-lhe — «que a Lei determina a contagem das listas, corno uma condição essencial da-quelle acto» e elle respondeu: «a Lei da minha commodidade determina, que eu me recolha w e foi-se embora.

Sr. Presidente: eu estou chegado ao Algarve, e sinto, que o nome de V. Ex.* se ache, como Deputado eleito, involvido nesta eleição. Aqui desconfio eu, Sr. Presidente, que à memória me falhe para poder reproduzir completamente todos os modos variados, as combinações estratégicas, a multiplicidade de systeraas, que se seguiram para colher a victoria eleitoral em grande parte das Assembléas primarias.