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o Gt>vfrno, que tal fizesse, ee desacreditaria; mas como os Governos no Syslema Representativo tvão devem ser, senão os representantes das opiniões políticas, que existem no paiz, entendo, que não podem abdicar do interesse, que tem o partido a que elíes pertencem , ern que a sua doutrina se eslabe-Jeça, concorrendo por moio -de uma influencia le-gtrí para que nas maiorias parlamentares existamos defensores dessa mesma donlrina,

FaJ!ou-se-tios em Franca, e nas suas ultirnaselei-ções. Os Jornaes Francczes já antes de ellas começarem , grilavam contra a corrupção das eleitores por tn^io doe despachos do Governo ; único modo este ;por que o Governo pôde alli influir em eleições, á vista do modo por que estão organisados os Col-legios Eleitoraes. Em F-ran-ça teem os Jornaes da Opposição, ern que o iljnitre Deputado da Oppo-siçâo não tem visto queixas, gritado conslanternen-lê doutra violências, que dizern praticadas contra a imprensa; e ainda ha pouco poroccasiâo dacon-dem nação do Redactor do Jornal do Povo a-ppare-peu «m Protesto da Sooi-eélade -dos Liltefatos contra « oelebr-e t)h

Concluo, Sr. Presidenle, que -me julgo legitimamente 'Representante da Naeào pelo Diploma, que o Circulo Eleiloral do Dowro rne conferiu, e que tenho a maior gratidão pela prova de confiança que icccbi ; pois ha rm inim a consciência, de que a devo ao voto espontâneo da maioria 'éos «leitores da-quelie Coilegi-o.

O Sr. Presidente: — Por esta occadã-o peço li-caliça úAssemblea para deixar esta cadeira em consequência de urna pequena explicação cpie tenho a dar.

(O Sr. Presidente desceu da Mesa.) O Sr. Secretario Brandão e Mello leu nm artigo do Reoin,en(o.

O Sr. Gorjdo:—O artigo que o Sr. Secretario leu não e o terminanie; esse artigos para quando a Ga m a rã já está constituída: mas quando e ainda Junta Preparatória o ítegim-enlo diz, que o Vice-Prebidente e u w dos immediatos em idade. Aqui está esta disposição no artigo 2.° quando falia em Sessòe- Prep;irator.a>.

( Uma v «s .• — O nrelhor e que falle da cadeira, e cslti a questão-prevenida. (Apoiados.)

O Sr. Presidente: — Não cançarei muito esta

Junta Preparatória.

Como ouvi fallar nas eleições do Algarve assen* lei que não devia ficar silencioso, e por isso pedi a palavra ; mas como eu contrario similhante modo de argumentar, por isso mesmo que e^tas eleições não eslâo em discussão, e reprovo que se falle em matéria que não esteja em discussão, nada posso dizer a respeito das eleições do Algarve. Se «u podesse mostraria ao Sr. Deputado, que as informações que lhe foram dad-as eram menos exactas. Não tenho mais nada -a -die&r. (Apoiados.—* Fb*es : ~—Muito bem.^

O Sr. Cardozo Draga : — ST. Presidente, eu pedi a palavra quando um illustre Deputado pela Êx-ireinaduTa por occasiâo da discussão do Parecer da Com missão á'cerca das eleições da Província do Douro fallou em processos illegaes que tiveram lo-g~ar em Aveiro, assim como em violências praticadas no imesfno Districto durante as eleições.

Estive ouvindo ÍJOBI a maior attenção que me foi •pos-sivel o iltastre Deputado, mas confesso que nada ouvi de particular epozitivo sobre o negocio ern questão, e que me dissesse respeito, senão o facto da minha transferencia de residência , que o nobre Deputado disse ser contra as disposições d'uma Por-taria que cftou.

A isto, ST. Presidente, já'respondeu um meu amigo que se senta a meu lado, e eu nada mak diria senão tivesse ouvido aqui por vezes fortes arguições ao Governo sobre a sua ingerência naselei--•ções ; mas «ssim não me posso -dispensar de dizer alguma cousa a esle respeilo só por aritor tia verdade , e porque estando nesse tempo á frente da administração d'um Districto devo ter conhecimento do que se -passou.

O Governo, Sr. Presidente, não excedeu os limites do justo e do honesto aqui prescriptos pelos illuslres Deputados, que por vezes tem tocado nesta matéria. O illusíre Deputado e profundo Jurisconsulto que encetou esta discussão disse, que todo o Governo mesmo pelo instincto da sua própria, conservação devia influir nas eleições. Outro illustre Deputado, Orador e Homem dflistado eminente " não só foi da mesma opinião em theoria , mas argumentou também com a pratica q ire seguiu sendo Ministro do Reino dizendo, que também influirá nas eleições.

Outros illustres Deputados d'um e d'outro lado da Camará foram todos conformes na doutrina de que o Governo não só podia, mas devia influir nas eleições pela razão de que todo o Governo tern o seu systema de Política, tem, como se costuma dizer o seu Programma, que é o complexo das medidas que julga mais úteis ao paiz, mas como para o levar a effeito precisa do auxilio dos representantes cio povo, e de necessidade que elle empregue toda a diligencia para que sejão eleitos Deputados que o auxiliem na sua Politi-ca, assim corno « Opposição, que julga a sua mais proveitosa ao paiz e deve empregar s seus corre-ligi-narios políticos.