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ha pintos já, senão em appeltidos (como eu) pois apenas láappareeera alguns patacos. (Uma voz:-— Também ha pintos de praia como aqui.)

O Orador:-.—E este e que e realmente o latet anguis m herba. Sobre este assumpto não digo rnais uma palavra: folgo muito de ver esta applicação de capitães. Com cila augmentará o nosso commercio, com ella o Governo poderá fazer contractos mencfs onerosos, do que os de que tem sido forçado a aceitar: pore'm tudo tem termos, e eu debaixo deste ponto de vista e' que oífereço esta ide'a, não para rejeitar a creação de taes companhias, muito ao contrario, mas queria vê-las também estabelecidas em diversos pontos do interior do Reino: já no Porto começam u apparecer indicios de taes estabeleci mentos, mas eu desejava ainda rnais em outras terras; eu queria ver uma em Villa Real, em Coimbra, em Évora, etc., queria ver estesystema estabelecido em muitas outras partes, para de algum modo se equilibrar a falta de circulação dos metaes no Reino. Uma providencia já eu vi que muito me satisfez, e pela qual o Governo determinou ha pouco, que os pagamentos dos corpos não fosse feito como era ate' aqui — ruas que o fossem nas diversas divisões militares, evitando assirn as transferencias, que custavam ao Paiz, e ao próprio Governo. Desta providencia estou persuadido que hão de nascer outras, com as quaes se augmentará a circulação dos metaes, e esse e que e' o ponto principal.

Portanto, Sr. Presidente, faça-se tudo quanto seja possível, para se obter o verdadeiro conhecimento das causas que dão estes effeitos, mas tenha-se em vista também o remédio que se lhe ha de dar, sem que seja levantar os preços dos géneros; sem que se vá fazer mal a um pobre alfaiate que não tem campos, e que quando comprar um alqueire de milho, o possa comprar, em logar de 400 ou 480, por

O!i ! Sr. Presidente, não posso ouvir taes ide'as, querem só os effeitos. da economia política para os pequenos?... Isso não e'possível, e' necessário que soja pars todos? Querem só o attgmento dos preços para si ; querem vender por alto preço o alqueire de trigo; e não querem carregar com de-cimas; querem que as paguem os fabricantes, e não querem que elles levem caro pela sua mão d'ohra! Sr. Presidente, é necessário ver a natureza das causas, e esperar os 9eus effeitos, e o?i effeitos dessas causas qtse felizmente vieram da Restauração, já muitos benefícios lem feito, e muitos mais ainda se hào de sentir, quando principalmen-Ic se der aos eífeitos necessários a direcção competente ; quando muito particularmente a arrecadação, e cobrança dos impostos for como deve ser rnais regular, e menos oppressiva, porque os povos pagam mais do dobro, ou do triplo do que deviam pagar p t-Io defeituoso sistema que ainda vigora, sistema de que não e culpado o Governo; mas sim nós; porque é ao Corpo Legislativo a quem compete traclar desse negocio, e por ainda não concluirmos a lei permanente da decima; e não sei, se também por se n ao ler concluído a lei dos foraes, a qual faz uma falta considerável ; e ainda bem , que agora fallo nesta matéria, e hoje muito singularmente; porque ao menos espero que esta Camará Sr.ssÃo N.° 13.

singular (como V. Êx.a lhe chamou) n%o se fecha" rá sem que delia saia essa lei de foraes, e a lei permanente de decima, bem como outras medidas desta natureza ; porque estes e que são os meios de melhorar a prosperidade , e de equilibrar os inte* resses de todos. Sr. Presidente, eu quero os interesses de todos, desejo os interesses dos proprietários; porque eu ainda que pequeno, também lenho sof-frido prejuízos: ha uns poucos de annos que vendi uma pipa de vinho por três moedas, e passados dois annos não pude vende-la já, senão por 10, e hoje não posso obter nem 5/000, nem talvez 4/000 re'is, isto é exacto.

Ora quanto ao tal contrabando das aguas-arden-tes sem querer contradizer o que o meu amigo par-* ticipou , sempre direi, que não é possível haver o contrabando como S. Ex.a disse; porque a agua-ardente que pôde entrar de fora do paiz, não pôde vir pelo preço porque nós a podemos vender. Eu não contradigo o que o Sr. Deputado disse, porque elle refere-se ao que lhe mandaram dizer os seus correspondentes; mas da parte delles, e' qu.e eu digo, que não ha soda a exactidão, porque eu tam* bern tenho correspondentes, em Vianna, e nas províncias do norte que me escrevem com muita frequência, os quaes me dizem o contrario.. ..

Mas eu não sei se V. Ex.° está enfadado de me ouvir, parece-me que sim, porque V. Ex.a quer passar á ordem do dia; mas eu lambem desejo continuar porque este negocio e' muito importante; por* que elle interessa a todos, e oxalá, que quando nós perdermos tempo, seja com objectos desta natu* reza. (apoiados repetidos)

O Sr. Presidente: — Eu desejava que V. Ex.* dissesse qual e' o motivo, porque conhece que eu estou enfadado por queter passar á ordem do dia.

O i Orador : — Sr. Presidente, eu não increpo a V. Ex.% mas como tenho notado em V. Ex.° uma espécie de desgosto quando me ouve , receio o ef-fieito da prevençõo... Tenha V. Ex.a paciência $ eu tenho a palavra, e vou fallando. (Differenles vozes, que se não perceberam)

O Sr. Presidente: — Eu desejo que este incidente se esclareça.

O Orador:—-Não tenha V. E x.a receio, porque não entro nesta matéria, declaro que não direi uma palavra a tal respeito; eu mesmo peço já perdão a V. Ex.a aqui não ha já incidente algum.

O Sr. Presidente: — Eu sempre o ouço com muita satisfação por muito tempo que V. Ex.a fal-lê, e por isso como houve esle incidente, desejava que....