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lempo para se formar um bom marinheiro; a se nós não tivermos um viveiro de marinheiros, onde havemos de ir buscal-os quando precisarmos de repenle armar quaesquer navios apressa? Na praça não existem, e ainda quando existissem, não chegavam para isso, porque os navios mercantes todos sabem que se tripulam com umaquanlidade muito pequena de homens em relação aos navios de guerra, porque não teem as mesmas necessidades de serviço: por consequência quando precisarmos de marinheiros, havemos achal-os fora do Paiz, havemos achal-os no Brazil, e nos Eslados-Unidos também, porque elles são estimadíssimos em toda a parte. Já se vê pois quaes os inconvenientes qne resultam de se diminuir a força marítima, por isso que os individuos que teem de ser excluidos do serviço, sâo individuos importantíssimos — são individuos que nâo se fazem senão depois de muilos annos; e é conlra estes re-sullados de taes economias que eu me pronuncio. Dir-se-me-ha, e com razão — que o Projeclo do Governo ainda não satisfaz, porque ainda propõe 300 homens para menos — mas em fim foi o Governo quem o apresentou; na minha opinião é deficientis-simo; entretanto não me julgo habilitado para fazer uma Proposta alem da do Governo; mas sustento a Proposta do Sr. Minsiro, porque entendo que o numero de homens que nella se consigna, é indispensável.
Ora a illuslre Commissão de Marinha fez ainda mais; declarou a qualidade de navios que deviam formar a nossa esquadra ; bem sei que no Projeclo se acha um paragrafo onde se diz —que o Governo pôde alterar, conforme entender, a qualidade dos navios em serviço, entretanto apparece aqui alguma cousa que a todos os olhos c digna denolar-se. Principiar o Projeclo por dizer — que se auclorisa uma náo ou uma fragata ern meio armamento; — esta redacção importa o mesmo que dizer, que uma fragata
ou uma náo é a mesma cousa.....(O Sr. Lopes
de Lima: — Nâo ha quadro no meio armamento) é verdade que não ha quadro, isto é, não ha quadro para o eslado incompleto; um Regimento lambem rrão tem quadro para quando está fraccionado; mas quando se diz meio Regimento, enlende-se que é metade do Regimento, enlende-se um Batalhão, segundo a nossa aclual organisação mililar. Eu vou fazer algumas pequenas ponderações, para mostrar o que é um navio em armamento;—isto são especialidades, das quaes nem todos estarão ao faclo. Eu respeito muito todos os Membros desla Camara; eslou convencido que sabem todos mais do que err, mas neste objecto faço algumas reflexões, que pôde ser quo sejam inúteis, mas não serão demasiadas para se poder julgar com conhecimento de causa, porque entendo que lodos os objeclos se devem volar com inteiro conhecimento. (Apoiados)
Um navio armado comprehende um cerlo numero de Officiaes, marinheiros, etc, numero que deve eslar em harmonia com as necessidades do serviço. Ora quando se diz que urn navio eslá em meio armamento, não se enlende que se diminue o numero de marinheiros, porque um navio em meio armamento precisa de marinheiros para a manobra, que é a mesma, quer o navio esteja em meio armamento, quer esleja em armamento completo. Nâo se entenda por navios em meio armamento os que eslão ahi no Tejo, que se dizem—em meio armamento, — mas
esta força, e ern consequência de ter cessado a urgente necessidade que tinha exigido aquelle aug-mento de praças, continuou a íixar-se o quadro nos 681 homens de que elle constava na sua primitiva organisação: ora existindo embarcadas262 praças do Batalhão Naval, restam 419 que juntas ás 2t88, total da força em serviço aclivo, dão 2907 homens, e desta somma, deduzidos os 2400, ficam 51)7 praças, as quaes estão em serviço. Ora eu não me persuado que o Governo queira dar baixa aos Soldas do Batalhão Naval; oGoverno não quererá também, nem pôde, demittir os Officiaes; por consequência não resta outra cousa senão marinhagem; é pois necessário despedir do serviço 507 homens, que pertencem á classe de marinheiros. E nesla occasião devo eu aqui fazer algumas considerações sobre esla classe, as quaesme parece que merecerão a altenção da Camara.
Todos os illuslres Deputados que teem embarcado, sabem qual é a árdua e penosa tarefa do marinheiro a bordo; quantas vezes elle tem de arriscar a sua vida, e a sua saúde; e quanto tempo gasta em se habilitar para chegar a ser marinheiro: habilita-se o soldado em um anno até dois, para ser bom soldado; inas o marinheiro só é bom depois de andar oito ou dez annos sobre o Oceano. (Apoiados) E pergunto, convirá relirar do serviço 500 e tantos desles
individuos para os lançar no meio da cidade ?.....