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DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

em auxilio d'aquella provincia, mas a opinião collectiva da camara.

A opinião de toda a maioria é favoravel aos actos do governo, mas essa opinião é a que cada um formou pelas noticias, mais ou menos exactas, e pelas informações mais ou menos completas que tem dos actos que o governo praticou. Nós porém constituidos em julgadores á esses actos, temos obrigação de tomar conhecimento d'elles, para lhes darmos o elogio ou reprovação que merecerem.

Comquanto approvemos a idéa do governo ter protegido a provincia do Algarve, que se achava em circumstancias criticas, parece-me que não devemos desde já assegurar a approvação das medidas que elle tomou para a realisação d'essa idéa, e que nós ainda não podemos apreciar, de que como corpo collectivo não temos ainda conhecimento official, porque isso seria comprometter o nosso voto.

Associo me de todo o coração e boa vontade ás palavras repassadas de sentimento do illustre deputado o sr. Bivar, que, como filho d'aquella provincia e seu digno representante, sabe o alcance da desgraça que opprimiu os habitantes d'ella, e que eu não posso apreciar tão bem como s. ex.ª, porque não tenho a honra de conhecer a provincia, que espero conhecerei mais tarde; associo-me ás suas palavras, bem como ás que foram proferidas pelo illustre deputado o sr. Marçal Pacheco.

A proposta do sr. Barros e Cunha, comquanto possa estar de accordo com os sentimentos dos deputados pelo Algarve, e mesmo com os da maioria d'esta camara, não deve ser approvada por aquelles que mais tarde têem de se constituir em julgadores dos actos do governo em relação á questão sujeita, e parece-me por isso que a phrase, que está no projecto da resposta ao discurso da corôa, é aquella que exprime, com a reserva necessaria, o sentimento da maioria da camara relativamente ao procedimento do governo na provincia do Algarve. (Apoiados.)

Foi approvado o projecto de resposta ao discurso da corda, na generalidade e na especialidade por paragraphos, ficando prejudicada a substituição oferecida pelo sr. Barros e Cunha.

O sr. Ferreira de Mesquita: — Mando para a mesa um parecer da commissão de fazenda ácerca da proposta do governo apresentada na sessão de 1875 com respeito á classificação dos assucares nas casas fiscaes do paiz.

Mandou-se imprimir.

O sr. Barros e Cunha: — Participo a V. ex.ª que o sr. Anselmo Braamcamp não tem comparecido ás sessões em consequencia da morte de seu irmão o sr. Geraldo Braamcamp.

O sr. Presidente: — Na conformidade do regimento um dos srs. secretarios irá desanojar o sr. deputado.

O sr. Teixeira de Vasconcellos: — Mando para a mesa a ultima redacção do projecto de resposta ao discurso da corôa.

O sr. Secretario (Ricardo de Mello): — A commissão de redacção não fez alteração ao projecto de resposta ao discurso da corôa.

Foi approvada a ultima redacção. O sr. Presidente; A deputação que ha de apresentar a Sua Magestade El-Rei a resposta ao discurso da corôa é composta alem da mesa dos seguintes srs.

Agostinho da Rocha e Castro.

Antonio Augusto Pereira de Miranda.

Antonio José de Seixas.

Antonio Manuel da Cunha Belem.

Augusto Correia Godinho Ferreira da Costa.

Augusto Maria de Mello Gouveia.

Carlos Testa.

Conde da Graciosa.

Conde de Bretiandos.

Thomás Antonio Ribeiro.

Visconde de Guedes Teixeira.

Pedro Roberto Dias da Silva.

O sr. Ministro do Reino: — Sua Magestade recebe a deputação na segunda feira á uma hora da tarde.

O sr. Presidente: — A ordem do dia para segunda feira é a continuação da que estava dada.

Está levantada a sessão.

Eram mais de quatro horas da tarde.