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preciso que de uma vez" para Iodas acabemos com estas questões sobre cores , ou não cores de listas; é preciso que soe bem alto o principio da Lei a este respeito, é preciso mesmo que os precedentes se-iatn trasidos á colação para se ver que um objecto destes não pôde todos os dias estar a servir de argumento. Sr. Presidente, a Lei não obriga ,r nã,oi jnarca, não designa que as listas sejam desta, ou daquella cor, o Cidadão não pôde julgar-se de maneira alguma obrigado a seguir uma, ou outra cor, «ste e' o principio da Lei, e-o Cidadão não pôde de maneira alguma ser obrigado a fazer, ou a deixar de fazer alguma cous,a senão em virtude da*Lei, mas sendo a Lei, ou sendo o preceito da Lei este, presunto eu, porque se não ha de fazer o que ella não prohibe ; nticis-, Sr. Presidente, será isto uma cotipa nova quo nunca tivesse logar, não, Sr. Presidente, os primeiros que usaram listas de cores naquella Cidade mesmo, foram os homens do partido que aquelle lado representa; em 1838, não houve Assemblea nenhuma aonde não apparecessern lislas de differentes cores, e então, Sr. Presidente, quando os discípulos seguem assim o preceito dos mestres, são por isso censurados? (Apoiados.) Sr. Presidente, esta questão não é só de 1838 é de 1840, e no de 40 aquelle lado da Camará pelo seu or^ão o Sr. Sá Nogueira lamentou que em S. Sebastião da Pedreira" tivessem apparecido listas de cor, e carimbadas; mas a Commissão na qual estavam dUtinctos Oradoresdaquelle lado, julgou que isto não influía ern nada na eleição, porque não era esse acto vedado pela Lei, e o -mesmo Sr. Sá 'ISoTieira o reconheceu aqui em muito claras palavras , e somente o que lamentou, é que estas lislas fossem dadas aos soldados da Guarda Municipal ern forma, e que ell^s marchassem em forma de votar.

Sr. Presidente, que mania e' esta de fazer, guerra ás cores? Será pela razão que se ostenta, ou por outra que e muito fácil de comprehender ? Creio -que se as cores tivessem sido favoráveis ao lado do Sr. Deputado nos réus resultados, haviam de ter as cores nesta Casa grandes elogios.

Sr. Presidente, veio depois o caso miserável da IVIaia, disse-se que ahi tinha sido espancado o Juiz Ordinário, quem foi espancado, Sr. Presidente, por que isso é facto verídico, não foi o Juiz Ordinário, foi o tumultuario António da Silva Marques (aliás Hebe! Io).

" Sr. Presidente, eu lamentei, e lamento, e lamentaram todos os meus amigos políticos, que aquelle facto tivesse existido, mas quando se tiver de examinar a moralidade do facto pelas circumstancras' que determinaram o facto, e qnc o'acompanharam iiade concluir.se com toda a r a são-e justiça que o acto não foi louvável, como realmente não foi, por que a vindicta publica não pôde ser aulhprisada ern uma sociedade, com tudo elie foi altamenle provo-: cado pelo comportamento e serie de actos-daquelle cidád-ão. ' .

Sr. Presidente, era Juiz Ordinário sem .duvida, alguma esse cidadão, mas como tal não lhe cumpria faser da sua casa um deposito de proclamações. incendiarias, para todos os dias as e.star espalhando pelo Concelho de Maia, não lhe cumpria empregar os seus escrivães neste'serviço, não Ihí^c^m-pria fa;ér ajuntamentos de cidadãos, mas náo de.

cidadãos pacíficos que se 'occupassetn de objectos" eleitoraeSj mas dê cidadãos armados de chuços e de* espingardas, procurando levantar as massas, persuadindo-as de que o que se queria era restituir as milícias, e os foráes, e sendo aquelle Concelho muito opprimido com os foráes, quiz -ver se os indispunha para se levantarem contra todas as auclorida»; dês, isto com o propósito-de conseguir sem fins; mas deixemos isto que e' tudo anterior ás eleições; passarei aos actos eleitoráes. No dia das eleições1 pôz-se á lesta de differentes pessoas armadas, caminhou para o sito da Assetnblea, e mandou assediar a Igreja, elle mesmo sahio dalli para certa distancia, para' caminho aonde deviam passar todos os eleitores, e alli com violência e mais revoltante maneira lhes arrancava as listas, fasendo-as substituir por outras! Além disto para tornar mais a;pparatoso o desenvolvimento d'acção, elle mandou vir do Porto esses Limas affamadòs, a quem se têern tecido tantos elogios decivismo, os quaes effectivamente se drrigi--ram á Assemblea de Aguas Santas sem álli estarem recenseados, todos armados e só com o fimdefaser

.barulho, isto constou na Assemblea, muitos cida* dãos sahirarn, e foram ver se era verdade e vendo que era, apoderou-se delles tal indignação, accom-melte-os tal furor que cahiram no accessode darem, e espancarem a qualquer indivíduo ; agora-pefgun-to eu, não mereceu elle isto, digo que sim, e digo que sim pelos princípios de um Sr. Deputado, de aquelle lado (esquerdo), porque se o povo (como disse o Sr. Deputado) é soberano no acto das eleições, se ern consequência desta soberania o Governo mesmo não tem o direito de exercer acto algum de policia preventiva, como e' que se hade negar a este povo no uso da sua soberania, o direito de castigar um homem que assim lhe tira os votos 1 (Apoiados.) Sr. Presidente, quem não quer que se usem destes argumentos, não traz aqui individamente a soberania do povo, não traz aqui a soberania do povo para ate' impedir o emprego dos meios preventivos, querendo que nos redusisse-mos nessa epocha polilica a um estado de selvagens. (dpoiadog

-não affiguraram, assim como em 40, mãosdefer-

s ro a despedaçar urnas, e a faser outros delidos!! Oliveira cTAsemeis, não devia o Sr. Deputado aqui apresentar semilhánte facto ; porque nós tivemos a generosidade d-e não enumerar os casos de Agueda, cie S. Lourenço do Bairro, de Sa.nto Varão, aondp os do seu partido fiserain gentilesas de valor. Não devia refeiir Olíveirad^Asemeis, aonde presidia um homem modesto a todos os respeitos, um homem probo, e qúò tem não só aopinião, .mas a confiança de aqueíles povos. O 'que fez aquelle Presidente, sã-, hindo da Assemblea, não foi ciimprir um maadato, foi apersuasão em que estava de .que a eleição não devia ser um a-cto deviole;)cia} e da mais revoltante, lyrannia. - . - .

Sr. Presidente, ate' á veapera não tinham appa-