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tos não. só porque as listas não trasiam a designação da Freguezia onde elle residia , mas porque essas listas vinham numeradas — este protesto não vejo mencionado no parecer da Com missão : e eu muito de propósito baixei a esta espécie, porque ella tem relação com um faclo que se passou comigo. Uma Auctoridade de Lisboa, fazia parte da Mesa eleitoral de Sacavern , as listas distribuídas na Freguezia de Unhos eram coradas, .e essas listas geralmente fallando traziam o Eleitor do Governo riscado, e o nome do da Opposição ; perde-se a eleição para o Governo, e exclama esta Auctoridade Administrativa do Lisboa " Eleição que eu torne a dirigir não passarei listas senão numeradas, porque eu quero saber quem atraiçoa n — (Uma l^oz—isso e' u m facto particular) islo e um facto particular, mas eu não pretendo que se stigmalisti simplesmente este, pretendo que se stigmatise geralmente o processo da numeração das listas, por isso mesmo que não que-,iia repetido este excesso. Mas, Sr. Presidente , alguém tem querido diminuir a culpabilidade d'este acto dizendo, «que cada um na lista que entregava podia pôr a marca que lhe approvesse, e o numero que quizesse—-» ninguém o tem contestado; mas essas listas foram numeradas á lergo, e rernel-tidas pelas Aucloridades aos Eleitores, ficando o numero no Administrador do Concelho respectivo; importa isto manifestação do escrutínio ? Eu entendo que sim. Permitia-me a Camará que eu lhe leia um documento d'um dos Administradores do Concelho de Lisboa, e este mais avisado que o Juiz de Direito de Ponte de Lima não seassignou Administrador do Concelho, mas todos nós o conhecemos; este documento ainda por outras considerações merece altenção, diz elle.

«Ill.m°Sr, Sendo o dia 5 do mez de Junho do « Corrente anno o designado para a eleição dos « Eleitores de Província, a quern é confiada a di-« ficil tarefa da escolha de Deputados, que, por «sua posição social, independência de caracter, tt conhecimentos, e decedida adhesão ao systerna « consignado na Carta Constitucional de 1826, of-íí fereção as necessárias garantias para consolidar ti este Venerando Código, dadiva generosa do Ira-« mortal, e sempre chorad o D. Pedro 4."; e lendo « sido escolhido pela Comrnissão filial a que tenho « a honra de presedir; e pelos Cidadãos que a ella « se uniram, para exercer tão elevado cargo os Ci-ct Cidadãos que por suas virtudes civíças estão no <_ rogar='rogar' zello='zello' perda='perda' man.hã='man.hã' deos='deos' digne='digne' pelo='pelo' pélas='pélas' lisboa='lisboa' presencear='presencear' correr='correr' listas='listas' pela='pela' presidente='presidente' victoria='victoria' como='como' urna='urna' indicada='indicada' it='it' decon-.='decon-.' usurpação='usurpação' ventura='ventura' as='as' jesus='jesus' scenas='scenas' municipal='municipal' cazo='cazo' espero='espero' pessoa='pessoa' prova='prova' fimremettoas='fimremettoas' dos='dos' eleição='eleição' diver-='diver-' triotismo.='triotismo.' se='se' por='por' cora-='cora-' cauzariam='cauzariam' pa-='pa-' gencias='gencias' _='_' a='a' seu='seu' e='e' preciso='preciso' certo='certo' tomo='tomo' partidos='partidos' o='o' p='p' nomeado='nomeado' u='u' v.='v.' dia='dia' da='da' com='com' de='de' approvada-='approvada-' do='do' mais='mais' recahia='recahia' approvado='approvado' liberdade='liberdade' lista='lista' exerce-lo='exerce-lo' consequência='consequência' coligados='coligados' s.a='s.a' deixara='deixara' verá='verá' duas='duas' desejão='desejão' este='este' na='na' esta='esta' _5='_5' _9.horas='_9.horas' já='já' inclusa='inclusa' _1.='_1.' que='que' dará='dará' voto='voto' evitar='evitar' igreja='igreja' uma='uma' lançar='lançar' for='for' ainda='ainda' para='para' mesa='mesa' camará='camará' _2.='_2.' referido='referido' não='não' candidato='candidato' comparecer='comparecer' proposta='proposta' parece='parece' occasiâo='occasiâo' precisas='precisas' favor='favor' çâo='çâo' guarde-a='guarde-a' _31.='_31.' contingente='contingente' inclusas='inclusas' votar='votar'>

« Maio de 1842 O Presidente da Comrniísão filial « na Freguezia de S.José — José' Joaquim de Bar-« ros. «

Sr. Presidente, em Inglaterra diz-se, que no tempo d'eleiçòes distribue-se muita libra, e muita cerveja, esta e a cerveja do novo Paiz!... (riso) n'islo fallo com toda a imparcialidade; d'um lado falava-se nos dízimos e nas milícias, d'outro lado falava-se nos horrores da usurpação, e mesmo na Federação Ibérica, mas isso e' meio eleitoral, é estratégia. Este papel, Sr. Presidente, era excellente senão fosse munido com esta lista , mas e péssimo, é contraproducente, e'immoral com esta lista dentro. Quem ouvisse ler este papel diria — o candidato do Governo e um General que perdeu um braço pela Carta e pela Rainha no Cerco do Porto; o candidato de Opposição e algum homem amigo do usurpador, alnfiirn homem que foi demittido por suas opiniões políticas — pois Sr. Presidente, era o contrario. (Apoiados) Um homem de quem eu sou miniarnen-tc amigo, que tem mesmo n'esla Casa muitos amigos, mas que ainda hoje se acha demittido por ter servido no tempo de D. Miguel , era o candidato do Governo, e o candidato da opposição, esse homem que queria os horrores da usurpação, era o Nobre Visconde de Sá da Bandeira !.... (Apoiados,)

Ora, Sr. Presidente, eu toquei neste ponto como thema para fazer algumas reflexões, e para votar um agradecimento a esta Casa.

A Coallisão, Sr. Presidente , tem sido theiua para se dizerem muito bellas cousas nesta Casa : eu agradeço a civilidade e decoro com que aqui se tem fallado nessa Coallisão, e talvez seja por eu aqui me achar que ella tem sido tractada com toda a moderação; (Apoiado) por consequência voto agradecimentos á maioria da Camará visto ter-se portado tão cavaiheirarnente.

Mas , Sr. Presidente, que tem esta Coallisão de monstruosa nomeio d'um paiz constitucional? Por que entram n'ella os homens do Progresso Legal? Não , porque esses homens não professam os princípios políticos da maioria, mas foram em outro tempo seus companheiros , e pelejaram debaixo das mesmas bandeiras; não e contra esses que vai esse rancor; será contra os nimiamente orthodoxos Car-tistas, será contra esses cidadãos sem mancha ? Também não, porque eu tenho visto daquelle lado da Camará tributar toda a consideração , e todo o respeito a estes nobres Cavalheiros. Então, Sr. Presidente , onde está o elo horroroso dessa cadeia chamada Coallisão? Está em n'ella ser admittido pela primeira vez o Partido vencido! .. Mas, Sr. Presidente , eu infiro peia discussão que aqui tem havido, que não e um crime o Parlido vencido entrar em eleições, porque o Partido vencido também entrou em eleições talvez numericamente fallando, mais a favor.dó Governo que da Opposição, e eu não vejo estigmatisar esse facto. (Apoiados.)