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mós privar aquelles Srs. que aqui tiveram entrada em consequência de votos, fios quaes talvez não influísse o do Eleitor que vem a ser diminuído, aeho que seria uma violência privar esses illustres Deputados de terem assento, tia Camará, e privar-nos a nós das luzes e esclarecimentos que nos pôde prestar o seu grande merecimento; merecimento, Sr. Presidente, que nós jnuito estimamos sem até aqui o termos sabido temer (Apoiados). Sr. Presidente, eu voto por estas eleições que estão em xliscussão, e voto por ellas convencido de que o não faço tendo de violar principies de justiça, porque, Sr. Presidente, ainda que muitas irregularidades existiram no processo eleitoral desta Província, no entretanto eu digo a respeito delia* o que me parece que disse o Sr. Manoel Duarte Leitão a respeito de todas as outras irreguíaridades que nellas notava, não viciavam a essência da Representação pelas dífferenies Províncias, e que portanto as approvava, também eu approvo estas, Sr. Presidente, fundado nos mesmos princípios.

Sr. Presidente, quando se me citam casos de irregularidades cmnmettidas, quando se falia em uma pessoa que foi espancada no Porto, apesar de, Sr. Presidente, ,eu entender que esses excessos de ma» neira alguma devem manchar o Partido a que eu pertenço, porque entendo que esse Partido não precisava de simiihantes excessos para elle ter Representante» nesta Camará; também digo que deploro altamente simiihantes acontecimentos, digo que a imprensa desse Partido foi unanime em o reprovar, e expresso-me assim agora, não espero ser Opposi-cão para o fazer, porque me parece que vermos nós os desaceitos de nossos contrários unicamente na occasião em que entendemos que os nossos desacertos não nus podem ser úteis, não é generoso, não é sincero, não é leal, não é franco; a Oppo-sição se queria ter eloquência agora , era necessário que a tivesse então, quando deste lado da Camará se lhe lançaram em rosto excessos , que elle não pôde occultar, mas não se fez isto; negou-se tudo, e hoje argumenta-se com a notoriedade Publica, e não houve então notoriedade Publica? Mas, Sr. Presidente, eu não me quero demorar nesta comparação por generosidade para com aquelle lado; voto pelas eleições da Estremadura.

O Sr. frieira de Castro: — (Para uma explicação de facto.) Sr. Presidente , se a questão tem sido longa, não deve responder por isso a minoria da Camará. Eu sempre tive para mini , que todos os Membros desta Assembléa, quando vieram para aqui, vinham já com o seu juizo formado, e as convicções dos nossos dias são tão ferrenhas, que diffi-cilmente se rmi-iarn. O que competia á minoria era expor á Junta Preparatória , e ao Paiz as irregularidades, que se tinham praticado; isto fez ella, o resto era da maioria da Camará ; se pois não tomou as decisões convenientes, a culpa e sua , porque podia muito bem ter feito como fez a illnstre Co m missão de 38, que abrangendo toJas as eleições n'um só Parecer, porque para todas applícou os mesmos princípios, o trouxe assim á discussão. Se se tivesse feito assim com a discussão de dou*, ou três dias se tinha concluído este negocio; a responsabilidade pois deve recahir sobre a maioria.

Disse o Sr. Deputado, que acaba de faltar, que em 1837 o Partido CartUta, se abandonou a urna, não foi, porque a qimessa abandonar, ou devesse

faze-lo , por isso que um Partido não abandona as-sim o uso de um direito ião sagrado; que o fez por que um Ministro desse tempo violou a Constituição, para se fazer Deputado, e que por este facto esse Partido preveniu as desordens de que elle devia ser viclima; essa prevenção e que os affastou da urna, e que essas desordens appareceram depois ern 1838. Sr. Presidente, o Ministro que então violou a Constituição uma vez, segundo disse o Sr. Deputado, violou-a muitas mais vezes, mas elle teve a franqueza, teve a valentia de confessar a sua violação, não fez como os Salvadores de hcje , qne violando todas as Leis, offendem a Moral Publica, porque tern o despejo de as classificar de santas , e justas. Q Sr. Passos tem na sua longa carreira publica, de mais de 20 annos, dado provas sufficieiites de que e' amante da Ordem e da Liberdade; quem foi que em 1836 se collocou á frente dos Batalhões da Guarda Nacional, e deu o mais nobre exemplo de amor á Ordem ? Quem, senão elle, só fiado no poder das suas virtudes, arrostou os maiores perigos, e preveniu grandes desastres ? Queru , Sr. F*residente , na -Tribuna, por seus discursos, nas suas allocuções , em todas ascircuinstancias deu ao Paiz rnaiore» provas de amor á Liberdade e respeito ás Leis? Nem uma só palavra, netn urn só acto da sua vid.» se lhe pôde apontar, como contrario á este desejo. Se o Sr. Passos tem querido, e quer em todos os tempos a máxima liberdade para todos os cidadãos, a liberdade compatível corn os usos da Nação, o Sr. Passos sabe melhor que ninguém, e mil vezes lho tenho ouvido repelir, que quanto maior e a liberdade polkica e civil n'utn Paiz, tanto íiwis necessidade ha de respeitar as Leis, e e' urn homem destes que se ataca na sua ausência ? E' isto de Cavalheiro? E' decente? Ninguém lho chamará, e eu cha-mar-lhe-hei ura acto de cobardia. (Rumor.) E'atacado este hornem na Tribuna , e na sua ausência , tendo-se antes disto entregado seu irmão ao ferro dos assassinos! Estes são os meios de que se servem os Restauradores de hoje , para desacreditar os caracteres mais puros do nosso Paiz. (Sussurro.) Ue-pito, os nossos grandes Políticos de hoje, tem por fim desacreditar os homens mais honestos e puros do Paiz, tem a idéa de ensaiar pela primeira vez no nosso Paiz o systema de violência, e de descrédito, substituindo a força moral pela força btula , força bruta de que a maioria, e os Salvadores hão de ser

victimas , e que eu espero em Deos não tarde.....

(Sussurro prolongado.) O Orador continuando:— Pois o Sr. íVlousinho que por duas vezes foi eleito Deputado durante essa época, e que recusou o mandato do Povo , fê-lo por meda ? E o Sr. Gorjâo 1 Esse que responda , elle que diga a maneira delicada , « tolerante por qne então foi tractado, quando se sentou aqui.... (Augmenta-se o rumor na Sala.) O Sr. C. Bento pede corn instancia a palavra para um requerimento, e depois para uma explicação. (/Agitação na Assembléa.)

Ò Sr. Carlos Bento da Silva : — O illusire. Deputado devia envergonhar-se do que medisse......