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"O Sr. Presidente: — Recommendo aos Cidadãos da galeria, que conservem a decência, que lhe incumbe, e é própria, e que o Regimento determina. U Sr. Carlos Bento da S//W :—-(Com uma voz muito baixa) Sr. Presidente, esforçar-me-hei por guardar serenidade e sangue frio: Sr. Presidente,

o illustre Deputado.....

O Sr. Cezar de Pascon ceifas:— (interrompendo o Orador) Peço que o Sr. Deputado s>eja chamado á ordem porque pediu a palavra para um Requerimento, por consequência não pode dar uma explicação, se quer dar uma explicação tenho eu primeiro a palavra.....

O Sr. Carlos Bento da Silva;— Mas tenho de

explicar um facto.....(silencio) o Orador : Disse

S. Ex.a que eu tinha feito uma accusação aS. Ex.a o Sr. Passos, e que era cobardia atacar uma pessoa que não estava presente , eu não sei.....

O Sr. Pieira de Castro: — O que eu disse foi que não era generoso atacar , ou dizer alguma cousa of-fen*iva contra uma pessoa, que estava ausente, isto não foi generoso; nunca se considerou como tal, muito mais quando essa pessoa linha as qualidades do Sr. Passos, que não era capaz de praticar os excessos que se praticaram em 38 e em 42.....

O Sr. Carlos Bento da Silva: — Eu respeito o Sr. Passos, e agora agradeço a S. Ex.a o ter-ine proporcionado occasião de me explicar a respeito desse illustre Cavalheiro. Eu rei pé; to o Sr. Passos, eu entendo que no coração do Sr. Passos não pôde Laver algum sentimento de que possa resultar mal a este Paiz, mas entendo que na cabeça do Sr. Passos pôde haver bastantes idéas para que esse mal resulte.

Sr. Presidente, eu disse que o Sr. Passos tinha •violado a Constituição; e S, Ex.a disse que o Sr. Passos tinha violado não só um artigo mas sim muitos... ( Sussurro) -— fr o%es — deixem Já liar, deixem paliar.

O Orador; — O Sr. Ávila dá licença para eu dizer o que quizer, mas eu direi só o que for conveniente.....

O Si. Presidente: — Mas eu não consentirei ; que o Sr. Deputado diga mais do que o que for justo

€ conveniente.....

O Orador continuando: — Sr. Presidente, em verdade o Sr. Passos não é capaz de concorrer pessoalmente para qualqner excesso, mas é verdade que o Sr. Passos estava á testa de um Partido que não podia governar, porque já aqui se di*se que o che-íe da anarchia era o Administrador Geral de Lisboa (Apoiados geraes no centro esquerdo, e esquerda.) Oh! Sr. Presidente, pois quando as ãuctoridades são chefes da anarchia, pôde duvidar-se de que os excessos em grande escala não appareçam corno filhos de uma similhante organisação poiinca ? Bem generoso é o Sr. Passos, mas quando veio de Be-Jém a sua seje passou por junto de um cadáver, tinha o Sr. Passos concorrido para o assassino de Agostinho José Freire? Não, Sr.^ Preáideute, mas esses excessos praticaram se, e foram praticados pejo Partido que sustentava o Sr. Passos. Sr. Presidente S. Ex.a não mandou que fossem os machados desunir uma imprensa, mas elles foram, e quando

S. Bx.a esa Ministro ; S. Ex.a defendeu.....

O Sr. Presidente: — Peço ao Sr. Deputado que pão entre em personalidades...,.'""

O Orador-.'— Nada mais tenho a accrescentar. O Sr. Risques: —Sr. Presidente, eu pedi a palavra para um Requerimento, e é que V. Ex.a faça cumprir o Regimento, porque estas scenas desacreditam o System a Representativo.

O Sr. Presidente: — Eu não posso fazer mais do que faço: as espiicações dão este resultado.

O Sr. Cezar de. Fasconcellos: — Eu peço a V. Ex.% no caso que me'não possa chegar a palavra sobre a matéria, me reserve para mandar para a Meza um addilamento ao parecer.

O Sr. Mominho d' Albuquerque . — (Soòre a ordem.) Eu pedi a palavra sobre a ordem quando el-la estava alterada completamente nesta Camará, rnas agora mesmo V. Ex.a a restabeleceu, chamando a questão ao seu verdadeiro ponto de vista, fazendo cessar uma discussão , que alem de imprópria , era altamente deslocada, porque a pessoa d'um indivíduo ninguém tcrn direito de a trazer ás discussões desta Casa ( f^ozes — são actos públicos.) Mas de successâo d'actos crn successào d'actos vai-se trazendo, e apresentando a vida d'um indivíduo, e ninguém tem auctoridade de discutir aqni a vida de ninguém.

Nós temos aqui ouvido diz«r que somos uma simples Assemblea preparatória, e e' bem indecoroso a uma Assemble'a preparatória trazer para ella simi-Ihantes assumptos (sJp&iado.)

Eu hão tenho fallado sobre as eleições , e só quando vierem as questões políticas, então declararei minhas opiniões, e votarei por onde minha consciência me guiar e estiver a verdade ; não tenho em vista nenhum pensamento reservado, heide entrar sem partido, em todas as discussões, e-votar segundo os princípios que rne suggerir a minha consciência.

Peço pois a V. Ex.s que, d'uma vez por todas, ponha cobro a estas questões infructuosas ; que terminemos uma discussão que já vai prolongada , na qual não se tem trasido senão episódios desagradáveis e fora da questão. Eu pois pedi a palavra a V. Ex.a para ainda mais confirmar, o que V. Ex.* acaba wde observar.

O Sr. José Estevão: — Eu lastimo que um dos talentos mais esperançosos d'esta Camará encetasse a sua carreira tão brilhantemente, para nos vir mortificar com recordações, que para nós já eslão mortas; e que a prosiga , denegrindo reputações e caracteres superiores aos seus talentos e ás suas esperanças.

Hoiilem abriu-se a Sessão debaixo de uma tempestade de justiça ; seguiu-se uma brisa de generosidade , e foi-se tranquilisando o mar: veio a bonança. O Sr. Albano foi o Neptuno.

Eu não tomo a palavra para defender a minha eleição; por que a tninha ambição já está satisfeita, desde que mereci a honra da escolha de Deputado; e para inim já estão mortas todas as vaida-des Parlamentares.

Uni só motivo me obriga a falíar nesta questão: o de manter ilieso o credito das pessoas, que com» poseram o Collegio eleitoral da Estremadura.