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consideravam perdidos, não sé esqueceria agora de salva-los. . :

Mas, Sr. Presidente, os meus conterrâneos, me responderam que queriam só a Garta que o ímmor-tal Duque Mies outorgara, e nada rnais, nem nada menos que a Carta ; ainda ínesrno que delia viesse íilgum mal, que elles, ein quanto se não reformasse , sobreviviam corn resignação preferindo-o aos bens que sem n Carta o Governo lhes concedesse, Disseram-me que nào queriam viver no slatu.quo antes da Constituição, nem queriam por patrocínio de alguém que se inculcava, amigo dos Ministros receber dignidade , c-nipregos, filas,. e condecorações, mas que se dessem a q.>em linha merecimento,r na forma da Carla,

A vista disto nào posso deixar de mandar por em.tan.lo o seguinte Requerimento. (Publicar-se-h,a quando tiver segunda leitura).

O Sr. M-iura Continha:—Era para fazer um Requerimento , o qual já houU-m fi/. ; porque o Sr. Vic-f-PresHenle -mo concedeu a palavra , por tanto já nào me é necessária.

O Sr. Faustino da Gama:—E para mandar para a Mesa uni Requerimento .dos possuidores das Apólices de mil f dez contos.do tempo da usurpação, em. quo pedem• medidas de. maneira que resolvam sobre o estado em que se acham estas A pó-, Jices : este Requerimento' è assignado por muitos possuidores dessas Apolircs. e apresentam razoes de muito pesoj e. dignas de ser tomadas em consideração por psía Ca f na rã. Mando-o para a Mesa para. que esta Camará o rernelta á Corntimsão de Fazenda para cila dar quanto antes o seu parecer; porque, a matéria.e de sumiria importância. , (Pubíicar-scrha quando tiver segunda leitura).

O Sr. presidente: — Amanha terá a segunda leitura ; tem a palavra o Sr. Alves Martins.

O Sr, J/lvetí JV/artins: — Sr. Presidente, a. nossa historia da liberdade desde 1820 está cheia de dias notáveis, e noiaveis por muitas circitmstancias: esta historia, cia liberdade cons:dero-a eu como a historia de" delírio, e não íidrnira, que são delírios, porque todas aã Nações têem passado no tirocínio da sua Jiberdade, e também nào me admira, porqns ha 20 annos encetou-se uma tarefa bastante árdua,.qual ha de desmoronar, o antigo edifício da ,ve!ha" Mo-narchia porque nào podia arrastar sua pesada existência diante das .exigências do século presente,, e' .então riâo me admira que houvessem difficuldades a vencer, .e que os homens nessa passagem do antigo para o-novo eslado fizessem delírios. Nesta historia pois tern havido dias mniío^notaveis, e entre" esses'dias houve urn que se tornou saliente-a todos' os outro.», o d>a em que urn homem com um rasgo de penna dentro em seu ga.binete cansou a maior ruina talvez do que a arulheriu, que soou desde a Villa da Praia ate A^seiceirà. Eu não fallo das intenções do homem, que tanto -fçz com um rasgo de penna dentro do seu gabinete; porque estou persuadido que ellas frarn de fazer o bem do seu Pau; mas se elle fez bem, ou rna! o futuro o dirá, o que nós sabemos, é q»e mais de 480 grandes edifícios foram desmoronados só com um rasgo de penna, e os seus .habitadores . ficaram sern pão, e entregues ao maior abandono; as intenções desse homem eu as salvo ; mas elie hade convencer-se ; porque ainda vive, e ajuda..yiu parte do=seus trabalhos, e por, isso

ha de convencer-se, de que se seguiram muitos males, e oxalá que se não vejam mais do que os que nós ternos visto. Reata pois ver qual foi esse dia noíavçi , esse dia foi o dia 30 de Maio de Í834*, esse ra-go de penna' foi o Decreto da extincção das Ordens Religiosas, esses edifício'*, que diante desse rasgo de penna cahiram, foram os seus Conventos, que eram 480. e os seus habitadores eram os Egressos : esses Egressos, que em suas casas por tantos séculos deram asilo ás sciencias , e as cultivaram; aonde em épocas barbaras sendo perseguidas só escaparam ; esses aonde a virtude tinha columnas bastante firmes no meio de uma im« moralidade geral; foram por um só rasgo'de penna destruídos: eu não injurio o Auclor do Decreto; mas o facto e'.este, e esse hamem que fez tudo isso e nosso companheiro; eu já disse que salvava as suas boas intenções; e ainda que eu me possa julgar suspeito , porque fui mna das victimas; entretanto conheço as circumstancias políticas, que obrigaram a assignar um Decreto ta} ; e estou. prompto a dar qualquer satisfação se alguma idea apparecer nas minhas expressões que se possa julgar oífcnsiva; o que pôde acontecer nào só pelas minhas faltas de recursos inlellecluaes, mas pela minha falta de prática no Parlamento. -:

Eu não olho para o futuro; porque os nossos nomes segundo a regra geral hão de ser esquecidos, e a historia talvez se nào recorde'das nossas aceõ;-s, nem de que nós li.vc.mos apparecido sobre a terra; mas do nome-.do Auctor daqueHe Decreto "lia de lembrar-se sempre (dpoiados geraes). Eu sou apoiado porque e'debaixo da ide'a que tal Decreto acarretou grandes bens.......oxalá que o futuro pré-'