O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

(206

que passa junto- da.Sobreira Formosa,'Perdigão , Villa VeMia do Ródão, indo terminar-se não longe deNizã, e que se destaca da grande ramificação da Estreita, qwe separa o vítí de" Zezere do do Tejo, este Paiz digo, que desde aquelle ramal até Pu* nhete tem a figura de uma península $ • é coberto de ásperas montanhas/.atravessado por outros ramaes púralellos ao prirríeirô1, e quê offerecern à cada pás* sõ muitas' posições defensáveis:. não longe da con-. fluência dfiqueíles dons íiós está situada a Praça de Abrahtes, sendo necessário depois passar o Zezere, cujas margens são tão disputáveis coma. o são as gargantas das rnáfitanhas de que acabo de fallar, .. Tudo induz pois a crer que "ã invasão terá logàr pela-Beira Alto ; a ala esquerda do Exercito e sua principal linha de operações procurarão apoiar-se sobre a Efetrelld e depois Sobre o Tejo-; ai li occu-pálido Santarém , e fdzeíído deste ponto um deposito secundário de suas armas e munições', str-lhe-ha fácil impedir a navegação" do" Tejo e de impor contribuições de cereaes e forragens sobre o Paiz adjacente. • '

Á occ-up'açãó de Santarém, ern 1809 pelo Exército FranCez, de que MasseíHi sé serviu como centro de seus movimentos, e a,do usurpador em 1834, que só abandonou em consequência da batalha de Assei-ceira ganhada pelo mesmo invicto Duque ela Terceira , prova de uma maneira não" duvidosa quão necessário e' para às nossas op'erãções defensivas e defêtisa de Lisboa fof ti ficar Santarém e melhorar as fortificações d'Abrantes. A nossa população então corn o apoio das montanhas do Paiz $ e destas duas Praças quê lhe darão armas, commandada por Of-» fiòiaes" audazes, & ajudada 'por alguns corpos de linha para inspirar-lhe confiança, estará no caso de inquietar sem cessar seus flancos e retaguarda, de interceptar se'us comboios, e; atacar e surprender seus destacamentos j e de tornar difficil a abundância de viveres iío campo inimigo em frente de Lisboa. " •-•.''-

Terminarei pois recapitulando que e' cía mais aU ta importância pára a defensa deste Reino fortificar, pelas razões acima expendidas, Lisboa e Porto; «stas duas grandes Cidades', repito ainda, alem dos i n numeráveis meios q.ue 'em si mesmas conte'm pára sua defenda, serão os grandes depósitos, 'donde devem partir as principaés linhas de nossas 'operações defensivas e ofíensivas;: que não é dê menor importância tornar.Santarém urna Praça deOuétra, assirh como 'pôr 'em mellior'estado as fortificações d'Ab'ranles; seriarn estas duas Praças Outros tantos depósitos secundários de n'ds'sás. 'munições de guerra e de boca; contribuiriam a desembaraçar a •navegação do Tejo; e sua margem direita áSsirfí fortificada não poderá servir dê apoio á ala esquerda do Exército invasor; e quatído mesmo bloqueados ou atacados enfraquecerão a força claquelíe .Exetcito; serão também o meio mais éffícaz de poder retardar e inquietar á força invasora sobíè a Capital: em fim e' muito mais vantajoso ás nossas operações defensivas centrálisar e reunir nossas forças, nossos canhões, e nossas maehnias:de guerra, nestes-qvia'-tro pontos, do que dispersa-los pélas Praças inúteis dê Juromenha, Campo Maior, EIvaS e Almeida.

Em consequência roqueiro '• '

1.° Que o Governo tlè Sua Mâgéstàde liâja de nomear urna Coiifmissão composta de ^Genêra^s 6

Ofi&ciaes Superiores, a qual seja encarregada de' reconhecer .exactamente os arredores de Lisboa e' Porto. - • ' , ' ,

â-.° Que depois deste reconhecimento a mesma Commissão se occupe dos Projectos das obras necessárias para fortificar cada urna destas Cidades dê uma maneira permanente, devendo cada Projecte* ser acompanhado do Orçamento das despezas.

3.° Que O Governo de Sua Mâgestàde peça depois'a esta Carnára a votação dos meios necessários* para a execução das obras assim projectadas. ~~±Ja* sé Pereira Pinto* ' Foi -áp f trova do sem discussão.

O Sr. Hebello Cabral:— Pedi a palavra para para ter e nrandiir para a Mesa o segtiinfe

PAKEC-EÚ. -^ Á Commissão de Verificação de Poderes foi refnctticib o Diploiiííi doSr. Deputíido-elei--to pelo Collegio de Traz*od-Montéã , Cypriannòde "Sousa G^anavarro, cuja eleição foi approVada por está Camará em Sessão de 29 de Julho dó anno passado, e o mesmo Sr. ptoclanjado Deputado da Nação PóPlngneza em S9 do mesmo mez.

A Cornmissâo confrontando o referido Diploma còní a Acta da lileição respectiva, o achou legal, e em devida forma ; e e por isso de parecer, que o referido Sr. Deputado seja admiítido a prestar juramento, e a tomar assento nesta Camará, iDe-diante as formalidades dó estilo. —— Sala da Corri-rn;ssâ'o éríj 21 de Janeiro de 1843. — Frahciscô Cor-rcá de Mendonça, — Barão- de Tilheiras —- J. M. Grande-*-J. M. Ribeiro Vieira — João Rebelloda Costa Cabral.

foi'âpprovado sgm discussão. -

O Sr. /. Bento Pereira: -— Pedi a palavra para mondar pnrã a Mesa o seguinte

PROJKCTÓ DK LEI. *— u Senhores: Factos ha na história das Nações tão sublimes, tão heróicos, ê 'tão extraordinários pelas suas consequências, que não é dado á acção do tempo, (pie impera violen» lamente sobfe tudo, o esquece-los ; e coito quanto a indifíerença e ó olvido seja a mais fácil maneira dê rtícohvpénsàf/o Tnerito, eu buscarei perante a Representação Nacional a reparação dó unia falta, que ha rnuito deveria estar satisfeita: tracto do pagamento de virôa divida nacional para còní os beneméritos dá Pátria ; 'è'€