O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

('237 )

para o accusar pe!b alnisò do seu Poder, eu diria, que neste Paiz expirara a Liberdade, que oGover-no Representativo linha desapparecido , que a Nação mandara á Camará Procuradores indignos de a representar. A Nação não s

Ha sobre tudo aqui um mal que cumpré 'evitar j e vem a ser ennuuciarem-se proposições que significam muito peias interpretações de que são susceptíveis, ainda quando expostas sem mau sentido, e eu nunca ouço uma destas proposições-sem sentir um certo estremecimento. Disse-se que a experiência havia ensinado que no Parlamento não podia fazer-se cousa de proveito; que as discussões sé éter-nisavam ; e trouxe-se-nos para exemplo uma das Sessões passadas, disse-se isto como para mostrar a necessidade que o Governo tivera de transpor os limites das suas attíibuicões , e usurpar o Poder Legislativo. Quando o caso fosse tal qual sé declarou , eu creio que não conviria assim referi-lo; mas em minha consciência entendo que não é assim. A tendência para protrahir as discussões é natural em todos os corpos numerosos, quando ha nelles Partidos pró e contra as medidas propostas; mas o Governo, que tem a seu cargo dirigir a Maioria que o apoia, deve decentemente moderar essa tendência, não suf-focando, nem deixando demasiadamente durar os debates. O methodo de .os dirigir muilo concorre para dar lhes só aextenção que decentemente devem ter; e quando a Maioria é numerosa'e esclarecida, não pôde haver receio de que isto se não consiga, Deste modo se tributaria, o respeito devido á forma de Governo Represensativo discutindo-se as Leis, podendo-se fugir aos inconvenientes de discussões longas e tumultuosas, assim como aos que traz comssgo uma approvação sem debate que não são menores que os primeiros. São pois estes os lermos em que eu julgo que oQoverno devia moderar as discussões Parlamentares , para delias se tirarem todos os resultados necessários. Assim discutidas teriam as Leis muito melhor accei tacão, e seriam melhor obedecidas.

Sr.v Presidente, este mal de desacreditar o Parlamento deu cabo do Systema Representalivo em Portugal quando peia primeira vez foi nelle plantado. Nós tivemos a aurora da Liberdade em,1820; e a Nação, para assim dizer, se conflagrou a favor delia. Muitas reformas, muitas úteis medidas tiveram então Jogar de envolta com muitos erros, como era VOL. 1.°-—JANEIRO—-1843.

natural rias.circumstarícias em que eàtãvarnos, e sentta necessário ensaiar tudo de novo ; mas em quanto se não tractou de desacreditar o Corpo Legislativo, ré-sistiuase aos inevitáveis descontentes; e o Governo marchava na carreira da Liberdade. Logo porém que começou a ser moda gritar que as Cortes eternisa-vaai as discussões, que os seus Membros só queriam consumir tempo; que delias não saia medida que fosse uti); que se despregavam os interesses da Nação, o desgosto fui-se coiiununicando de voz em voz, sem exame dos factos," como sempre succede quando se tracta de menoscabar, ou homens, ou cousas ; e breve foi esta a opinião Nacional, seguiu-se*-lhe o despreso, depois o aborrecimento, seguiu-se a , chamada às armas, e outra conflagração em sentido contrario á primeira: a Liberdade morreu sem haver tempo de emendar asfaltas que se haviam cominei-.tido , nem surtirem effeito as boas providencias qtie se tinham determinado : morreu a Liberdade, e poucas lagrimas se derramaram sobre o seu túmulo. Eta chorei, e V. Ex.a também chorou.

Ttrn-se aqui feito amarga censura ás paixões, isto é, têem-se censurado os-homens por serem homens. E que seriamos nós sem paixões f E que' seria da Liberdade sem pai.xÕes.? sem ellas em que 'estado estariam as Aries e as" Scieueias , e todos os conhecimentos humanos í Sr. Presidente , nem uni certo desafogo 'se ha de tolerar a uma mínima Op-posição, que ainda de mais a mais se quer tachar de anli-NaciotuiH Quem representará este lado da Camará r Julgo que representa exactamente o que representa aqirelle lado; Pois pôde haver um Go-fverno que conte com a unanimidade voluntária dos nfs> rectos <íe demos='demos' que='que' a='a' de='de' senhores='senhores' os='os' e='e' representam='representam' cidadãos='cidadãos' parte='parte' crerá.='crerá.' mais='mais' barato='barato' o='o' todo='todo' estes='estes' pai-z='pai-z' creio='creio' peque='peque' não='não' todos='todos' ninguém='ninguém' _='_'>-na; mas porque os quereis rançar fora

Sr. Presidente, se eu visse banir d'aqui certas designações que só tendem ao desdouro de um ou outro lado da Camará, por exemplo, quando se usa do epithelo, de Cartisla exclusivamente, veria dar-se um-grande passo para a civiiisação parlamentar. Ainda espero que este bem consigamos. Pois quem somos nós, quem sou eu, quem são estes que aqui se sentam ? Serão Absolutistas ou Republicanos? Oh ! essa imputação, se se me fizesse, não merecia resposta da minha parte. Sr. Presidente , nós todos jurámos a Carta, eu e meus amigos que existem na Camará , que conheço e por quem rés*