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remos ter mais esclarecimentos dos que temos hoje em quanto porém á Segunda parte tenho toda a duvida, em que entre já em discussão. Pais nós acabamos agora de lermos poucos de artigos pelos quaes se há de fazer o recrutamento de tropa de linha, e poderemos já discutir o recrutamento das milicias. Que quer dizer isto que tudo quanto tinhamos de regulamento para o recrutamento, era deffectuoso, e que he necessario dar-lhe noa forma. Por tanto, este objecto do recrutamento das milicias exige muita reflexão, e seria bom que visto ter-se dado o methodo para o recrutamento da tropa de tinha, se de tambem para as milicias, e que por agora se não trate deste objecto, mas que fique adiado.
O Sr. Gyrão: - Eu era de opinião que a 1.ª parte deste projecto se poderia tratar já. Acrescento, que uma vez que se encarregue aos milicianos, fizer o recrutamento, he necessário que as milicias se ponhão neste pó, e sabes para o mesmo recrutamento se as quizerem fugir, quem as he voto pois, que escuta a primeira parte do projecto, o em quanto porem a Segunda estou pelo que acaba de dizer o se. Freira e o Pais.
O Sr. Serpa machado: - eu sempre seguirei os princípios de que a Nação não quer de nós leis feitas á pressa, mas sim leis bons; acabou de de dizer o Sr. Freire o quanto tem sido prejudicial a medida que sobre este objecto tomou a legislatura constituinte, por causa da sua precipitação, e he por isso que acho que deveremos tratar da discussão do projecto, depois de impresso, demora que se reduz a poucos dias, além disto peço a V. Exca. haja de fazer observar rigorosamente o nosso regulamento, pois que prohibe que alguem possa macular a intenção de qualquer dos Srs. Deputados, muito mais neste caso quando elles nada mais requerem senão que se conceda algum tempo para com madureza se tratar deste objecto. Eu desde já declaro que a minha opinião he que se revogue a ordem que prohibe as revistas das milicias, porém acho que tambem não deve haver duvida de se conceder o adiamento por dois, ou tres dias, e assim satisfaz-se aos Srs. Deputados.
O Sr. Derramado: - Eu tinha proposto o adiamento de todo o projecto porque não se trata simplesmente de restituir as milicias aos exercitos do seu regulamento; mas tambem de recrutar as mesmas milicias, e dar baixas a alguns milicianos, materia que envolve revogação, e factura de lei, e que demanda por conseguinte a mais sizuda reflexão. Eu convenho que se discuta a primeira parte já; porém que seja separada da segunda parte. Mas pedi sobre tudo a palavra para rebater a um Sr. Deputado que se lembrou de macular as minhas intenções. Os officiaes militares pertencentes ao bravo exercito portuguez poder-me-hião vencer em valor marcial, mas nunca exceder no amor da patria, e da liberdade; e declaro que nunca jamais consentirei que as minhas intenções sejão pervertidas.
O Sr. Galvão Palma: - Quando a Nação se acha no estado que disse o Sr. Deputado, então calcão-se todas as leis, todos os cidadãos devem pegar em ..., até o ecclesiastico deve deixar a estolla, e o bispo e bago para pegarem na espada: nessa hypothese até a propriedade não he pessoal, mas das Nação, e as proprias vidas são da patria: porém eu acho que não estamos nestas circunstancias. Trata-se do direito dos cidadãos, a cousa mais sagrada, e por isto voto que o projecto se imprima para ser com madureza discutido.
O Sr. Silva Carvalho: - O Adiamento envolve a idéa de demora aos negocios da Assembléa; quando a materia se declara urgente exclue-se toda a idéa de demora e delonga. Ontem disse-se que era urgente este projecto, hoje diz-se que o não he. Opponho-me pois ao adiamento, não porque tenha susto e terror, mas porque julgo necessario que a Assembléa mostre firmeza nas suas deliberações.
O Sr. Serpa Pinto: - Estou pelo adiamento do projecto na parte que diz respeito ao recrutamento, mas não contenho em que absolutamente fique adiado pela a materia da Segunda parte do artigo. Ella comprehende o recrutamento, mas comprehende tambem as taxas dos milicianos pobres e doentes. Não sei porque razão se hão de conservar nos corpos humanos que vendão as suas propriedade, estão reduzidos se ultimo grão da desgraça, e não podem responder pelo seu armamento: alguns até já pelo facto, e por isso deve-se lhes dar baixas, para o que julgo necessário, e de urgência que esta segunda parte do artigo entre já em discussão. Agora pelo que pertence á primeira parte do projecto, he da maior urgencia que se discuta já porque os prejuizos daquella ordem que suspendeu as revistas, são notaveis, não só a respeito da disciplina, mas relativamente a fazenda; não ha quem arrecada, e tenha em cautela estes armamentos, não ha depositos, faltão immensas cousas, os mais dos milicianos não podem apparecer, porque em fim estão reduzidos á classe de mendigos, e por isso voto que se discuta já a primeira parte o artigo, e a segunda ao que diz respeito ás baixas dos milicianos doentes e pobres.
O Sr. João Victorino: - Eu quero só apontar um artigo da Constituição a este respeito, e he o artigo 160, n.º 3. Diz elle (leu), logo he necessario que nós entremos no debate do projecto. Ora, o debate não póde ser nunca de um projecto em grosso ha de ser de artigo em artigo; depois de estar dado para ordem do dia nós não podemos requerer o adiamento de todo o projecto, mas de algum dos seus artigos; no caso em que estamos deu-se o projecto para ordem do dia, se se adiar este projecto todo, não temos ordem do dia, por isso devemos começar a discutir cada um dos artigos do projecto, e aquelle que parecer se deve adiar, adie-se.
O Sr. Pato Moniz: - A mim não convence o argumento de se ter dado o projecto para ordem do dia. Nós somos homens, como taes podemos errar, e devemos emendar o erro logo que o reconhecermos: por tanto não se seguem que se deva discutir seguindo a distinção que muito bem fez o Sr. Secretario Freire, convenho em que póde, e até que deve por isso em vigor o regulamento das madeiras, e por isso, que se discuta a 1.º parte do projecto: quanto porém a segun-