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dos "Negócios Estrangeiros, quê eu tenho a satisfação de ver, na sua cadeira, quando procurou responder ao tliscurso, que eu havia feito na Sessão de Sexta feira, fallou dos.grandes sacrifícios feitos com o levantamento de 500contos de réis: eu !não tenho idea de operação "alguma feita modernamente de 500 'contõi, a não ser a de 31 de Dezembro de/].341; 'porque ainda que essa operação comprehendia 1:000 contos, o-Governo só podia.levantar 500, e os outros ficaVam dependentes da apprcvação das Cortes. Julguei por tanto dever pedir -a palavra a V. Ex%a para uma explicação de-facto pessoal, e dizer qire ria verdade, era-o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros a'ultima pessoa que podia'faltar contra essa operação, porque S. Ex.a a tinha approvado. -*S.- Ex.a quande depois teve a palavra disse, qu-.\eu tinha na minha explicação rectificado cousas a que eMe não linha alludido. 'Sinto por consequência de ter provocado essa 'discussão, mas foi-e=ta a idéa.-que eu formei, e que o Sr. Ministro mesmo convirá que eu . não. podia deixar deformar. Entretanto o nobre Ministro accrescentou, "que não podia ser envolvido nessa operação, e que'o provaria: 'o Sr. Ministro não "o pode provar, e eu lhe faço justiça de o reputar suficientemente Cavalheiro, para se esquecer do que se passou na reunião, que tev'e lògar para o exame ' dessa operação, 'reunião de que muitos Membros estão a.qni presentes, e não são capazes de dizer OCOH» trario do que se lá passou.

S: Ex.a accrescentou que elle tinha approvado a operação "com medo que oBanco ficasse muito abalado por virtude do sacrifício, a que eu o havia -trazido. Não é assim; a operação foi-a p provada por 8. 'Ex.a muitos dias antes de eu ter aberto com o Banco essa transacção; p'or'consequência não podia um facto, que ainda 'não existia, influir de modo algum tia mente de S. Ex.a Nem quando o Banco annuiu a esse sacrifrcio, o Sr. Ministro fez ponderação alguma, pela qual.se conhecessem os receios, que agora inculca ; e foi só a proposta do Sr. Aguiar, que se-instaurou de novo. o exame da oper-a^io, que estava posia de parte. Aqui estão :os meus Collegas do Ministério., o actual Sr. Ministro do Reino, -o Sr. Felix Pereira de Magalhães, o Sr.-Ferrão, e o Sr. Florido Rodrigues Pereira Ferraz, que assistiram a todos estes debates, e todos podem dizer, se o qiie eu digo e ou,não a verdade. Sr. Presidente, mal pensava eu, que havia ser forçado a occupar a .Carnarà , com todas estas circurnslanciai, mas sou obriga.do a faze-Io, pelo acinte, com que se quer fazer acreditar, que o Ministério não .consultou ninguém sobre estas transacções; e que ellas foram levadas a etíeito precipitadamente , e sem exame.

Um Sr. Deputado aproveitou-se desta occasião para entrar no exame dessa operação dizendo, que tinha sido provocado porrnitn: não e exacto; eu não fallei delie senão cíepois que ouvi a allusão do -Sr. Ministro. Mas o Sr. Deputado veiu falíar de um., facto'_que já tinha sido rebatido pelo meu nobre amigo o Sr. Felix Pereira de Magalhães: o Sr. Deputado disse, que, se tinha approvado a operação de .31 de Dezembro, o fizera condicionalmente : e agora fez mais alguma cousa, não contente com o que djsse de si, sem se importar com a resposta do Sr. Feiix Pereira de Magalhães, accrescenta agora, que a Commissão toda tinha dado um apoio condicional! Que o Sr. Deputado adultere os fados, cus-

. 'pindo no Poder caído para incensar o Poáer éxis* tente, não me admira: mas que queirascollocar na mesma posição todos os outros Cavalheiros que oGo* verno consultou, isso e que eu não posso admitlirí -os dados que eu apresentei á Commissão, foram o Orçamento da receita, e o Orçamento da despeza; 'e tanto um corno o outro estavam em harmonia -COIM ^os da Commissão Externa: com a differença de que eu-calculava ainda para menos as receitas: como /haviam pois-os Cavalheiros, que haviam formado a Commissão Externa, dar um apoio condicional na vpresença de -ta'es -documentos ?

Aca»barei com a historia do Banco. Eu «xpliquei "o que tinha dito-a respeito das Transacções do Governo com o Banco; um Sr. Deputado que se sen-ta no Banco, Superior, tambeni fallou a respeito •delias, e não destruiu 'o que eu havia asseverado: para que havia repelíir depois «rn Sr. MinUlro, que não era exacto o que ;eu referira? O que eu •disse foi que ò Governo para justificar as medidas, que adoplou, invoca a necessidade de fazer a Carta exequível: más que esta necessidade não existia para élle ; pois que «m Setembro qwz contractar a Decima de 41 —42-á Companlna Confiança, para -o que fiz-era propostas á Direcção do Banco, a qual convocara a Assembleia Geral para lhe pedir au-ctorisação para entrar nesse contracto. E invoquei o testetnnnlra de alguns Cavalheiros, que aqui se sentam , « que assistiram a essa Assemb!e'a Geral , taes corno o Sr, Felix Pereira de Magalhães, e o Sr. Augusto Xavier da Silva ; além do Sr. José Cordeiro Feio, que e Membro da Direcção» Escusado é portanto negar .factos, que se acham tão completamenle demonstrados. (Apoiados).

E' t;sta a rectificação que eu queria fazer, e sinto que me não tivesse chegado a palavra sobre a matéria , porque queria responder a alguns argumentos , que ouvi produzir.

O Sr. José Estevão :—Sr. Presidente, a Camará deve estar lembrada de que por pedido de um' Sr. Deputado que requerei) a observância do Regimento , se adiaram as explicações de facto n'um momento em que não podia deixar de entender na sua consciência, que ,' por Iodos os princípios de honra, eu era obrigado a fazer" alguma observação a expressões que tinham &aído dos bancos dos Ministros. Se aCamaia quiz dar uma idea de que receava do-meu'temperamento, não lhe levo isso a mal; se quiz dar um lestimurrho.de deferência para com o Ministério, também lho não levo a

rnal.....

O Sr. Presidente:—~Nada disso foi: vescusa o

Sr. Deputado de gastar tempo......

O Orador: — Eu estou fatiando, não me interrompa V. Ex.a.-.

O Sr. Presidente:—-Mas.é minha obrigação não consentir quê o Sr. Deputado saia da ordem, para que lern a palavra.....