O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

253 )

fcá e,u dis'se q'ue *a fazer" uma terrina} sim disse que uma terrina era precisa; mas ficou em desejo j não se converteu em facto. Os Srs.1 Ministros entenderam que uma f^errina^ pronunciada aqui, devia ser proscripla pelo Regimento, pela a n im adversão da Camará, pelo rigor de V. Ex.% e SS. Ex.as foram demasiadamente severos com uiíia es^ pecie de eloquência de que se deviam honrar, se nesta Casa apparecesse; Mas não haja receio de que ellas appareçatn aqui. Outro Sr. Ministro entendeu que para responder á uma .terrina era pré-ciáo^ largar a Cadeira de Minis'tro-e tomar a tfi-pe§a da praça, para- corneear á argumentar" com o Orador P"erriniano. Nenhum, testiraunho ha mais claro de que se desconhece esta espécie de oração. Um Sr. Ministro entendeu que devia tornar para tópico do seu discurso um aparte, não dito em voz alta, mas ení voz baixa, e que não passou do recinto destes bancos^ Para todos'os indivíduos que conhecem as praticas deste systemà reputam'-se íaès apartes como segredos de família, que', s e devem respeitar tahtOj como eu respeito outros que.tenho ouvido nós bancos do Ministério e da Direiia da Camará : de sorte que quando uni Deputado, sem levantar a voz de. m.aneira que possa ser ouvido pela totalidade dá Assemb!éa, junto com os seus ãròigos, pronuncia esta ou aquella frase, é uma falta de civilidade; é uma prova de poucos recursos oratórios, o tomar um aparte destes para uma tirada de um discurso. Não me recordo , ou não sei se me recordo, de qual foi esse apartei, mas fosse qual fosse, elle foi. provocado por um absurdo, ,por uma grossaría tàí.como jamais pronunciou nenhum homem ipubii-èo. Ei-la:; um Sr. Ministro entendeu que' a pedra de toque de todas as capacidades e de bravura era a subida ao Ministério. A isto não sei eu o que disse; mas tudo o que dissesse não era sufficíente para qualificar este barbarismo insólito, inaudito, que jamais se pôde repetir, porque mesmo S. Ex."" ha.de estar arrependido do. que disse. .

Sr. Presidente, pois que significa ter sido Ministro ou não, para, por este facto, se medirem os talentos e forÇas dos diversos indivíduos? Isto é reduzir tudo a uma lucta de chibanteri.a entre os diversos caracteres públicos. . , O SrY Presidente'. — Parecè-nae que o Sr. Deputado sae dá ordem ; que se^nao limita á explicação... Q Orador i — Eu estou explicando um facto", e .dando uma explicação pessoal. r

O Sr. Presidente:—- Mas parece-me 'que está tam-* bem tíiorajisaridq o~facto do Sr. Ministro do Reino. O Orador:—Não s'ei como se possa explicar o facto sem o moralisàr. ~ ,

ò Sr. Presidente: — Mas explique o seu faatoi -O Orador: — O facto é meu ; mas S. Ex.a ligou iim facto seu.com outro meu ; e então a explicação deste meu facto tem relação com o facto de S/ Ex.a: estas relações "achou-as elle. ^ - •

Sr. Presidente, graças a esta minha insufficien-eia, é á pouca precizão que o Paiz tem de meus Serviços , não sou obrigado a fazer o sacrifício da dignidade'de homem; e não me vejo obrigado, -c o* mo S. Ex.a pela grande importância; da sua pessoa € pela necessidade que dei lê tem o Paiz, a adiar de dia para dia as desforras pedidas por muitos Cava-valheiros por offensas recebidas de S. Ex.a Sim, graças á minha insuficiência, que me deixa o meu VOL. 1,°—JANEIRO—1843.

braço livre para me defender de todos os que atterM tareai contra à minha dignidade, ou que entenderem que deixei de os respeitar. Assim á irisuíriciencia te pouca importância ainda têem, como todas as cousas da vida, a sua compensação; í-». i Com tudo S,: Ex.a sabe que, segundo á ordem deste systemà, à importância não está sempre ligada ás cadeiras da Poder, nem ao valor "real e positivo; e que os Dè^ pulados, ou porque os seus amigos políticos estão convencidos das suas rectas intenções, ou porque, seguttdo a sua situação política, têem adquirido uma influência de que se não pôde prescindir, muitas vezes eíles, fora do Poder; exercem urna influencia^ que não pôde ser culpada, quando contida nos jus^ tos limites; e sabe também S. Ex.a que eu, apezar da minha novidade na carreira publica j já por vezes exerci com algum Ministério influencia bastão» te: por exemplo^ para aconselhar que se despachasse um homem para Administrador Geral; e que, erri resultado dessa protecção, o meu cliente, aítentas as suas virtudes e íaleritos ,* foi correndo ligeiramente pela carreira do Poder, até que tenho o gosío dê o presenciar no seu triunfo. Sr. Presidente j eu entendo que o homem quê tem uma ambição justa e nobre, ,aquelle que não se affadiga por conquistat as cadeiras do Poder, mas qlie se limita a constituir-se um caracíer Publico, esperando que se realisèml circumsíancias políticas cujas necessidades estejairi em certa affinidade com êsae seu caracter para então' ser chamado com proveito publico, sem ambicionar, o Poder; entendo que esse homem é que teiín uma ambição com. proveito publico: e que é assim que as luctas políticas são Jeaes , assim é que.. .

O Sr. Presidente:-^ Ainda um;l vez rogo ao Sr.1 Deputado que se limite á ordem. Todas essas refle* xões são muito boas; mas,não são JJEÍ a explicar um facto. Rogo por tudo quanto haaoSr. Deputado que se restrinja á ordem.

O Orador í'-^i Sr. Presidente, o que não é desta discussão são factos descarnados , que não' podem apresentar-se no Parlamento; inconvenientes para sahirem da boca de um Deputado; deshonèsros pá* rã sáhirém da boca de oin Ministro. V. Ex.a íem= me repetidas vezes observado que me limite á ordem; e eu exijo que a Camará ,- que o Paiz dêem uni testemunho da minha moderação.