O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

( 254:

focado o pundunor militar, tem produzido'nas fileiras do Exercito a insubordinação; poderá dizer que e o Sr. Ministro do Reino^que tem destruido a disciplina dos quartéis, fazendo confundir em convivência, e debaixo de .formulas rnyslèriosas, Capitães cpm Tenentes, Generaes com Coronéis; eu poderá dizer que e≤ Systema, 'ojue-.S. Ex.a coridemna , é atjue.Be que o.apoia, com .prejuizó da disciplina. (O Sr. Marcelly.: — Nilo , é exacto).. .. O que eu disse, Sr. Presidente , Toi que o Exercito, e os seus interesses nurrca seriam devidamente aítendidos /que nunca-toiuarm a posição independente que, lhe convinha , nunca deixaria o triste fado de ser instrumento de iodos os. Partidos, senão esquecendo-se de questões póliticas, repre-. s-en;tofVdo«se -no Parlamento como Classe, sem se importar com progressistas;, nem absolutistas,' mas fazendo-se representar por homens.extranhos a Partidos, que exigissem da Representação Nacional, etn nome de seus serviço,s;5 da ss>a inisãão social, a eó-nsideração que lhes-era devida na distribuição, dos bens sociaes. E' isto dizer ^ao Exercito que se constitua em Associação.?, Ao contrario, e dizer-lhe ,que . se livre das Associações , que se canverta n'um instrumento de obediência para todos os Par-: tidos; e pregar-lhe a obediência.

Eu acceito a competência do Sr. Ministro para julgar de todas as minhas qualidades; mas, por/ rnais largueza que queira dar, a esta competência , não'o julgo muito habilitado para decidir da rnir nhã bravura. Sr. Presidente, fui militar, e militar sempre subo.rdinado ; posso dar testemunho de que o fui,, porque estão aqui Chefes que me comman-dararíi : em quanto me cornmandaram, poucas vezes me viram , creio eu ; porque, quando appare-ciam , fazia-lhes a minha continência e retirava-, me-; mas quando me procuravam para o serviço, souberam que eu existia, e, ás vezes, quando me chamaram para èllev, setn ser por escala. Mas ò que eu disse está felizmente corroborado por um commenlario que não pôde ser suspeito a S. Ex.a; e se eu pronunciei uma opinião tão subversiva, de-ve.S. Ex.a confessar que essa opinião, achoir eco em pessoas que exercem Commissões importantes junto ao Ministério da Guerra: aqui está o discurso do (Ilustre Deputado o Sr. Ferreri , e a Camará verá como elle se pronunciou acerca das minhas ideas relativamente ao Exercito. —«Uno os rneusi-votos aos do Sr. Deputado, ele.,. (Léu).

Eis-aqui, Sr.. Presidente, como uma opinião tão subversiva, uma opinião tão anarehica, está com-luentada e apoiada por um illustre Membro desta Camará que certamente não podia acompanhar-me na profissão de maus princípios.

Um outro ponto do discurso de VS. Ex.-a foi uma referencia histórica ao que se passou com ás .Leis da segunda Dicladura, e a contradicção que existe nos Deputados que então votaram pelas Leis dessa Dictad-ura , e recusam agora o seu voto ás Leis do actual Ministério. Sr. Presidente, as Leis da segunda Dicladura formavam um Systema de Administração ; eram uma Constituição económica do Paiz ; comprehendiam todos os interesses, e.Iodos os assumptos sociaes; destrui-las era estabelecer um caíiòs : indicações de ordem publica, interesses revolucionários, o bem social do Paiz , exigiam que essas Leis, embora se destinassem para uma discus-

são pausad-a , ' não fossem destruídas de. um só golpe: destruídas ellas, destruída estava a Revolução, e^os Caracteres verdadeiramente apaixonados não podiam por modo algum votar contra taes Leis; a Revolução ri ao era nada sem essas Leis. E estarão estas nas mesmas circumstancias ] São ellas uma o-rganisação completa do Paiz?... Mas, Sr. Presidente, a prova de que eu nessa occasrão votei por convicção, e não devassamento por subserviência ao Poder, está aqui nesta Acta , e está auctorisada com o voto do Sr.'Ministro do Reino (leu.) - Então, Sr. Presidente, nós fizemos restricções , não approvaruos todas as Leis, sem embargo -de serem tão importantes; hoje o Governo pede que se approvem Leis que não têern importância alguma r e pede isto sem restricções !.. .Eis-aqui porque S. Ex.a e' Ministro desde 39, e porque eu não o ten.ho podido ser, nem talvez jamais o seja! ...