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•imo sabia qiie as repugnância» que eu fãziã$ eram iodas resultado da protecção que-me dava o nobre Deputado.-(Hilaridade na direita e no centro).

Sr. Presidente $ o nobre Deputado queixou-se de que;nesta Camará se apresentavam factos descarna-, dos, factos que S^ S.a entendeu que não eram ad-duzidos, _nèm apresentados senão pára o menoscabar. Sr. Presidente j factos descarnados !... .Há facto mais descarnado que este que acabo de apre-' sentar q. Camará , e sobre que principalmente se fnndou.o nobre Deputado para me deprimir j mas que só prova em meu favor ? (Apoiados).

Sr. Presidente, eu não sei se foram mal cabidas às observações que eu apresentei á Camará ria1 oc-casião em que me pfopuz analysar o que. havia .dito o nobre Deputado, eu não sei ,,-Sr; Presidente, se posso appeilaf para o testemunho de toda a Câmara sobre a parte do discurso do nobre Deputado que eu analysei: eu já disse, Sr. Presidente,, antes â V/ a f) l e/n q u e o nobre Depulado no fogo da discus-*sâo pela maior parte das vezes não se lembra no fim de seu discurso do que tem avançado no principio, é isto uma verdade que tem sido já reconhecida por todos os Srsv Deputados, e pòf1 isso e muito fácil notar-lhe passo a passo conlradicçôes:irmnensàs. Sr; Presidente $ o nobre Deputado poderá negar que se occupou muito particularmente a advogar os in-» teressesrdo Exercito, que se propoz demonstrar que élles estavam abandonados, porque o Ministério fião cuidava delles? Poderá negar que excitou o Exército a: se formar em Classe separada dasoutras Classes da Sociedade para fazer valei os seus intè* íessesKJNão p pôde negar, mas o Sr. Deputado invertendo agora mesmo disse quanto basta para eu provar b que dis!se, quando ahalysei o seu discurso, t) Sr. Deputado quer que o Exercito se constitua em Classe distincla no Parlamento ? Pois beúi.:v não tenha S. S.a dito o que eu referi, mas não deixe"de confirmar o que agora avançou, e que para omeuar-guni,enlo equivale exactamente ao mesmo {Apoiados^

O Sr. Presidente! O Exercito dentro do Parlamento a formar uma Classe separada, e a advogar os seus interesses desligado do, Cartista^ do Sêtem-brifeta, do Ordeiro,.de todos este.s Partidos que por ahi são conhecidos ! Que bella lheoria, que bella doutrina o querer o Exercito no Parlamento advogando como Classe j distincta das outras, os seus interesses! A força no Parlamento advogando os íeus interesses! . .

Ó Sr. Presidente, não seja verdadeira á doutrina que eu altribui ao nobre Deputado, e que e lie ex*í pendeu a primeira vez que fàllou , tenha somente dito o que acabou de expender; viu-áe. já nada mais inconveniente, mais inconstitucional, mais anarchicol !.. „ ( Muilos'apoiados). (O Sr. José Estevão: — Apoiado j apoiado). Ó Orador y— O nobre Deputado risse ,< ó nobre Deputado dá um apoiado como se esta razão lhe não tivesse feito impressão alg.uma , coátuinà muitas vezes ;obrar assim quando não pôde responder ás razões' dos seus Contrários," é este um desses sofismas; ridículos, que se aprendem em Bentham',- e que admira sejam empregados não digo por esses espirites acanhados $ mas por esses espíritos que aqui se apresentam co--mo. muito talentosos.,

(O Sr. José Estevão proferiu algumas palavras que hão pefcebe-wos).

O Sr. Presidente:'—- Sr. Deputado , este àpafté não e de família (Riso).

O. Sr. José Estevão: — Não e; este não e'.

O Orador:—(proseguindo). Mas, Sr. Presii dente," o Ministro do Reino era aquém menos cabia fallar nestas cousas í Anieá de entrar nesta matéria permitta*me a Caçoara, que eu diga que fiquei es* ^pantado de ver o nobre Deputado apjesentar-s*è aqui como athletaf como defensor dos interesses do exercitou Sr. Presidente, ignora alguém n^sta Ca^ mara O que disse o nobre Deputado em uma das Sessões passadas tendo na sua mão urn numero do Jornal (Jorreio de Lisboa que continha, um artigo com cuja doutrina não sympatisava. 01 nobre De* putado, por cuja doutrina êlle queria tornar respon* sável o Governo? Ignora alguém que o nobre Deputado, disse nessa Sessão que o Governo não podia deixar de ser responsável pelas doutrinas que vinham naquelle artigo, por isso mesmo que os jor-waes coníem sempre nos artigos importantes as opiniões dos Chefes do Partido, cuja política elles advogavam ; que o Ministério devendo reputar-se urn Chefe deste partido não podia deixar de ser responsável pelas doutrinas que tinham naqiíelle artigo? Q' Sr, Presidente! se estas doutrinas são as verdadeiras^ se estes princípios são exactos então,' Sr,; Presidente, leiam-sé as columnas desses Jornaea que apresentam as opiniões do nobre Deputado, vejam-sè os violentos ataques que tem sido feitos ao exercito, e veja-se Sr. Presidente j a sinceridade corn que o nobre Deputado se vem hoje aqui apresentar allileta dos interesses do exercito. (O Sr. José Estevão:—^ (ao Sr. Presidente) i Peço a V. E x.a que registe estas palavras). O Orador; -s- Registe, mande V'. E x.-* ré* gislar estas palavras.