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tado á ordem, usando da faculdade que me permitie o Art. 7õ do Regimento; e o Sr. Deputado não estava na ordem, porque sendo-ibe somente permit-tido rectificar factos seus, ou explicar algumas palavras suas mal ente.ndidas por outros Oradores, sem todavia adduzir rasões, tem feUo mais um cuuro discurso, ou não sei o que sui generis! Não direi que o Sr. Deputado queira escarnecer .da Maioria da Câmara, parece-me todavia que á Maioria da Camará incumbe tomar a posição que lhe compete (Apoiados). Sr. Presidente, que é vir faltar naquillo que já se deu por discutido? O que é vir failar sobre.factos que o il lustre Deputado não trouxe no seu discurso; como Píiutheons, e quasi tudo o mais que por agora tem dito ! Por este modo o illustre Deputado poderia trazer á discussão a matéria dis-Culida, e assim escarnecer a Lei do Regimento. Sr. Presidente, se continuarmos com estes exemplos , adeo* Systema Representativo, esse Systema que muitos afteotiun defender sern verem ou quererem ver que a cada passo o fereiu. Portanto insisto no meu Requerimento, e desejo que a Camará decida sobre elle, e que evitemos estas scenas pouco ageadaveis , e pouco convenientes.

O Sr. José Estevão: — Peço a palavra sobre este incidente ..... (Sussurro prolongado).

O Sr. Presidente :—Tem a paiavia. O Sr. X:iv'ier-dá Silva (Paia um Requerimento): — Requeiro se consulte' a Camará sobre se a matéria que lem estado em discussão, eatàsurficientemente discutida... ...

O Sr. Presiihute: — Vou consultar a Camará sobre este Requerimento...... (Sussurro).

' (Vozes:— Não pôde,, n^o pôde, tem a palavra o Sr. José Eitevão).

O Sr. José Estevão (Com vehemenoia) : —Sr. Presidente, eu estou de pé, V. Ex.a concedeu-me a palavra. ....

• (fozes; -~ Votos,, votos).

Vários Srs. Deputados affirmívm que ò Sr. José Estêvão linha a palavra (Confusão n

O Sr. Presidente:-—* Eu não estou certo, se tinha da-do a palavra ao Sr. Deputado, se lha dei, tenr diréiio a failar, e escusado é que o Sr. Deputado me argua, muito mais quando não tem visto ainda o que eu faço: tem a palavra.

O Sr. José Estevão :~ Eu nâa atalhei a V. Ex.% reclamei o meu direito, porque vi que V. Ev.a esquecendo-se de que -me tinha dado a palavra, a dou ao Sr. Depulado que requerei! que a matéria se julgasse discutida,' usurpando-se-me assim um direito que eu tinha de faltar... (O Sr. Presidente:-— EsUÍ reparado).

O Ovado?: — Mas ou não posso deixar de pedir a V. Ex.* quê considere que nos meus hábitos antigos, e nos meus hábitos modernos, aqui no Parlamento, ha uma grande differençã ; que eu estou n'uma perfeita mortificação para ver se com a mi. nhã q"uiettide conquisto de V. E\.a seuão favor , porque o não quero, justiça; para ver se V. Ex.a não interpr.ela de uma rnaiíeira especial a meu res"-peilo o regimento. (O Sr. Presidente: — líu não recebo repreensões do Sr. Deputado). O Orador: -•-IDu não repreendo a V. Ex.% exoro-o a que me não obrigue a faze-lo. Sr. Presidente,, o Sr. De-ptitado' faltava , e fallava corn extenção: não ha artigo u-crihimi no Regimento, nern pratica deste

Parlamento que declare, que os Deputados éslâo fora da ordem, porque dão esta, ou aquella extenção aos seus discursos ; se o Deputado questiona se argumenta dentro da matéria para que tem a palavra , .a maior, ou menor extenção que èllri Já ás &«as -idéas não está capitulada no Regimenlo como fora, ou dentro da ordem, porque o Regimento não pôde ter definido a capacidade, o talento, e a matéria de exprimir de qualquer Deputa, do. O Sr. Deputado pediu a palavra para explicar factos, e discursos, a Camará e' leateuiunha de que elle não diáse unia palavra que se não tivesse dito sobre este* dous assumptos ; a Camará deu um exemplo, não d« benevolência ; .inas de justiça, e de amor, e respeito ás praticas Parlamentares, e ouviu com placidez $ e com a-ttenção estes factos, com os quaes não periga o S/stema Representativo: mas isto foi bastante para que um illustre Deputado viesse fazer nina pratica, que certamente se não realisa, e para a qual eu não reconheço auctoridacie bastante no Sr. Deputado para a fazer;

Sr. Presidente, escuta toda aCamara corn atten-ção.nrn Orador, que falia dentro dos limites do Regimento, e-daqui tirar-se a illação de que o System a Representativo periga, é' o que eu não entendo ; o S/stema Representalivo pôde perigar quando no meio destas acenas todas constitucio-naes, apparecem pessoas que descuidadas dos trabalhos Parlamentares, correm como que para acudir a um grande perigo, interrompem os Oradores, e promovem a desordem. Q.iando o Sr. Deputado fallava, a Camará atlendia-o, não havia escândalo, não havia perigo para o Systema Representativo, havia Deputados attenciosos , e civi-lisaílos; apenas apparecem os zeladores do Sys-lema Representativo, que não ouvem as discussões e que esláo fora da Sala, a desordem começa.

Sr. Presidente, em entendo q^e V. Ex.a podia admoestar., o Sr. Deputado, e lernbrar-lhc que seria conveniente que elle se restringisse ; esta admoestação da parte de V. Ex.a era cabida. (O Sr. Pre-sidente: — Isso fiz muitas vezes). Mis declarar o Sr. Deputado fora da ordem , e querer applicar-lhe o artigo do Rogirnetúo, para isso não eslava chegado ocaso: a Camará fazendo-o, digo que não tem razão, que não tem justiça, que não tem Regimento.

Consultada'a Camará decidiu que ettavq terminado e*te incidente.. •