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privilegio que me dá o Ioga r que oecupo no Gabinete, de fali ar com preferencia , e contenlei-me íJe esperar porque me chagasse a palavra sobre a matéria, e para dizer, o que entendesse opportutio sobre a. mesma maleria e a Ilusões; mas o facto foi que ine ri à o. chegou 3 palavra, _e que hoje não me resta senão dar uma explicação, que deve ser curta, ^que ;se deve conter nos-limites que prescreve o Regimento; porque me «ao parece que deva ser eu que dê o exemplo de infringir a Lei que nos rege, e cuja execução acaba de nos ser reeommendada por V. Ex.a; lemilar-me-hei por tanto simplesmente a rectificar exp.ressòes do meu discurso que fo.ram mal entendidas, não sei se voluntária, se iavo.l-urvta-riamente por alguns (Ilustres Oradores daqueile lado da Camará , que pertenderam responder-rne. A ac-cusação que primeiro veiu daquelfe lado sobre a inteligência do rneu discurso e que parecendo ser leve, não e' leve para mira, nem para os meus princípios, foi dirigida por um ilrustrè Deputado pela Estremadura, e cujo nome me seja pertnittido referir parque nào e para o accusar^ ò Sr. José' Estevão, nas allusòes que fez ao meu discurso; e disse que eu, declinando a occasiáo de fallar sobre a Resposta ao Discurso do Throno, pretendera an-nullar duas das prineipaeu cap-acida-des desta Camará que haviam com-batido contra o Governo. Eu ch.irno a aítenção da Camará e do publico para quu vejam se ha alguma expressão minha que teu-desse a símilhaatt? íim. .JE-ra primeiro logar d.?vo declarar que para miai são- capacidades da Caoiara todos os Deputados qu'e a compõem, de qualquer lado que sejam : não ha aqui distincção nenhuma de Notabilidades ; respeito todo», e a todos hei de prestar o acatarrVeoto devido, Não iractei por tanto de anuullar nenhuma capacidade: quando disse que não respondera a->á dou-s illustres Oradores, a quem me referi , nào foi menoscabando as suas pessoas, mas sim declinando a oceasião de responder-lhes. Eii disse: o Ministério foi mudo na discussão da Resposta ao Discurso do Throtio, porque os "dous-únicos Oradores que o increpararn , fizeram-no sorve objectos que tinham uma discussão própria e especial; e para então só reservava o Ministério a responderia- SS. Ex.as Então parece-me que não ha aqui intenção.'de menoscabar essas duas capacidades, mas pelo contrario a expressa-mensão de que se havia de responder ás arguições de SS. Ex.as

Sr. Presidente, (piem de f^cto alterou o sentido obvio, natural e verdadeiro do meu discurso, foi urn illustre Deputado _que se senta no banco superior. E não nic admira que o fizesse, porque^estovr it'uma posição qu;»-S. E\.a sempre- reconheceu qite costumava ser torturada. KffeGti-vajnente.S. Ex.a torturou todo o meu discurso, a que se referiu. O Sr. Deputado, notando-que não era do banco dos Mi* nistro* que-deviam sahir invectivas contra a. Op-posição , disse que daqui se linha fallado, em relação ao discurso de imi illustre Deputado, daquelle" lado, ern f^errinris. Sr. PresideulH, coino eu fui um dos primeiros que fall'ei em P~errinas, mas em relação á ferrina de que fullou o Sr. José íí-ste- " vão, e necessário qu-e me explique-, mostrando na^ verdade que não foi aquello o s^entido que se poxiia dar ás minhas palavras. 15 u não disse que tinha si d J-.a Perrina o discurso do Sr. Deputado ; o que seu

disse foi que elle tinha censurado o Ministério por haveremmudecido na discussão da R,e»po$la ao Discurso do Throno; e que dccrescentára que julgava que o modo de o fazer fallar seria apresentar uma terrina. Ora os Ministros entraram effectivamente na discussão, e foratn dos primeiros Oradores; então disse eu ao illustre Deputado, que aqurtinha S. S.a a prova de que o Ministério nào precisava de terrinas para entrar na discussão, porque cá estava.no combate Parlamentar; e S. S.a nào quereria convir que o seu discurso fosse uma ferrina que a isso o obrigasse. Kis-aqui está o que eu disse. Por tanto rtão disse que o discurso do Sr. Deputado fora uma ferrina; pelo contrario, mostrei que o não era ; e accrescentei que, se ferrinàs appare-cessem, no Regimento, na cadeira de V. Ex.a e em toda a Camará estava b remédio para lhes responder (Vozes—-muito bem, muito bem J.

Outra intelligencia errada sedeii a uma parte do rneu discurso, quando se tractava de demonstrar que só a necessidade extrema, c; absoluta podia justificar as rnedidas adoptadas pelo Governo, e que o Ministério: deveria ser o primeiro á mostrar que houvera essa necessidade estrema e absoluta. Djs-se-se então: mas qsie fez o Governo ? Disse que tomou me'didas de alta importância, das quaes dependesse a'segurança publica ou o Systema Representativo? Nada disto; disse pelo órgão de utn dos Membros do Gabinete, que tomou u t n as medidas insignificantes sobro- economias, sobre algumas di-minuiçòres de Despeza, è mesrnn essa das Contadorias foi classificada pelo Governo como-de nenhuma importância. Sr. Presidente, o illustre Deputado que assim entendeu esta parte do meu discurso, não a podia entender mal por falta de inlelligen-eia ; e também não quero dizer que fosse" de propósito ; m;is tomou o facto c'omp o ouviu referir. E necessário distirvguir berri es-tes dous objectos. Quando eu dizia que aquellas rnedidas não eram de grande importância política, não se segue que eu quisesse dizer que ellas não eram de uma grande conveniência , de urna grande utilidade, e de uma necessidade que chamei hypothetica , e quê induzisse o^Governo a adopta-las. Por ta ri to o arg"urnénto de ter a próprio Ministério deciaradd que as rnedidas eram insignificantes, que não'prestavam1 (expressões do nobre Deputado e não minhas-, ou do Mi-nisterio), e' um argumento de que se não pôde deduzir a corisequencia que o nobre Deputado quiz tirar; por que, quando lhes chamei menos importantes, era no sentido de que o Governo não podia ter fms siríistro-i em adopta-las, e que ,não podiam atlrahir suspeitas1 politieas acerca de sua íídopçào ; mas eram importantes relativaíneníer á sua-matéria. E a* respeito das Contadorias, que e a principal medida e a mais iníptígnadá aqui, expliquei, quanto' pifdvv, o sysleim* dó Governo eni alterar essas Contadorias, pa:ra , no 1." de Janeiro, de accôr-do com outras providenciáes íotnad-as pelo Governo, se podar tirar a|gu'n'fa luilidàde do novo sysle» ma resultante do todo dessas 'medidas. Este foi o objecto dfí ttfeu discurso, èst« o fi'n a quê sè> difi-giram as minhas expressões,, e nenhum oulr