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to cVist-e que 11 vê é próprio K que seria segurança publica? Seria não haverem ladrões? Ora realmente, Sr. Presidente, admira-me como oillustre Deputado, que tem tantos meios para puder fazer valer a sua eloquência , precisasse lançar este ridicn-Jo sobre miiá expressão d otite u discurso! Poisquan-. do eu dizia que -as-medidas não eram attentalorias •da segurança publica, referia-tne a haverem ladrões ou não haverem ladrões? Pois n'um Governo Re-presentativo só nisto consiste a segurança publica ? Os differentes d:reilos -políticos e individuaes dos Cidadãos que, por differentes medidas do Governo podiam ser atacados, não «poderiam cotnprehe-n-der-se na segurança publica ? E que é a segurança publica senão a sotnma de todas as seguranças individuaes? Mas quiz-se dar uma significação forçada a esta expressão, para que delia se seguisse um absurdo. O illustre Deputado, apesar de. não ser Jurisconsulto, e bastante ilíustradq para saber que não e de uma expressão destacada que se deve tirar o sentido: mas que se lhe deve dar uma in-"telligencia de q-ue não resulte absurdo, e érn har-rnonia com o objecto de que se tracta : e eu creio que merecia ao Sr. Deputado que assim entendesse a minha expressão, cp-mo a entenderam por certo todos os que a ouviram.

Vamos á ultima parte da censura que o illuslre Deputado lançou sobre a intelligencia do meu discurso. Disse elle que eu viera aqui asseverar >que a. Nação o que queria eram boas medidas, e não sys-témas; eratri provide-nci-as e não princípios; e d'a-qui tirou S. Ex.a occasiào para exclamar contra esta proposição, S. Presidente, eu repito o que disse. . . .

Quando rne referi ao iliustre deputado daquelUr lado o Sr. José Estevão, disse eu que S. S.% exímio Estadista, tinha feito o seu prognostico poli tico'; e então havia, permillir-nie que eu, espertalhão d'aldeia-, -fizesse ta ai bem-o meu prognostico; e accrescenlei que os princípios de S. S.a eram ex-celientes, que todas as suas regras de Direito Publico Constitucional eram óptimas; mas que a Nação estava cançad-a de ouvir tantos sysíemas e princípios ; que era unia verdadeira filosofa, que só sentia-o que lhe entrava da pelle para dentro; que o que a Nação queria eram medidas de segurança e-de jus.ti.ca ; que queria as finanças regulansadas , estradas, e co-rnrnunicações-internas para fomentar a sua industria e commorcio. E quem diz isto, diz que a Nação só quer medidas e não principies ? Pois. o -systerna de Governo que -estabelecer a ordem, -a justiça, a segurança publica e a regulari-saçâo das finanças não terá systerna nem princi-,pios? Como se pôde pois dizer que as minhas expressões significam que a Nação não quer princípios? E como e possível ser pronunciado isto por aquelíe mesmo Orador que disse que no systema do absolutismo não era possível que houvesse Nação , TieTn ordem, nem justiça, nem liberdade? JEntâo já se vê que o que eu exigia eram cousas que se não podiam dar senão havendo princípios, havendo essa liberdade, esse Systema Representativo. Mas, Sr. Presidente, .ainda sobe a mais, por que se o illuslre Deputado, firme na opinião de que esa tinha concebido assim o meu pensamento, o qui-zesse stigmalisar, muito bem ; mas elle foi o pro-, prio que disse que esta vá persuadido de que isto era

um lapso de língua, sem cotntudo estar na minlia cabeça ou coração; apesar do que, exclamou: que mais poderia dizer Dgengis-kan ouMahornet? Mas, Sr. Presidente, o tártaro foi emético, a corn elle se vomitou peçonha.

Sr. Presidente, não quero-levar avante às minhas explicações; o que só digo ao illustre Deputado que assim me censurou,-e que não tenha tanta opinião de que não é apto para recriminações corno declarou no principio do seu discurso; isso não e' exncto; é da natureza humana que aqnilio para que temos mais geiío, e o que de ordinário julgamos não ser capazes de verificar. Mas eu cioio que o Sr. Deputado, o que pretendeu, torturando o meu. discurso, foi dar-me uma severa lição por meu anterior comportamento. Quando'S. Ex.a se sentava nestes bancos torturados , havendo diversas Opposições, a uma das qtiaes eu pertencia , al-gueni houve então que, discutindo-se a resposta ao Discurso do Throno em estylo acre, violento e forte , censurou o illustre Deputado , vq^e era Minis? t-ro dos Negócios Estrangeiros, eu' também fallei , censurei o illuslre Deputado em muitos actos da sua Administração, e particularmente sobre um. que tinha sido voluntariamente combatido ; mas Sr. Presidente, eu censurei-o de uma maneira, que elle quando se levantou disse — que me agradaria a maneira delicada e urbana com que o tinha tra-ctado !•...• Sr. Presidente, declaro e repito, não hei de fazer recriminações, nem liei de aggredir ninguém ; mas quando for aggredido hei derepellir força corri força. (Apoiados).

Õ Sr. */í. dlbãno:—Eu pedi a palavra para explicação de factos , e declaro com muita ftanquesa que quando a pedr ainda não sabia que fattos'havia explicar, mas previ logo (pie teria que explicar alguns, e de facto assim aconteceu.

A respeito da operação de 31 de Dezembro, faço minhas''.q-uan-fas explicações deu o Sr. Ministro, dos Negócios Estrangeiro5!, mas ainda accrescenlarei uma. Np-primeiro' dia'que se reuniu a Assembiea composta dos homens que o Governo entendeu dever ouvir sobre aquella matéria-, fui eu o primeiro qitii encetei a discussão, e não estou bem certo se já nessa occasiâ-o estava presente o nobre Deputado que então era Ministro da Fazenda : mas disse evi—-«esta operação importa uma flagrante violação das Leis ultimamente votadas p«iò Corpo Legislativo» o nobre Presidente dessa Assemblea perguntou rne «.quaes são essas Leis?» u São as Leis d« 6 e 16 de Novembro eei taes e taes artigos; estremeço de tractar de um objecto que começa por" violar as Leis??: já se vê pois^que quem começava por fazer estas asserções, estava muito pouco disposto a annuir a essa mesma operação , se acaso não fosse a firme convicção em que estava de que os Cavalheiros que formavam a Administração de então, e nos qua?;s eu tinha plena confiança, tinham .em vista o>bém do'seu Paiz. Eis-aqui o que eu tinha à~dúer, no mais fui prevenido pelo Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros.