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sonle é;inuilo maior (Apoiados) quando ns-idéas giram em roda do campanário'não é fácil ver a grande qúestâodo E>iado ( Apoiados) é preciso não nos alarmos lanto aos interesses' locaes (Apoiados) e os interesses locaes não "se defendem nem sustentam liem, sem primeiro se defenderem e. sustentarem os interesses geraes. (Apoiados)
O nobre Deputado disse-nos Sabe o illuslre Depulado quanto rendiam os dízimos? Rendiam para cima de 6:000 contos.. . (OSr. Agostinho Albano:—Muilo mais.) O illustre Deputado sabe, que além dos dízimos havia urna quantidade immensa de contribuições addicionaes; tudo acabou o Augusto Libertador, quebrou as algemas á terra, de sorte que o seu producto triplicou, e o illustre Deputado ainda acha que eslá esmagada, o illustre Deputado vem aqui dizer, que depois da liberdade da terra a nossa situação é peior!.. .. Oh ! Sr. Presidente, é necessário lermos ao menos a coragem da coherencia; é preciso que nos lembremos dos faclos, faclos que a opinião de um Depulado nâo pôde riscar impunemente, da memoria da Camara e do Paiz. Todos nós sabemos com que peso gemia a Propriedade, todos nós sabemos que, se o pensamento do Imperador, de libertar a terra, tivesse sido completado por medidas que o deviam Completar, o Paiz em logar de eslar ás bordas do abysmo estaria florescente, havia de haver paz, porque a paz vem da Propriedade (Apoiados.) Sr. Presidente, a pequena Propriedade é só aque paga oque deve pagar, porque não tem o patronato que tem a grande. No Orçamento estão as decimas calculadas em 1:500 conlos, e o illustre Depulado ainda acha esla estimativa exaggerada, porque diz que não entram-no Thesouro 900 conlos; pois enlão a Propriedade neste Pais só rende 15 mil contos?
Diz o illustre Deputado — Mas os Juristas, os Empregados, essas Classes não teem obrigação de fazer sacrifícios ? —Quem negou nunca, dianle de uma grande crise do Eslado, o dever de se volar ao Paiz ? Mas permilta-me o illustre Deputado que lhe diga, que, se os Empregados e Juristas teem obrigação de fazer, sacrifícios, a Propriedade lambem osdeve fazer, por-' Vou 7.°— JuLiro- 1040 —SkssÃo N." 20.
que.tambem se tracta' da sua causa-, (Apoiados) e porque é tambem a Propriedade, quem consome a maior somma de melhoramentos ; para.a Propriedade são' as estradas;- para.a Propriedade são os canaes ; por consequência a'Propriedade é aquella que uti-lisa mais, e por isso lambem :'c aquella que rende mais.. ,' . '< ' '¦ '•' • i •' -. • •
O illustre Deputado' fallando de sacrifícios lem-brou-nos o exemplo da Terceira : — venha o exemplo da Terceira, mns vamos todos nos 12 mil réis; todavia o illustre Deputado esqueceu-se de que havia hoje Embaixadas pomposas, esqueceu-se de que havia Estados Maiores, esqueceu-se deque havia grandes ordenados!... Para podermos invocar o exemplo da Terceira, é necessário que façamos o que fizeram os homens dessa época; vamos todos á igualdade, tenhamos unicamente o necessário para viver. Direi aoílluslre Depulado, que felizmente ainda nâo chegamos a essa siluação; (Apoiados) ainda lemos de nosso todo esle rico, e bello solo que a Providencia nos deu ; ainda temos as nossas largas Possessões Ultramarinas, e a Regência da Terceira eslava reduzida unicamente a sele palmos de terreno. Direi ao illustre Depulado que o que nos falia é um Moysés que fira a rocha com a vara, e delia faça brotar as fontes de prosperidade (Apoiados.)
O illustre Depulado tornou-se ião restrictivo no seu amor á lerra, leve um tal fanatismo de idolatria, e de amor paternal á terra, que pela lerra esqueceu tudo mais; perdoe-me o illustre Depulado, não é assim; é preciso que a terra tambem seja considerada na escala dos sacrifícios, porque se formos exigir sacrifícios só ás oulras Classes, e nada á terra, a terra morre de egoísmo; a opinião que o illustre Depulado apresentou, é uma opinião de egoísmo, e o egoísmo em Polilica como em Moral, numa, Sociedade, é cousa altamente reprehensivel.
O illustre Depulado parece que quiz impor como condição absoluta, que o Povo se determinasse a adoptar as Leis que o Patlamento fizer: permilta-me o illuslre Deputado lhe diga, que eslá n'um erro. O Systema Representativo tem obrigação de esclarecer as opiniões; para isso é queé adiscussão livre, para isso é que é a Imprensa, e a Tribuna; mas não manda uma Deputação cumprimentar o Povo para lhe impor uma Lei de melhoramento,. que a sua inlelligencia talvez não possa conceber, mas que a sua experiência lhe ha de fazer acceitar immedialamente que esteja convencido da sua vantagem. Se o illustre Depulado quando sair desta Camara, se dirigir aos Povos da sua Provincia, e lhe disser, que a Decima de Repartição é a medida mais util aos Povos, que quando houver uma derrama justa estabelecida sobre os verdadeiros princípios, e um Cadastro onde esteja inventariada a Propriedade, o contribuinte pôde fazer no seu gabinete n conta' doimposlo que deve pagar, e o homem de Eslado no seu gabinete pôde fazer a conla a todas as faculdades productivas do Paiz; quando ao Povo se demonstrar a utilidade de uma similhante medida, estou convencido que elle a ha de acceitar... (O Sr. Faria Barboza : — Vá lá pregar-lhe isso.) Então uma de duas cousas ; ou o illuslre Deputado representa a sua Provincia como exemplar de selvagens, ou a sua Provincia ha de ter intelligencia para acceitar um melhoramento, logo que lhe façam conceber a sua conveniência. Longe de mim conceber uma idéa tal da intelligencia huma-