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DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

agosto, e ordem do exercito n.º 35 de 4 do dito setembro. Casualidades: reformado na conformidade da lei, ficando addido ao 1.º batalhão de veteranos, por decreto de 9 de setembro de 1863, e ordem do exercito n.º 37 de 22. E nada mais consta dos seus assentos, que vão por mim assignados.

Quartel em Elvas, 31 de março de 1874. = Ignacio Augusto Nunes, capitão.

Ex.mo e rev.mo sr. prior D. Caetana Rita e Castro, na avançada idade de setenta o tres annos, viuva do major reformado, José dos Santos e Castro, e fallecido no l.° de dezembro de 1872, ficou ao desamparo e sem meios alguns de subsistencia, vive pelo amor de Deus na rua dos Capellistas n.º 52, 3.º andar, freguezia de Santa Maria Magdalena, de que V. ex.ª é seu digno pastor; espera, pois, da piedade de V. rev.ma lhe atteste por certidão como a supplicante é sua parochiana e vivo no estado de pobrebreza. - E. R. M.ce

Lisboa, 20 do março de 1874. = D. Caetana Rita e Castro. _

Attesto ser verdade o que a supplicante allega no seu requerimento, pois é viuva e reside por caridade n'esta freguezia na casa retrò.

Parochial igreja de Santa Maria Magdalena, 20 de março de 1874. = O prior encommendado, Domingos Amancio da Silva.

Reporto-me ao attestado do reverendo parocho.

Lisboa, era ut supra. O regedor, José Joaquim Leite. (Segue o reconhecimento.)

José Filippe de Sousa, prior encommendado da freguezia de Santa Cruz do Castello de Lisboa.

Certifico que vendo o livro 7.° dos casamentos d'esta freguezia, a fl. 30 v. se acha o assento seguinte:

«No dia 20 de setembro de 1826, n'esta igreja parochial de Santa Cruz do Castello, na fórma do ritual romano, em minha presença, se receberam por marido e mulher José dos Santos o Castro e Caetana Rita de S. José; elle cabo de esquadra do batalhão 6.º de caçadores, filho de José Ferreira Rodrigues e de Florinda Rosa de Jesus, e baptisado na; freguezia de Santo Ildefonso da cidade, do Porto, e morador n'esta freguezia de Santa Cruz; ella filha de Joaquim dos Santos e de Anna Rita, baptisada na freguezia de Cedofeita da cidade do Porto, e moradora na freguezia de Santa Justa de Lisboa. Sendo testemunhas do dito matrimonio João Thomás da Silva Lima, morador na freguezia de Santa Justa de Lisboa, e Joaquim Duarte Teixeira, sargento do dito batalhão.

«E para constar fiz escrever este termo, que assignei com as testemunhas. = O prior, José Constantino da Silva Andrade — João Thomás da Silva Lima — Joaquim Duarte, segundo sargento de caçadores 6.»

E não continha mais o dito assento, ao qual me reporto.

Parochial de Santa Cruz do Castello de Lisboa, 13 de janeiro de 1873. = O prior encommendado, José Filippe de Sousa. — (Segue o reconhecimento.)

Antonio Dias Ferreira, presbytero secular, bacharel formado em theologia pela universidade de Coimbra e prior da real e parochial igreja de Santa Engracia de Lisboa.

Certifico que a fl. 208 do livro 14 dos assentos de obitos d'esta freguezia se acha o seguinte assento sob n.º 236:

«No dia 1 de dezembro de 1872, pelas tres horas da tarde, na casa n.º 116, 2.° andar, da rua do Caes dos Soldados d'esta freguezia de Santa Engracia de Lisboa, falleceu sem receber os sacramentos da igreja um individuo do sexo masculino por nome José dos Santos Castro, major reformado, natural do Porto, de idade do sessenta e cinco annos, casado com D. Caetana Rita de Castro, ignora-se a filiação; não fez testamento, nem deixou filhos, e foi sepultado no cemiterio oriental.

«E para constar lavrei em duplicado este assento, que assigno. Era ut supra. — O prior, bacharel Antonio Dias Ferreira.»

Nada mais se continha no mesmo assento, que fielmente copiei do livro a que me reporto.

Parochial de Santa Engracia de Lisboa, 5 de dezembro de 1872. — O prior, bacharel Antonio Dias Firreira. — (Segue o reconhecimento.)

Ill.mo e ex.m0 sr. general — Diz D. Caetana Rita de Castro, viuva do fallecido major reformado de artilheria José dos Santos e Castro, que para fazer constar onde lhe convier, precisa que os respectivos officiaes da mesma arma do seu fallecido marido, e que d'isso tiverem conhecimento, lhe attestem, querendo, os serviços pelo dito seu marido e pela supplicante prestados á causa da liberdade no tempo da usurpação, a fim de serem enviados para o exercito libertador alguns dos melhores soldados, equipados, da dita arma, e o irais que souberem a respeito da decidida adhesão que a supplicante o seu marido sempre tiveram pela causa da liberdade; ainda mesmo com o maior risco de suas proprias vidas: e como o não possam fazer sem auctorisação de V. ex.ª — Pede a V. ex.ª se digne concedel-a. — E R. M.

Lisboa, 26 de março do 1873. = D. Caetana Rita de Castro.

Passem, querendo, 7 de abril de 1813. — Barreiros, director geral de artilheria.

Luiz Augusto de Rozieres, commendador da ordem do S. Bento de Aviz, cavalleiro da mesma ordem e da da Torre Espada, e condecorado com a medalha n.º 2 de D. Pedro o D. Maria 11 e com as militares de bons serviços, comportamento exemplar e valor militar, todas de prata, coronel do regimento do artilheria n.º 3.

Attesto em como o fallecido major reformado José dos Santos e Castro, sendo cabo de esquadra do regimento de artilheria, da corte, n.º 1, no tempo da usurpação, foi por mim conhecido (era eu cadete do dito regimento, tendo saído do collegio militar) como liberal e agente do ill.mo sr. Libanio Antonio Gomes, hoje chefe do serviço da alfandega de Lisboa, e então caixeiro do negociante inglez M. Ellerton, para mandar para o Porto os soldados que podesse alliciar. Do dito, então cabo, me servi para mandar para o exercito libertador um soldado de infanteria n.º 10, que havia sido impedido de meu pae no antigo 10 de infanteria, e que desejou emigrar, o qual effectivamente embarcou, levando o seu armamento e equipamento, que do minha casa foi conduzido pela esposa do dito major D. Caetana Rita e Castro, de noite com bastante risco de ser capturada; e pelo já mencionado sr. Libanio, de mim muito conhecido n'aquella epocha, me foi asseverado, que a dita sr.ª D. Caetana tinha desempenhado por vezes commissões igualmente arriscadas, e principalmente quando foi preso e justiçado o sapateiro Manuel Rodrigues Chaves em 10 de julho de 1833.

E por ser verdade e me ser pedido, passo, com a devida venia do ex.mo sr. general Barreiros, director geral de artilheria, o presente, que vae por mim assignado.

Lisboa, aos 9 do abril de 1873. = Luiz Augusto de Rozieres.

(Segue o reconhecimento.)

N.° 49 —D

Senhores. — Á vossa commissão de guerra foi presente o requerimento de Antonio de Moraes Cordeiro e Sousa, que pede para ser despachado alferes de veteranos, em consi-