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ao metro designam a mesma cousa; mas qual é a termologia, que no mappa possa referjr que a unidade superfície tem relação com o metro? Nenhuma absolutamente; eis aqui a consequência de se quererem conservar os nomes vulgares: de maneira que. a Commissfio pegou n'um bello pensamento filosófico, prescindiu da sua termologia, e estragou quanto a mim, o mais bello systema. Se por ventura eu visse, que a termologia para explicar a base linear era uma, para explicar a base superficial era outra, e para explicar a base de solidez era outra, mas que depois havia um certo numero de termos, que ap-pliçados a esses mesmos nomes, davam os múltiplos c subtniiltiplos na mesma relação, ern que estão os múltiplos e sisbmultiplos no systema métrico, eu achava adoptavel este plano: as medidas adoptadas pela Com missão na tabeliã, tem o mesmo inconveniente que as actualmente usadas, isto e', de conservar nas divisões e subdivisões as partes aliquotas: e desta sorte vai-se fazer uma innovação, conservando os inconvenientes do systema actual.

Sr. Presidente, as difficuldades para a introduc-ção da Hngoagem scientifica diminuiriam corisidera-velmente, se se fizesse como ern França, isto e', se se creassem certas escolas, nas quaes o povo adquirisse algumas noções practivas de geometria, e das sciencias fisico-rnathematicas: portanto conviria adoptar a denominação scientifica, com algumas modificações, que a tornassem praticável entre nós.

O Sr. A. Albano: — Sr. Presidente, a Camará reconheceu que a doutrina métrica estava noart. 2.° e que o art. 3.° é uma applicação desta doutrina, mas agora o que começou a ser distincto foi a applicação do que era a doutrina métrica em toda a sua extensão, cuja denominação ahi vai na tabeliã. Isto já tinha sido tractado na Commissâo e na Camará, o que se havia de ver mesrno do seu relatório, e das ideas que foram emittidas sobre este assumpto entendeu-se que era muitíssimo mais conveniente ir como se acha na tabeliã, salvas as emendas propostas pela Commissâo, porque as diffi-culdades eram aquellas que forarn já previstas por todos os que conhecem este systema desde 1802, e estes Senhores entenderam que era muito mais conveniente adoptar o meio estabelecido no §. 2.° e e isto qvie senão regeitou ainda , nem se podia regei-tar. Mas não e nesse ponto que estamos fallando, e sobre a applicação restricta da doutrina á linguagem, ou ao modo de expressar as funcções da base, ou da unidade métrica fundamental, a que nós da-rnos o nome de vara. Mas o illustre Deputado disse , que nessas diversas denominações que se vão estabelecer falta a ide'a, ou principio essencial , e doutrinal, que e' o da relação decimal. Eu direi ao illustre Deputado , que não sou dessa opinião, porque ainda que não vá nessa distribuição symetrica que os francezes fizeram da linguagem filosófica e scienlifica do systeina a que cbainâo = métrico = d comtudo o que eu entendo mais applicavel ao caso, porque essa symetria seria o que iria involver tudo nfuma grande perturbação de ordem. Assitn percorrendo o mappa , nas medidas itinerárias se applica a funcçâo da vara ; e foi buscar-se para base de extensão itinerária a milha por ser o tertno conhecido entre nós.

Ora se procedêssemos symelricamente, iríamos buscar uma outra denominação desconhecida ? que VOL. 1.°— JANEIRO—-1845.

fosse múltiplo ou submultiplo de vara. Nesta parte os francezes andaram muito bem; porque proscreveram alguns termos; por exemplo : miriametro s etc., adoptando geralmente para a designação da, extensões itinerárias a medida kilometro, e nós tomamos como medida itinerária, a milha, e esta composta daquelie numero de braças, que qualquer pôde calcular decimalmente: mas a milha que está formada de 1852 varas, ahi tem a vara como base da extensão linear; e assim todos os cálculos decorrem desta denominação, e são funcções delia. Fez muito bem a Commissão em não introduzir urn novo múltiplo decima!, porque iria incorrer naqui!-lo que tinha proscripto no seu .Relatório : se estabelecesse um nome novo para tractar a extensão itinerária— por 10 varas, 100 varas, 1,000 varas, então havia de admittir uma mesma symetria para todas as outras classes consignadas na tabeliã ; c isto não temos nós, porque iriarnos cahir naquelleo inconvenientes que procuramos evitar.

Portanto a Commissão tomou a milha por unidade de extensão itiriararia por ser um termo ia co-

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nhecido no I aiz , e quasi da mesma extensão que a milha geográfica ou da marinha, das quês 3 fazem uma legoa de 20 ao gráo , e entendeu que ora melhor approveitar esta denominação, do que ir buscar oulra nova, para não arrostar prejuízos muito grandes: e o mesmo digo a respuito das medidas de superfície.

Os francezes tomaram o termo — aro — e não adoptaram a linguagem symetrica senão em relação ao múltiplo 100, designado pelo termo grego = hecto =designaram pois como unidade da medida de superfície ohéctarot e não fizeram muito caso dos submultiplos do aro.

Se pois nós adoptássemos este systema, havíamos de inventar nomes novos para estes múltiplos e submultiplos symetricos, e aqui tínhamos cahido no defeito que queremos evitar. Se a Camará concedesse que procedia esta rasão filosófica, deveria ter concedido que as rasoes filosóficas procediam para todos os outros casos; mas a Camará entendeu que não devia adoptar esta symetria de linguagem, porque estabelecido o systema métrico ern relação decimal ainda que não fosse com a symelria na denominação, ou nomenclatura, que se dá tanto na escalla ascendente corno descendente, não era preciso inventar nomes, que decerto iam causar graves inconvenientes ao publico.