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trar a Vossa Mage*tade, e patentear a todo o mundo, que a plenissima liberdade com que foi eleita, que Vossa Magestade tão sabiamente regulo u por seus Decretos, tão lealmente executados, não fez senão estreitar ainda mais os vínculos de fidelidade, de amor e dedicação que tão fortemente prendem o Povo Portuguez á Augusta Pessoa, á Dynastia cão Thro-no Constitucional de Vossa Magestade.

iíA Camará agradece a Vossa Magestade a maternal solicitude com que, na ausência das Cortes, c atlento o estado em que se achava o Paiz, invocou a suprema Lei da Salvação Publica, e interpoz a Sua Regia Aucloridade, Decretando a revisão da Lei Fundamental do listado, naquellcs artigos que a experiência tem mostrado ser indispensável corregir e aperfeiçoar para melhor garantia da Liberdade, da Monarchia Representativa e dos inalteráveis princípios em que a Carta a quiz estabelecer c constituir.

« A Camará dos Deputados tara pela sua parte quanto lhe cumpre para que a obra irnrnortal do Senhor D. Pedro IV, Augusto Pai de Vossa M.iges-tade, fique perfeita e coinph-la r.om o Acto Addic i<_-nal abençoados.='abençoados.' com='com' que='que' nossa='nossa' código='código' e='e' mando='mando' lhe='lhe' assim='assim' o='o' p='p' sellado='sellado' para='para' será='será' magestade='magestade' gloriosos='gloriosos' sempre='sempre' nomes='nomes' dois='dois' liberdade='liberdade' propor.='propor.' vossa='vossa' da='da'>

«A Camará espera anciosa por esse dia de rogo-sijo e de solernnidade publica em que tem de vir ao seio da Representação Nacional prestar juramento á Constituição do listado o Príncipe Real, í [ordeiro de tantas virtudes e de tanta Gloria, o Filho sol) r o todos muito amado de Vossa Magestade, qnp, no cvmplo paterno e nos desvelos maternaes de Vossa Magestade, a Nação confia ha de ter de certo aprendido a ser o atrcuuo Defensor de ^MK direitos, o penhor da sua independência e Digno Neto do Senhor D. Pedro IV.

u Senhora, a urgente necessidade das eircumstan-cias auctorisava sem duvida oCíoverno de Vossa Magestade a prover á falta de Lei Eleitoral, e a tomar outras providencias urgentes. A Camará ha de examina-las, assim corno as Propostas de Lei que Vossa Magestade lhe annuncia, c que essoutras precisam para seu complemento; e procurará fazer com que seja cohcrente e eflicaz a Reforma promettida e iu-cetada, e com especialidade no que respeita á Lei Eleitoral.

44 A Camará dos Deputado? viu com o maior prazer o desejo por Vossa Magestade manifestado do que se orgariise definitivamente a Fazenda Publica para que não sejam estéreis os sacrifícios que e necessário fazer, e para que emca/rnente possam pro-mover-sc os melhoramentos malcriaes e moraes do Paiz; ella ha de empenhar todas as suas forças em corresponder á confiança que Vossa Magestade deposita no seu -patriotismo.

u Firmado o Credito Nacional pela economia e pela boa administração, o Governo de Vossa Magestade poderá augrnentar e facilitar os meios de communi-cação que tanto precisámos; e a Camará recebe com a maior satisfação a promessa de um Proposta de Lei para se emprehcnder um caminho de ferro que nos ligue com o resto da Europa: o que seguramente ha de trazer á Capital, e ao Reino todo, as maiores vantagens e prosperidades.

«A Camará reconhece que as nossas Províncias Ultramarinas justamente reclamam a desvelada sollici-tude das Cortes e do Governo de Vossa Magestade.

Ella coadjuvará o Governo de Vossa Magestade em todas as medidas tendentes a melhorar a diíTicil e variada administração daquellas vastas e importantes regiões, e a firmar nellas a sólida garantia da nossa existência e independência nacional.

« A Camará espera que as negociações por Vossa Magestade renovadas co:n a Sancta Se tenham promp-ta e definitiva solução, satisfazendo-se ás necessidades da Igreja, ao bem espiritual dos povos, e á honra e á dignidade da C>rôa de Vossa Magestade.

u Taes são os votos da Camará que muito se congratula com Vossa Mageslade, pelas provas de amizade e boa harmonia que Vossa Magestade continua a receber de todas as Nações amigas ealliadas. Ella terá a maior satisfação em poder reconhecer que no Tractndo de Coiiitnercio com Sua Magestade Imperial o Imperador de todas as Russias, e ria Convenção Litteraria com a Republica Franceza se consagrara rn os princípios de justiça e utilidade que são o direito com m u m das Nações.

u Para realizar ns esperanças da Pátria, firmando o Thono de Vo^sa M-'gesl'ide «obre n Liberdade e a prosperidade da Nação, o Governo de Vo-isa Magestade ha de encontrar na Camará dos Deputados o m i is seguro e firme apoio. — Júlio Gomes da Silva Sanches, Presidente—José Tgnacio 1'ereira Derra-inado, Vice-Prcsidente.— António LUÍT. de Scabra — Carlos Rcnto da Silva. — João de Mello Soares c f^aacnncellos.—Manoel da Silva Passos.— Almeida Garrett, Relator. »

O Sr. Tifirjon

Sr. Presidente, diga-se o que se quizer acerca dos Discursos da Coroa, elles não são mais na sua essência do que a expressão resumida da Política Ministerial, c eu que reprovo a do actual Minblerio, aproveito a primeira occasião que tenho, para declarar á face da Camará e da Nação inteira, que a rejeito cowpletamente. Ha poucas excepções nos seus actos que mereçam a minha approvação, e eu vou já dizer quaes são. A primeira excepção, o primeiro facto que eu applaudi e applaudo, o que por certo deu maior liberdade á eleição, foi o do Sr. Ministro do Reino sobre a alteração do censo introduzido na Lei Eleitoral. A segunda excepção ou o segundo facto, que todos os homens honestos e sensatos deste Paiz applaudiram, foi a restituição á effectividade dosOf-ficiaes da Convenção de Évora Monte.

Sr. Presidente, eu sou liberal (Apoiados), sempre o fui, mas em Polilica sou o homem mais moderado que ha; e não e de hoje; desde que tive uma Cadeira nesta Camará, intendi que a minha honra, o uso que tenho do mundo, me obrigava a obriga a ser moderado ; eu olhei sempre com magoa o que se fez áquellesOfficiaes, c agora dou sinceros parabéns ao Marechal Saldanha pelos ter restituído á effecli-vidade; oxalá que esta restituição haja sido feita com justiça.