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Negócios Estrangeiros, a bondade de se encarregar de atar os fios delia. Então não percebi eu, que a sua approvação á operação fosse condicional , mas pura e simples ; se assim não fosse el!e o teria de-cjarado, o' contrario era nào ser franco e iea!, e o Sr. .Gomes de Castro de certo não deixou de o ser. Nào se diga também que o Sr. Gomes - de- Castro eslava na . collisào de approvar essa operação, ou a operação a1 que se prestava o Banco , porque a approvação do Sr. Gomes de. Castro na conferencia de que se tracla, e muito anterior a este principio de negociação com o Banco. .Eu creio que tenho dito -exactamente o q.ue lá se passou, e invoco o teste-rnunliQ do Sr. Feíix. Pereira de M-igalhães que nào está. presente , mas o que elle disse etn 1812 aqui «3 1 á escripto ('no Diário das Cortes) e e ir posso

•lê-10. ' ' .-.-;•

,O Sr. Presidente: — Eu desejar ia- -que o ,Sr. De-

putado não apresentasse â.qui nem as'- opiniões dos

. Srs. De;H)!ado^, .nem dos Srs. Ministros que assisti-

raoj a es.-.a conferencia ; o Sr. Deputado devo dar

vu,nieVu3oaíe expirações pessoaes .....

... O' Orador : .r— Eu devo dar (explicações pessoaes, jpas para comprovar o qne digo tenho necessidade de invocar o íestimunho 'de outras pessoas, e e' isto o/que eu faço, e o que tenho direito de fazer a red-p,eiío dsí ura facto, que me diz respeito, e que tem sido adulterado. .

- O Sr.- Presidente: — • Mas o Sr. Deputado tem .í!

c O Orador : -— En estou n-a- ordem; o Sr. Gomes d4? Castro . referiu-se ao Sr.,Féiix Pereira, eu tnrn-:bere ine referi a elle. .... O Sr. Presidente, V. £x.a tem prohibido os apartes , asas noto que não ouve senão aqiíeHes que vem deste- lado da Camará.'. ...

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O Orador: — Pois ouvi ou algum.

" O Sr. líresidente: — Nào dou mais satisfação al-

não ouvi,

ív/or ': — O facto e' este; di*se,o Sr. Minis-t i-o !'!,AH NVgocios Estrangeiros (como V. Ex-.a quer paUs-vn:.-, ahi vão palavras) que a sua approvaçào á op-ri:çuo tinha sido condiciona! , por isso qu? a linha approvado na còlli&ão .de approvar ou esta o« M negociação com o Banco; a negociação com o. Banco foi' muito posterior á approvaçào dada por S-. .Ex.a á operação. -.

-. Disse"' também o Sr. Gomes de Casíro, que nenhuma responsabilidade lhe cabia — disse a verdade ; a Constituição nào reconheceu responsabilidade legal senão nos Membros do Gabinete, nem os Membros do Gabirtple que então exJslia, querem a responsabilidade de mais ninguém ; quanto á responsabilidade tiiora! desejara eu sincerãmenle , e todos os meus Co l lega s desejam alliviaí delia o Sr. x Cromes -d~e Castro, más isso não. nos é dado, esti-roínuos deveras que nenhuma pese sobre elle.

• Ultimamente-, ST. Presidente, o que eu entendo , e'.,:que é pouco honesto, qne aquelles mesmos que aconselharam uma operação ao Governo, a venham aqui combater;' mas entretanto e 'preciso- fazer justiça , eiTnão entèudo q-je o Sr. Gomes .de_Castro a^eombatèsse ; entendo mesmo que uma equivoca-.

; cão do Sr. Ávila trouxe aqui esta questão , .o que (MJ muito sinto. Resta-me só salvar os

O Sr. A. Atbono : — Não estive.....

O Orador:—Como diz que não esteve, acredito-o,- e digo que não esteve.

O Sr. Presidente:—-E uma dasoccasiões em que"

eu prohiho os apartes porque- os ouço.....

O Orador: — Assim deve ser. O Sr. Deputado • í>ão esteve nessa reunião, mas- eitev« n'outras , e achou óptima esta opéraçã» ; a dificuldade que unicamente «ipresentou foi, que não podia conce-Iwir que fosse levada á execução por um Ministro q-ue tinha seguido opiniões contrarias no Parlamento. Agora devo declarar, que o Sr. Ministro do Reino d«a uma explicação leal e franca sobre o que se linha • passado a respeito da operação; S.. Ex.a e,eu fomos, os mais escrupulosos a respeito delia, não só porque não era objecto da nossa profissão , mas .porque realmente duvidávamos, que fila podfisse preencher as vistas do Governo, e só nesta" hypothese e' que entendemos que devíamos tornar a grande responsabilidade .que depois tomámos; foram precisas rnnitas conferencias e muitos exames, para que o Sr. Midislro do Reino se desenganasse, assim como eu, e foi só nessa hypo-these bem entendido, que o Sr. Ministro do Reino referendou o-Decreto de 2-1 de. Dezembro.

O Sr. José Estevão:-—Sr. Presidente, a minha explicação é curta, mas riem por isso deixo de a considerar importante, e es pé r o poder acaba-la sem provocar da pane de. V. Ex,a 'nenhuma admoestação.

Os assumptos sobre que quero explicar-me, são a referencia histórica da nomeação de um dos Membros do actual Gabinete para Administrador Geral' de Li-boa, e as evoluções ei.ubistas, annunçiadas pelo Sr. Ministro do Reino de uma maneira, que me pareceu insinuar, que eu tinha parte em taes evoluções.

Eu Sr. Presidente , reprovo e reprovarei toda. a minha vida, que se relaxe a disciplina dos quartéis, e que se faca meio de Governo ou de Òpposição de Associações Militares. Não sei mesmo até que ponto siso exactas,as asseveraqões de S. Ex.a, mas se essas novas Associações existem, eu reprovo-as, e nunca tomarei parte nellas.

Quantas vezes se lêem trazido á Camará os acontecimentos do tempo, de que data a carreira publica de urn dos Membros do Gabinete, outras tantas vezes lenho eu sido involvido nesses acontecimentos ; rnas nunca se precizòu de.uma maneira tão ca-thegorica a parte, que eu tomei nelles, como de-p/ois que um Sr. Deputado, que então era Ministro do Reino, declarou que tinha nomeado o actual Sr. Ministro do Reino, Administrad-or Geral de Lisboa, por conselho meu..

Este facto pôde ser reputado por alguns, urn grande acto de simplicidade ; por outros, como uma prova de cumplicidade política; eu não quero que e!!e seja avaliado senão como merece, tanto em referencia a mim , como em referencia a todas as outras pessoas, a quem se refere.