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Governo que tivesse reunido em volta da sua Bandeira todos os Poituguezes, este Governo tinha feito um grande serviço, e não seria céíisurado; mas se cie facto elle se reuniu, ou não, com esses homens, ô Paiz, V. Ex.a, esta Camará o decidirão, olhando para aquellelado da Camará (o da Maioria). Quando eu sahi da minha vida particular, e tentei entrar na publica, tractava-se d'uina luta Eleitoral no m e si Paiz. Havia então duas Bandeiras, doas' campos estabelecidos. Uma dessas Bandeiras , cuja vicroria tinha sido ha pouco tão gloriosa em 27 de Janeiro, tinha uma legenda, que era a Carta Constitucional, a outra, em volta da qual se reuniam Caracteres rnuito distihctos de todas as crenças políticas do Paiz também tinha a mesma legenda; mas era unida ao Decreto dê 11 de Fevereiro de:1842, o qual determinava que essa primeira reunião Pai lamentar fosse Assemblea Constituinte, podendo modificar de protnpto quaesquer Artigos 'da Carla em conformidade com as necessidades do,século, e as eircumstancias do Paiz. Nem eu via nesta "legenda crime nenhum ; porque poderia aqui produzir o au-thografo do Dador da Carta, que á margem dos Artigos esserjcialissimos' tem esçriptas, pelo próprio punho Imperial as no(as de reformas e modificações que elles precizam. Quem seguia, por consequência, esta Bandeira era tão Cartista como o próprio Dador da .Carta .Constitucional. Que iia pois neste meu procedimento de inconstitucional ? Eu e os meus amigos políticos, que nos presamos de representar a velha • JVJonarcbia , os que tinham a coragem de

dizer : Rei serás se.....estes não são menos libe-

raes que os Cavalheiros d'um e d'outro lado. E um insulto, neste século, chamar a alguém "absolutista." Eu já disse até onde levava a combinação dos meus princípios políticos. Suppor-se-ha, por exemplo, cpe quem tem taes convicções p.ode ser um vil instrumento de uma jornada a Vi!la Franca ?' Pôde suppoi> se que será um escabello de ambiciosos ? Quem assim pensa, faz pouca honra aos seus sentimentos, e á.inflexibilidade de seus princípios. Eu, Sr. Presidente, jurei a Carta; e o juramento para trriui não. é um vão simulacro: jurei a Carta, e aeIJa estão as garantias para a modificar, segundo os meus princípios. Eu, neste ca-o, sou escravo da minha'consciência,-e tia Lei; e debaixo' do pezo dos grilhões desta -escravidão, sinto-me mais livre que o mundo inteiro. Se pois a Carta tem tudo o 'que é necessário para ã modificar ás exigências do Paiz e.ás cir-Cumstancias do século, que mai.s poderá eu desejar? A dizer a verdade, mais tolerância da parle dos meus inimigos políticos.

O ultimo iliustre Deputado que fallou d'este lado lambem fez 'u tf l u allusão, que carece d'explicaçà'o. Esse Deputado que, quando aqui falia, parece um grande mesmerisador,' que maghêlisa a-Assembleia e a tem quasi suspensa, disse: não-e cavalheiro, não é nobre, e' lyianuico o procedimento de um .Governo que, por prudência, calca aos pés a Mino-/ ria; porque deve lembrar-se que essa Minoria.pôde Um dia subir ao Poder. Isto, continuou o nobre Deputado, a que me refiro, iiào é ser terrorista , e traduzir os factos, tal qual elles se-costumam apresentar na generalidade dos casos na ordem moral. E se isto disse o nobre Deputado, referindo-se ao Partido Setembrista , que direi eu .do .Partido que re^ presenío, etii que se não passa um dia que hão veja

sessenta vezes escriptas essas palavras fataes, e de momento/para momento leVantar-se esse muro de bronse, que separa ha tanto tempo a Nação Fortu* gueza ? Eu serei eminentemente Ministerial, quando o prograrnma do Ministério for premiar a virtude, onde quer que ella sé ache, e castigar o vicio debaixo de qualquer forma que elie se apresente: até então serei eminentemente Portuguoy.; e como esse programma, ao menos de facto,.ainda se não verificou, eouservo-me n'este lado-. (.M-uito bem} muito bem.) ','..-•

O Sr..jWinislro Reino:—*-Sr. Presidente, á proporção quê o iliustre Deputado, o Sr. José' Estevão Coelho de Magalhães , dá .explicações, não tenho eu deixado de adquirir alguma cousa em meu proveito. O nobre Deputado, na primeira vez'que faU lou , declarou que tinha havido comprometlimento da minha parte para a sustentação de cerloí princi» pios, autes de eu ser nomeado Adrninistiador Gerai; e da segunda vez , disse que tal compromeUi-me/ito não linha havido. Muito estimo que appare-cesse a nova declaração do illnstre Deputado , que confirma tudo quanto eu-tiúha diclo a siaiilhante respeito. Mus S. S.a quiz dar uma explicação ao seu pensamento, dizendo que, se não tinha havido este compròrneltitnenio formal da minha parte, eilê era resultado dos nossos princípios -e, posição social. Assim explica-se tudo; e o nobre Deputado, que abunda em talentos, ha de achar sobre esta base matéria para continuar è explicar tudo que quizer. Mas, disse o nobre Deputado ^ que este còmprómeUinren-' to 'eífectivanif-nle existia pelas nossas posições, e que eu tinha muitas vex/es reconhecido que era necessário metter ordem .nos elementos da Revolução , sem' os destruir.. Mas quê quer islo dizer, Sr. Presidente ? Pois c o hi o havia 'eu'dé inetter em ordem os elementos da Revolução? Elles não queriam roelter-sê ern ordem; queriam-me destruir, queriam destruir a Constituição, oppunliam-se á ordem, e eu havia de di ijcar vida a esses elementos de revolução? O nobre Deputado queria-lhes a vida, uão sei para que ; se era para restabelecer a ordem , esta só se podia restabelecer, tirando-lhes a vida; c eu, encarregado de restabelecer a ordem , hão híívia de tirar a vida aos elementos da Revolução? Declaro que hão entendo similhante lógica.