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bar o ma], já porque está tal disposição d« encontro , com o que se determina nos artigos já votados. Fallando em geral direi, e esia é a minha opinião, que quanto aos meios pecuniários deviam dar-se ao Governo por um credito suppleinenlar no orçamento, e que quanto ao tempo para se acabar o rnal, não se deve marcar; a lei deve terminar .quando teitninar a praga; isto é o que eu entendo, e não sei como os Srs. Deputados das Ilhas não querem este meio.

O Sr. Peixoto: — Finalmente chegou-me a palavra, c tractarei de ver se respondo ás indicações, e perguntas que alguns Srs. Deputados teem feito durante a discussão dos artigos que se teem votado.

Sr. Presidente, declaro que approvo este artigo, corno approvei os antecedentes, e approvarei os que se seguem. Respondendo ao Sr. Alves Martins direi, que sou Deputado por Ponta Delgada, que sou alli proprietário, e por i;so viclima deste flagello, se se não conseguir a sua extincção; mas de muito boa vontade rne sujeito a este imposto porque o julgo necessário: mas de melhor vontade acceito a emenda de S. S.a, de que se dêem ao Governo meios por uni imposto geral do Estado, (f^ozes:— Nada, nada,) por ser mais vantajoso ao meu districto. Sr. Presidente, o que eu quero, e todos os Micaelenses é que o mal acabe, (apoiados) e por isso acceito todos os meios que a Camará votar para o conseguir. Quanto a marcar o praso, devo fazer uma reflexão ao nobre Deputado. Ou o bicho se extingue dentro dos três annos ou não, se se e!lê acaba, é melhor marcar o praso, pois segundo o que muitas vezes tem acontecido, pôde este imposto ficar eterno, (apoiados) e não se torna necessária a continuação da sua percepção. E senãp acaba, não ha nada mais fácil do que o Governo vir pedir ás Camarás a prorogação desta lei. (apoiados) Isto tem-se feito muitas vezes, e a respeito de muitas leis. Já vê o Sr. Deputado a razão porque no meu projecto eu marquei praso fixo, o que a Comrnissão acceitou ; pois se o bicho acabar dentro dos lies annos, e restar ainda algum dinheiro, lá está já na lei determinado o destino que deve ter, e senão acabar dentro dos três annos, o Parlamento poderá prolongar o praso da lei. Ora agora, Sr. Presidente, seja-me licito dizer alguma cousa a respeito do que se tem ciado sobre este objecto. Sr. Presidente, tem-se estudado e muito, para conhecer a natureza, e vida do insecto aqui chamado cocus hispcridum, o Governo tem mandado consultar a nossa academia das sciencias, mesmo alguns habitantes de S. Miguel teem consultado as sociedades de agricultura da Inglaterra, e a da America In-gleza d'ondc se desconfia que esse insecto veiu. Na Ilha está um medico que se tem dado ao trabalho de examinar o que ha a este respeito, é o Sr. Doutor Choque, que é bem conhecido por alguns membros desta Camará, ao qual senão pôde negar o saber e talentos, (apoiados) ejle o tem qualificado cocus hisperidwii^ este nome não se pôde dizer no resto que seja verdadeiro, e natural, mas effectivamen-tc pelas comparações que se teem encontrado em differentes obras, e nos differentes jornaes que o Governo tem mandado para a Ilha de S. Miguei, se vê que se tem outro nome, ao rnenos cm todos os seus resultados julgam dever dar-lhe o nome do co-cits hisperiduin; assim foi designado, nas Ilhas vulgarmente se lhe chama o devorisía das larangeivasj SESSÃO N.° 22.

— mas ou seja cocus hisperidum —~ ou—devorisla das larangdras— isso e questão de nome, pergunto eu, porque nós não sabemos qual c' o verdadeiro nome do bicho, não devemos tractar de o extinguir?. . Julgo quesirn. (apoiado) Mais, pergunta-se — sesão conhecidos os meios para a sua extincção.

Sr. Presidente, o Sr. Ávila disse que estava persuadido que estes meios não acabavam com o insecto; pois eu estou convencido que sim, felizmente para mini. Mas supponhamos mesmo que não, pergunto, não será bom que o Governo ensaie todos os meios que estiverem ao seu alcance, para salvar de um flagello tão terrível, d'uma tal calamidade, utna Ilha tão importante corno a líha de S. Miguel? De certo que sim. (apoiado)

. Sr. Presidente, nenhum dos meios e extraordinário, nem mesmo o do tributo em relação á exportação. Daquella Ilha exportam-se 80$ caixas de la-ranga, tirando 30 réis por cada uma, vem a formar a quantia de 2:400$000 reis, neste commercio acha-se talvez empregado o melhor de 600:000,^000 reis, e não valerá a pena que por <_2 com='com' que='que' de='de' habitantes='habitantes' acabe='acabe' affirmativo.='affirmativo.' exija='exija' pelo='pelo' assegurar='assegurar' salvar='salvar' principal='principal' importa='importa' mil='mil' se='se' concorrer='concorrer' isto='isto' para='para' commercio='commercio' réis='réis' daquella='daquella' mal='mal' não='não' desejosos='desejosos' _='_' a='a' seu='seu' os='os' ramo='ramo' e='e' quatro='quatro' sacrifício='sacrifício' lhe='lhe' contos='contos' apoiado='apoiado' vá='vá' deilos='deilos' concordarão='concordarão' ilha='ilha' o='o' flagello='flagello' p='p' lado='lado' deste='deste' estão='estão' todos='todos' algum='algum' proprietários='proprietários' centos='centos'>

Direi agora alguma cousa relativamente á propagação deste verme. Houve tempo em que se julgou que isto era resultado d'algum vicio do ar, outros praga que o tempo trouxe para aquellas Ilhas, mas . vê-se evidentemente que foi importado em arbustos que vieram do estrangeiro. Este insecto aondeappa-receu primeiro foi na Ilha do Faial, alli arruinou todos os pomares que haviam, nunca alli se tractou da sua exljncção, só tractavam de eornpôr, e lavar as larangeiras, as quaes hoje estão rebentando setn nellas appareccr o bicho; da Ilha do Faial passou este bicho para a Ilha de S. Miguel aonde já tem causado grandes perdas, tem-se tirado algumas vantagens do meio que se adoptou de curtar as larangeiras: ora eu quero convir que este bicho não seja extinclo de todo, mas para que os estragos não sejam maiores, e' que eu quero que o Governo ponha em acção todos os meios ao seu alcance para que este mal acabe. Se o dinheiro aqui votado não chegar para isso, que difficuldade haverá em vir pedir mais dinheiro ao Parlamento?.. Julgo que nenhuma. Por consequência, Sr. Presidente, concluirei dizendo que o artigo deve ser approvado, que eu estou persuadido que o resultado deste projecto ha de ser efficaz, não só para a Ilha de S. Miguel, como também para o Faial.

Terminarei pois, Sr. Presidente, rezumindo-me. Julgo,que se pôde extinguir o insecto, que os rneios dados por esta lei ao Governo serão sufticientes. (apoiados) Que não faço questão do nome que se deve dar ao insecto, porque nada tem corn a sua ex-lincção. (apoiados) Que pelo que a experiência tem mostrado, se poderá ainda salvar a Ilha de S. Miguel, embora se julgue não. E finalmente direi que o additamento do Sr. Ávila e' tão justo, que nada preciso dizer para a Camará o approvar. (apoiados)