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DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

as providencias que, em circumstancias identicas, carecesse de adoptar para o ultramar, e que não era satisfação plena e cabal para a camara o dizer s. ex.ª o sr. ministro da marinha, que estava na secretaria a dar providencias ácerca do ultramar, porque o seu primeiro dever, imposto pela constituição, era recorrer ao parlamento, estando elle aberto, e declarar que ía adoptar taes e taes providencias.

Eu agradeço ao nobre ministro as explicações que deu, e sobretudo o facto de ter antecipado a indicação que eu fazia, tendo mandado para a mesa uma proposta de lei a este respeito.

Eu não trato agora do ponto em que deve ser collocada a sede do governo. Tinha idéa de que seria mais favoravel a ilha de Bolama, porque todas as indicações são accordes em que ali ha posições salubres, como em qualquer parte da Europa. O resto da Guiné sabem todos perfeitamente que é quasi inhabitavel para os europeus.

Emquanto ao cabo submarino, parece-me indispensavel que quanto antes tratemos de ver o modo de conhecer aqui, com a maior rapidez possivel, a maneira como correm os negocios no ultramar, e não digo que vamos fazer despeza extraordinaria para ligar com a metropole pontos que não possam merecer a despeza a que essa construcção dá logar, construcção que podemos fazer perfeitamente, de accordo com outras nações, que, como nós, têem interesses identicos.

Acerca dos infelizes de Ajuda, estou certo que o governo empregará todos os meios, e esses não podem ser senão meios diplomaticos o suasorios, para salvar quanto antes áquelles nossos patricios do perigo que de certo correm nas mãos de um soberano, ao qual, na minha opinião, o sr. ministro da, marinha ainda classificou com demasiada benevolencia e delicadeza.

Tenho concluido.

Sessão do 8 de fevereiro de 1879.