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DIÁRIO

N." 1.

1852.

/'residência do Sr. Silva Sanc/ies.

'hamada.—Presentes 80 Srs. Deputados

Abertura. — Ao rncio dia.

Acta. — Approvada.

O Sr. Fcrrcr: — Por parte da Com missão de Poderes vou ler c mandar para a Mesa o seguinte

PATÍKCKU:—A primeira Commissão de Verificação de Poderes achou conformes os diplomas, c é de parecer que sejam proclamados Deputados da Nação <_:_>s Srs. Caetano de Seixas e Vasconcellos por Trancoso, António Corrêa de Mendonça Pessanha por Lagos, Bent.o de Castro Abreu Magalhães por Guimarães, c Justino Ferreira Pinto Basto pejo Porlo. — Sala da Cornmissão, 3 de Fevereiro de 1852.— José Caetano de Campos.—F. Fcrrcr. — sintonia Maria Ribeiro da Cosia Holtreman. — João de Mello Soares c Vasconcellos. — Leonel Tavares Cabral.

Foi approvado sem discussão.

O Sr. Presidente:— Em virtude cia resolução da Camará proclamo Deputados da Nação Portugueza os Srs. Caetano de Seixas c Vasconcellos, António Corrêa de Mendonça Pessanha, Bento de -Castro Abreu 'Magalhães, e .Justino Ferreira Pinto Basto: convido Vs Srs. Vicc-Secretarios a introduzirem na Sa-la 'Os Senhores que se acharem lá fora.

Foram todos introduzidos na Sala com" as formalidades do costume, c, depois de prestarem juramento, tomaram assento.

CORRESPONDÊNCIA.

UM Orneio do Sr. Visconde de Fornos d'Algo-dres, declarando que opta pelo logar de Deputado, e ^quc se apresentará na Camará corn a possivel brevidade, não o tendo feito ate agorn em consequência de estar a exercer o cargo de Governador Civil de Coimbra. — Reinei fido d Cornmissão d'Opções.

sr.CTINDAS LRITUUA.S.

PKOI-OSTA:—Renovo a Iniciativa d o Projecto que tive a 'honra de-apresentar na Sessão da ultima Legisla l, u rã, sobre a liducnção Ecclesiasliea por meio de Sr-m i na rio* nas'Dioceses do Real Padroado no Ultra-

mar ; e rcquciro que elle siga com urgência os tramites rcgimcntacs adoptados na presente Sessão.— Bispo Eleito de Malac.a.

O Projecto de Lei a que se refere esta Proposta é o seguinte :

RELATÓRIO. — Senhores: A necessidade de estabelecimentos de Educação Ecclesiastica nas Dioceses do Ultramar é hoje tão conhecida de todos, que'o evidencia-la mais nesta Camará seria por certo dar occasião para suspeitar-se em mim alguma duvida sobre n illustração e sentimentos religiosos, quecara-ctcrisarn e ennobrecem os Representantes da Nação essencialmente catliolica.

A.bslcndo-me por isso de demonstrações inuleis sobre esta necessidade, intendo dever limitar-me a fazer-vos ver neste Relatório unicamente os fundamentos, em que me apoio, para submetter á vossa consideração algumas providencias, que rne parecem necessárias para se tornar a mesma Educação permanente, e proporcionada úsprecisões religiosas década localidade.

Todas as Dioceses Ultramarinas tiveram seus Seminários de Educação Ecclesiaslica, e algumas mais de uni, estabelecidos, pouco depois da sua creação, pelo religioso zelo dos Monarchas Portuguezes, e dos respectivos Prelados Diocesanos ; porém, havendosido posteriormente confiado o Ministério Sagrado daquel-las Dioceses a Corporações Religiosas, pouco e pouco foram elles dccahindo, ale que muitos se acabaram de todo, sem deixarem vestígio algum, resistindo todavia ás vicissitudes do tempo os dois de Chorão e de Ra-chól no Arcebispado de Goa, os dois de S. Thomé e de Covelong na Diocese de Miliupor, ode Vaipicota na de Cochim, o de S. José em Macáo, o dePekim na China, e o das Ilhas de Cabo Verde.

Os Seminários de Goa acham-se collocados ern dois rastos e magestosos edifícios de mui solida cons-trucção, levantado?, o de Chorão em 1558 por D. João Nunes Barreto, Palriarclia da Ethiopia, para a sua residência, c ò de Rachól em 1575 por ordem d'El-Rei D. Sebastião para a Casa e Igreja da Missão na Província de Salscle, e ambos continuam no ensino ecclesiastico com muito proveito dos povos.