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O Sr; Presidente: — Tenho visto cônslanlemen-lo nesta Casa , que quando é nomeado um Deputado para uma Comrnissão^ é elle pede uma escusa genérica, a Gamara é consultada, e annue ou não á sua escusa ; rnas quando elle indica positivameni te que não acceita por este ouaquelle motivo* e que não cederá ao que a Camará decidir, isto e uma espécie que acho nova e até se aproxima a um protesto, e então não posso deixar nesta espécie de fazer com que a Camará vote muito explicitamente. (Apoiados.)

Ora disse o Sr. Deputado, que o Presidente da Camará não tinha correspondido ao voto da maioria já manifestado. — O Sr. Deputado sabe rnuiio bem que as Commissôes não eslavam todas nomeadas, e não se pôde dizer que a Camará não tivesse reservada a eleição d'estes Srs. Deputados para as que faltavam: da minha parte fiz o que devia, agora a Camará decidirá.

Perrnilla-se-mé, que explique que a Mesa apesar d'authorisada pela Camará , consultou a maioria , como entendo o devia fazer, e o resultado das nomeações feitas pela Mêsa^ é o resultado da opinião da maioria.

Nem os Srs. Deputados podein justificar a sua susceptibilidade referindó-se ao desejo manifestado pela Camará na eleição das outras Commissôes e concluir que a mesma exclusão sedaria agora ; porque restando ainda tantas Commissôes a nomear , era somente depois dessa operação frita.pela Ca-.níara que os Srs. Deputados poderiam opinar do resultado (Apoiados.)

O Sr. Almeida Garrett: — Sr. P residente ^ cO-meço por significar a V. Ex.% que, pela minha parte, agradeço o testemunho de consideração que V. Ex.a me quiz dar j mas não posso considerar este testemunho senão como pessoal, e para os meus agradecimentos pessoaes não precisa vá V. Ex adar-rne novo testemunho de estima. Mas, Sr. Presidente , o que eu não posso aeceitar e esta nomeação . porque, como ainda agora se disse , V. Ex.a não e' senão como Delegado da Camará para este negócio, e a Camará seguiu o systema b mais absoluto exclusivo... (Uma voz—-não é tal...) e' a minha opinião ... o mais absoluto exclusivo de que ainda se deu exemplo nesta Casa e em Parlamento nenhum. Não pensem os illuslres Deputados que eu de nenhum, modo censuro o seu procedimento, porque o acho perfeitamente coherente com tudo o mais, com os princípios estabelecidos, « com as regras seguidas. ...

O Sr. Presidente :-<_- palavra='palavra' que='que' a='a' pediu='pediu' lembro='lembro' deputado='deputado' ao='ao' o='o' _-iilustre='_-iilustre' p='p' sobre='sobre' devo-lar..='devo-lar..' modo='modo'>

O Sr. dlmèida Garrei:—E sobre o rnodo-de

•votar c^we faJJo e não toe affaslarct cí'e-}J© noin uma

syllaba, Acho perfeitamente coherenle este facto", e dou a minha palavra de honra que não o censuro, nem sinio. V. Ex.a entendeu que devia modificar esse exclusivo pelos seus princípios de admirável política: mas, Sr. Presidente, nós não podemos aeceitar estes -restos que a maioria nos deixou. E então, uma vez que se lavre e*la declaração na A«ta> e' preciso também qije se declarem os motivos pelos quaes não podemos acolitar. A' vista d'is-to eu digo « concluo, que não se pode votar sobre assumpto: nos declaramos que não acceilamos

e V. Ex.a contínua com o seu mandato, e nomeia outros illustres Deputados que nos substituam. Pela minha parte declaro desde já, vote a Camará como volar, não só não vou a essas Commissôes , mas não me considero nomeado nem o sou,

O Sr. Silva Cabral:^— Sr. Presidente, dois objectos vieram á discussão da Camará , escusas e modo de propor: sobre o primeiro linha acabado a questão, quando V. Ex.a ia a propor á Camará; sobre o segundo pediram a palavra differentes oradores, e o caso e% que voltaram novamente á primeira questão, e comludo no que dissorram nada acciescentaram ao que V. Ex.° tinha dito: portanto peço a V* ríx.a que proponha á Camará se a ma-teria está discutida ....

O Sr* Ávila: —Sobre a ordem ...

O Sr. Silva Cabral: — O meu requerimento..»

O Sr. Ávila:— Não ha requerimento, o Sr. Deputado faltou fora da ordem.

O Sr. Presidente'.-—O Sr. Deputado requer que proponha á Camará se a matéria está discutida ; eu consulto a Camará. Decidiu-se que estava discutida.

O Sr. Presidente: —Vou agora propor á Camará se intende que deve unicamente votar sobre as es* cusas dos Srs. Deputados, que as pedem das Com-missões para que forem nomeadas, ou se demais a mais se deve dar noticia dos motivos porque as pedem.

Propondo-se â Camará, se admiti ia as escusas pé-didas, resolveu-se negativamente: e que se lançassem na Acta as declarações feitas pelos Srs. Deputados.

O Sr. Almeida. Garrei: — Então resolveu-se que se não declarassem os motivos i*

O Sr. Presidente: — Venceu-se que simplesmente se declarasse que os Srs. Deputados pediam as suas escusas;

O Sr. Almeida Garrei•: — Isso é a cousa mais. atroz.....

O Sr. José Estevão : — Eu requeiro que ao pé da escusa se declare o motivo.

O Sr. Ávila ; — (Para uma explicação) A minha explicação é muito simples, E' necessário que os Srs. Deputados quando pedirem a palavra para requerer que a matéria se dê por discutida, fiquem na intelligencia que não podem discutir. V. Ex.a tem pratica bastante do Parlamento e sabe que esta é a regra que sempre se seguiu : este anno alguns i!lustres Deputados que aqui se sentaram pela primeira vez alteraram esta regra, mas estes teem desculpa pela sua pouca pratica parlamentar. E' com-tudo necessário que entramos no verdadeiro caminho.

O Sr. Presidente: —* Eu entendo que a proposta reduzida aos termos a que o foi, está conforme com o que se tem praticado neste Parlamento. Já por vezes eu sou testemunha, que se. teem pedido escusas Ue CommJssôea, a Carriava approva-as ou não, mas na Acta não se pode deixar de declarar, que os Deputados fulano e íuJano, pediram escusas.

O Sr. Ávila : — Não foi isso o que eu .disse.. .

O Sr. Presidente: — Eu sei o que o Sr. Ávila disse, mas isto é em referencia a outro Sr. Deputado , e parn mostrar que não ha nada de extraordinário nem de notável neste comportamenio da Camará. Está terminada esta questão.....

O Sr. José Estevão : — Não está terminada; eu faço o seguinte :