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siVarft os motivos porque os Deputados elieitos para às Commissoes recusam a acceitar esta nomeação. — José Estevão.

A Camará acoúsa-nos e censura-nos j porque está visto não poder ser outro o seu intento na in-sersão dessa declaração , a Camará não pôde deixar de consentir que junto a essa censura se insiram os motivos da recusa : negar-se isto . é dar um documento de barbaridade tal, que eu por mais que julgue do arrebatamento de paixões da maioria, não posso julgar que chegue a este ponto, é impossível! entretanto seja ou não seja, é precizo que a Camará manifeste as suas opiniões a este respeito. Poderá alguém dizer que as declarações não se podem aqreeentar motivadas na Acta, mas isso refere»-se unicamente ás declarações de voto, declarações que não podem ir motivadas, porque aliás isso im-porfaria uma censura ás decisões tomadas pela Camará , mas esta declaração não está neste caso.

O Sr. Pl-e&iílérite :—Devo declarar ao illustre Deputado que a Camará com o seu proceder não quiz censurar osillustres Deputados; antes peio contrario pela sua segunda voiaçao ella reduziu a questão aos termos ordinários; depois dosSrs. Deputados terem pedido escusa , não podia isso deixar de se mencionar na Acta. Agora o illustre Deputado apresenta um Requerimento seu, mas não sei se está auctori-sado por seus coilegas para o fazer em seu nome... (t'ozes do lado e centro esquerdo — está, está) então lenham a bondade de o assignar, e vai-se no-vãmente ler para os Srs. Deputados terem clelie co-nliecimentoi . i ,

O Sr. José Estevão:-— Não é precizo, elles cá lêem, isto não é gente que assigne nada sem iêr.; . (Durante que seas&ignava o Requerimento din8g)i O Sr. Rcbeilo (Já b rã l: -^-Eu entendo que a As-scmbléa ri ao pôde estar n"esla iuacçâo. V. Ex.a pelo Regimento tem obrigação de pôr a Assembleia em actividade , e estou certo que a cumprirei Se os illustres Deputados querem observar o Regimento , o seu requerimento ha de ficar para segunda leitura , e amanhã se decidirá. Eu lastimo muito que se tenha gasto tanto tempo com um objecto de tão pouca importância, e pela. minha parte teria consentido que na acta se declarasse tudo ò que os illustres Deputados quizessem , e realmente parece que aqui só ha o fim de perder tempo< Peço a V. Ex.a que não demore a ordem do dia com este incidente ; fique para segunda leitura d requerimento, ou se está promplo approve-se já, e consigne-se na acta.

O Sr. Presidente: -"-Eu entendo que o Sr* Deputado devia reservar essa censura feita á JVleza para logar em que tivesse cabimento. (apoiados do lado t centro esquerdo) O perder tempo não consiste em abbreviar demasiadamente os negocias: era necessário para que se pfocecesse com regularidade que os Srs. Deputados assignassrm o requerimento, e elles não o podiam fazer tachygráphica-mente.

(Pausa -^— O requerimento foi novamente pára á

O Sr. Presidente : —*- Agora a Camará decidirá se quer que fique para segunda leitura, YOL. 2.°—AGOSTO-

O Sr; José Estevão: — Isto não e lirii requerimento, eu e' que tive a bondade de escrever istOj que foi uma annuehcia ás opiniões regimentaes do jlliislre Deputado o Sr. Gavião j que disse que não se podia fazer cousa alguma, sem haver Unia proposta por escripto. V. Ex.a fez uma proposta á Camará em duas clausulas, eu pedi que se accres-sentasse mais uma, e V. Ex.a é que íue pediu que a hiandasse pnr escriplo para á Meza ; isso é um resto de votação; já se approvararn duas partes e essa é a terceira.

O Sr. Presidente-.-—Eu pedi ao Sr. Deputado que a redusisse a escripto, porque não podia haver votarão sem haver unia moção por escripto.

Posto o requeriftiento á votação foi approvado.

O Sr. Presidente : —.Agora e preciso que os Srs. Deputados que assignaram , apresentem por escripto os motivos porque pediram a escusa, para serem lançados na acla;

ORDEM DO DIA.

Discuisção d/A Rèspnsla ao Discurso dá Coroa.

PROJECTO. — SENHORA! Na magnânima determinação com que Vossa Mogestade , Attendendo ao voto nacional, espontânea e claramente manifestado, Houve por bem Declarar étii Vigor á Carta Constitucional da Monarchia , Outorgada por seu Augusto Pai, de Saudosa Memória, e restaurada á custa de gloriosos sacrifícios, a Camará dos Deputados reconhece com que alta Sabedoria Vossa Ma-gestade Se DisvelSa pela prosperidade da Nação. Esforçar-sé-ha por satisfazer ao seu mandato, e corresponder á honrosa confiança de Vossa Ma^és-tadé, concorrendo, quanto em suas attribuições couber j para a consolidação da Lei Fundamental.

Compraz-se a Camará de saber que Vossa Ma-gestate continua a receber demonstrações de atni-ssde dos Soberanos Seus Alliados; ouvio corn satisfação que apresentaram as síias credenciaes os Ministros de Suas Magéstades os Réis da PrUciã.e Sardenha ; è confia em que o Governo não poupará diligencias para estender as relações políticas ê commerciaes deste pai2.

A Chegada do Internuncíio d f? Sua Santidade a esta Corto enche de prazer a Cnrhara dos Deputados, persuadida de qiie assim se firmará a concórdia entre o Governo de Vossa Magéstade é ò da Santa Se', concórdia etn que tanto Interessam á ordem pública é a tranquilidade das consciências. Se, para tão importante fim, muito èsperíi á Camará dá iMusíraçãò é virtudes do Surrimò Pontifi» ce, tampem conta corn que o Governo de Vossa Magéstade sustentará os direitos da Coroa, da Nação e da Igreja Lusitana, corno fizerání os Augustos Predecessores de Vossa Magéstade.

A Gamara aguarda respeitosamente: a apresentação dos dous Tractados celebrados com Sua Ma-gêslade [n Rainha da Gratn-Breíariha — um para reprimir o tráfico da escravatura, — oulro para es* tabêleceí' as relações de comrnerclo e navegaçãoèn-tfe os súbditos das duas Coroas; e persuadè-se que, lendo sido em ambas consultada a dignidade nacional, o primeiro promoverá a civilisação dos povos Africánoèj e o segundo afiançará aos productoà e á bandeira de Portugal vantagens reaes, sob os princípios de uma eífectiva reciprocidade.