O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Página 10

10

bicnnio se declararam também siupeilOi. Se isto e \firdade, não ha. alli Auctoridadv «Judicial. Eu não exijo que S. Ex.a me responda já sobre esle objecto, porque pôde não estar bem informado, mas peco-lhe que faça as averiguações precisas, a firn de poder estar habilitado para responder catheçoricamente, quando tiver logar a Interj>ellação.

O Sr. Ministro do Reino:— Eu não posso dar ao illustre Deputado uma resposta tão positiva e rigorosa como desejaria dar, principalmente porque sendo a pergunta feita em publico, é obrigada ate certo ponto a resposta a ter um caracter olíicial. Ate agora, o que me consta não e isso que referiu o illustre Deputado, mas não me atrevo a assegurar que deixe de ser em tudo exacto o que o illustre Deputado diz. Procederei a informações, e habilitar-me-hei para responder ao illustre Deputado cathegoricamente, como pede.

O Sr. Leonel Tavares: — Então peço rnais ao Sr. Ministro que faça sobre este ponto averiguações

mesmo por épocas; se isto foi verdade por algum tempo, se o e agora, etc.

O Sr. Ministro do Reino; — Farei tudo quanto o illustre Deputado deseja, também por épocas.

O Sr. Presidente: — A Camará vai dividir se em Secções. Está suspensa a Sessão.

Eram duas hnras da tarde.

Sendo quatro horas d

O Sr. Presidente:—A ordem do dia para amanhã é, depois do expediente, dividir-se a Camará também ern Secções, para continuarem a tractar da questão do Acto Addicional, c se acabarem a lempo de poderem Iractar de outro objecto, deve este ser o do Projecto N." 6, sobre a fiscal isação e jurisdioção da Alfândega das Sete Casas. Está levantada a Sessão. — Era pouco mais de quatro horas da t>irde.

O REDACTOR, JOSÉ DE CASTRO FREIRE DE MACEDO.

N: 2.

em

1852.

Presidência do Sr. Silva Sanches.

'hamada. — Presentes 90 Srs. Deputados.

Abertura. —Ao rneio dia.

Ac.la. — Approvada.

(.) Sr. Presidente : — Algum Sr. Deputado que não prestasse ainda o juramento, podo agora prestai-o.

O Sr. António Pequi t u de Seiras foi pratar o juramento.

CORRESPONDÊNCIA.

OFFICIO». — 1.° Do Ministério do Reino, satisfa-zfndo a um Requerimento, na parte relativa a Expostos.— Para a Secretaria.

2." Do Ministério da Justiça, declarando, cm sa-t.isfaçào do Requerimento do Sr. Ávila, que naquelle Ministério não ha noticia de acto algum de patronato practicado pelo Ministério de 18 de Junho.-— t'ar

SEGUNDAS LEITURAS.

REQUERIMENTO.— 1.* « Roqueiro s« peça ao Governo pela Secretariados Negócios da Justiça:

Uma Relação dos crimes commettidos nos últimos cinco annos em cada um dos Diálrictos do Reino; com declaração de — quantos d

/'W admittido— fí logo a p provado.

2.* R.KQIMÍRIMENTO.— u Roqueiro que o Governo informe com urgência esta Camará, pelo Ministério dos Negócios Kstrangciros, sobre aã souiirms pagas

pelo Thesouro Portuguez a titulo de indemnisação, ao inglez l)r. Kalley, o missionário protestante, expulso da Ilha da Madeira; declarando-se a importância da supposta indemnisação, as verbas ou addi-ròca que a formam, qual o Tribunal onde foi feita a liquidação desta divida, a obrigação que nos termos de direito a lê/ reconhecer, e a aucloiisaçào que o Governo Poituguo/. leve para a reconhecer e pagar. » — (.'orrai Culdeirj.

Foi admiti ido — F. logo proo

Página 11

Fòiio *Com mercial .sjançlQ' o mencionado .20 de Abril

É por isso quê tenho ?á (honra de vos propor ;oMse-;guinte::< v ,-.', .-..v-^'.; .-•<_ v-='v-' _.-='_.-'>.•'. • -•

'.PROJECTO DE C£EI.--^< Artigo ,1." A alçada dê -.é.oentá milvréis ,e'stabelecida-vnb artigo 1035.° do Gb digo Góm.mérciaL/e reduzida 'a tirite mil réis , • rA-rt. 2.° :Eicá:nesta'íparte alterado o artigo 1033

v,,' ,I£oi:&dmÍt'tidà:—.E mandou-sé imprimir pára -ser .remettidó as Secções. .V*' : . /'/

• PROJECTO DP, LEI N." 19. i— Senhores-: — Á.utilidiídé e vantagens, que , ao Commercio dos Vinhos do;;Dòiif'ó^ Deputado -por-Lamego1. o miais :valk>so, e importante do Paiz, resultariam !dá •' Foi'admittidô~-^> ' >E mandou-conktnirçu.ò.de. um cáes na Regoa; por senáJli pò,r.ioído m!esmo Commercio, e d

Artigo 5.* ..Fica/- feVôgadà-; toda ã 'ilêgislaçãôí .èift conlra'rio,! ^''dèsi^rtffdarrjehTè' b: afligrí 14'3, 'niirriéros l',' 2'e 3' d'o i Codigò'!AdministráÍivo para- este !éffeito somente. -J ...•••.•••:•'• •• ''••.-...'.,'

- 'Síila da Camará dós Senhores Deputados, 31 de Jaitéiro de "1852!.' — Francisco Gomes de Carvalho

, , e repara-

ções de estradas inferiores .do Concelho, que de 'dia wh dia1 s'e .vão demorando, estando já em parte, e'erYí .breve no todo, 'intransitáveis^ são por certo de todos .conhecidos.

A Camará Municipal, porem, do Concelho do Pezo da Ilegoa, abundando em desejos de felicitar os seus administrados, e mesmo ainda os moradores dos Concelhos visinhos, dando-lhes este càes, e estradas, não lem comtudo os :meios, e recursos necessários para fáze:r face ás déspezas de similhantes obras. -

Por isso, pois, á imitação da Camará Municipal de Caminh.i, recorreu á Camará dos Senhores Deputados na Legislatura próxima passadaj para ser áu-clorisada a lançar o imposto de sessenta reis em cada rasa de sal, que se vender na Règoa pela medida do Concelho, o qual não pôde considerar-se excessivo, altendendo-se a que o preço de cada rasa de sal e' setecentos é vinte a novecentos e sessenta réis, e a que á rasa da Régoa é excepcional, e equivale a seis rasas da medida de Lisboa, vindo a ser o imposto de dez reis por cada rasa de sal 'desta ultima medida. . ' ,

Esta Representação dá Camará Municipal do Pezo da Rcgoa, foi, como e costume, remettida aoGover-verno para informar, e segundo a sua informação, é pelas considerações adduzidas, susceptíveis ainda de maior desenvolvimento; tenho a honra de oflerecer-* vos, .Senhores, o seguinte Projecto de Lei:

Artigo 1. Ê auclorisada a Camará Municipal do Concelho do Pezo da Regoa a lançar ò imposto de sessenta re'is em cada rasa de sal, que entrar na dieta Villa, e que for vendido a retalho, ou seja para con-scrno do Concelho, ou para d'ulli sabir pára os outros Concelhos.

§ 1.° Este imposto cobrar-sè-ha$ confio se cobram as rendas do Município.

§ 2." O Administrador do Concelho do Pezo da Régoa fura tomar os Manifestos de todo o siil, que for vendido a retalho dentro dos barcos condúctorés, que aportarem aos cães do mesmo Concelho^ e rios acifiiazeris estabelecidos, ou que dê futuro helle se estabelecerem. ,

Artigo 2." Este imposto será- administrado pela Camarn Municipal do Pezo da Rt-goa,- tendo única. a|)plica

§1.° Na construcçâo de um cães na llegba.

§ 2." Na feitura, e reparação de estradas.

Artigo 4.° A Camará Municipal do Pezo da Re-

se -mprmr para ser remetido ás íSec§ões. '; '. ' ' - ,. • ' O S&PÍ; G'ôm'éif "d'e QftrvdlfiÒS-^Cómo- à Gama'rá a'òabò'usíié''ad'ri^ttir^á;disçiis'sâ'd' o meu Projecto, tdrriò a liberdade de 'má^ndar pára 'a' Mesa 'ò 'seguinte R'è-

;

O Sr. Pfesident-e.- — Como tem de se mandar imprimir este Projecto antes de ir para as SecçôVsj não ha inconveniente ern que o Requerimento do illustré Deputado fique-para segunda leitura.

Ó Sr. Derramado: — Pedi a palavra pára (d'eclá-rar a V. Exi" 6 ú Camará quê hão 'estive presente á hora da chamada; não pela causa permanente que te-nlíoj isto e' o mád estado dá minha saúde, pela qual solicitei a indulgência da Camará no primeiro dia em que me apresentei, de quê todavia riie não tenho aproveitado, mesmo com prejuízo da minha convalescença ; mas porque não pude deixar de satisfazer a um dever de alta cortezia^ -que não estava na minha mão declinar. Nàoquerendo eu pois cair nácon-tradicçâo de, fazendo um Requerimento à despertar a attenção dos meus Collegás, para que estejam aqui a uma hora determinada; ser eu o primeiro a faltar a esse preceito, por isso peço á V. Éx." e á Camará attêndá a que só um motivo tão ponderoso me podia obrigar a cominolter esta falta.

.O Sr. Presidente: — Na menção quê se fizer no Diário do Governo, se fará a declaração do Sr. Deputado. , . . •

O Sr. Fernandes Thomaz : —• Sr. Presidente, Uma Representação que acabo de receber neste instante pelrt Correio, me obriga a entreter a Camará por alguns momentos sobre um assumpto dê que ainda ha poucos dias fallou, e muito bem um illuslre Deputado,- e e a respeito das obras da bárra^da Figueira: no entanto peço á attenção da Camará; não para mim, simples e obscuro indivíduo, rnas para que, como Deputado a minha voz neste assumpto seja o oco das vozes de muitos milhares de Portuguezes, que não se ouvirão debalde no seio da Representação Nacional.

Página 12

Deputado illustre, cuja memória deve ser saudosa para todos os bons Portuguezes, e cuja falta na Ca-rnara hoje todos lamentamos u Que o Barão da Ribeira do Sabrosa seria nrn Deputado de mão cheia, um Deputado excellente, senão tivesse Paiz. » Esta excessiva affeição pela localidade, que ale certo ponto se poderia chamar defeito naquellas Cortes, que eram essencialmente Política*, se deve reputar hoje dever, obrigação, virtude nesta Camará, cuja missão principal é económica e administrativa.

Sr. Presidente, eu apezar de ser Deputado da Na-cão, também tenho Paiz especial; o meu Paiz são os Círculos da Figueira e de Coimbra; em um delles nasci, e em ambo.-i tenho vivido a maior parle da minha vida: eslou muito ao facto das suas precisòes mateiiaes, conheço o pouco que são, em comparação do muito que podem ser, se se attender aos seus melhoramentos. Tiro esta carta de seguro paru que me não julguem impertinente e importuno, porque e meu firme propósito não largar de mão este negocio da barra da Figueira, até que as Cortes tomem u m u decisão sobre elle. As medidas Administrativas não são pela maior parte de applicação geral como as Políticas, que são muitas vezes diversas, como são diversas as localidades, e a Camará não poderá chegar a urn verdadeiro systemaadministralivo, sem ter procedido a uma rigorosa analyse das vicissitudes locaes.

Mando para a Mesa a Representação da Camará Municipal da Figueira sobre as obra-» da barra, e peço a V. Ex.* ordene ás Secções, que com urgência nomeie, cada uma o sou Vogal para u Coimmssão Especial, a que deve sor presente esta Representação.

E continuando diiei que s\ turra da Figueira não está no caso das barras de Vianna e do Algarve?, de que se tem fuliado, porque nessas ainda não ha nada f»; i to, e na da Figueira ha muita cousa feita, mas tudo muito mal feito que e necessário desfazer; naquellas barras ha a vencer os obstáculos naturaes, ruas na da Figueira ha a luclar contra os elementos c contra as obras da arte. Lembro ainda outra dif-ferer.çn, e e que o Commercio da Figueira e Coimbra, e os contribuintes de uma boa teiça parte de Portugal, eslão pagando um pesadi^imo tributo para estas desgraçadas obras. Concluo pedindo de novo a urgência de se altender á Representação que envio para a M es r».

O Sr. Presidente: — Na forma do Regimento e practica da Casa, amanha e que ha de ler destino esta Representação, e por isso só amanhã é que pôde ter logar alguma discussão.

O Sr. Visconde de sízevcdo:—Pedi a palavra para declarar a V. Ex.a que o Sr. Mello e Carvalho não comparece hoje á Sessão, e talvez a algumas das seguintes em consequência de se achar gravemente in-commodado de saúde.

O Sr. Leonel Tavares: — Eu linha pedido a palavra para fazer um Requerimento, mas aproveito u «ccasião, visto (jm? está presente o Sr. iYlinistio dos Negócios Esliangeiros, para lhe fazer uma pergunta; não é pura Inlerpellução, e simplesmente uma pergunta. A cargo do Ministério dos Negócios Estrangeiros está um negocio ao qual se acha ligada a nossa honra e dignidade nacional, e ao mesmo tempo o interesse colonial de uma grande parte das Possessões da Ásia Portugueza; fallo da questão com a Corte de Roma acerca do Padroado Portnguez no Oriente. Ê matéria esln para u qual tenciono applicar todo o

cuidado que pnder, mesmo porque até lia já algumas Representações da [ndia a este respeito; matéria grave e de muita importância como V. Kx.% e o Sr. Ministro reconhecem. Eu sei que em assumptos diplomáticos costuma seguir-se uma certa reserva em quanto as negociações e3láo pendentes; por isso desejo que S. h)x.a me diga se actualmente pode trazer á Camará alguma exposição ou documentos do estado em que se acha esta questão; porque se for possível vir este negocio á Camará, eu desde já peço ao Goveino que o mande, e se não for possível vrr já, espero que o Sr. Ministro dos Negocio- Estrangeiros o Iractará como elle merece: e declaro que Iodas as vezes que puder, liei de ser impertinente com esln matéria. Espero a resposta do Sr. Ministro, e depois faiei então o meu Requerimento, que e' sobre outro objecto.

O Sr. Ministro do» Negocias Estrangeiros ; —ITon-tern um Sr. Deputado quescsenla desie lado da Camará (Direito), perguntou se pela minha Repartição havia inconveniente de serem mandados á Camará os papeis relativos a nina reclamação de. um súbdito estrangeiro: immedialamente fiz conhecerá Camará,

Hoje e o caso diíferente. O Sr. Deputado pôde ler a certeza que encontra no Governo desejos i^uaes que manifestou; rnas esta questão do Padroado de Goa dura ha muitos annos. Está encanegada a um Negociador que a actual Administração nomeou Inyo que foi chamada íios Conselhos da Rainha. A Ca-inara sabe que o primeiro Negociador deste Tractodo loi o Sr. Duque de Palmeíla, depois o Sr. Conde dó Thomar, e actualmente está delle encarregado um il-lustre Membro desta Camará, que de certo não ha de em ponto algum esquecer o que o devido á dignidade da Coroa Porlugueza, e aos direitos da Igieja, Luzilana.

O Goveirio cotnprotncttcu-sc na Falia do Throno a seguir este negocio com a brevidade que exige, e que quer muito bem o Sr. Deputado; o Governo ha de satisfazer ao que disse; o negocio continua, e logo que esteja acabado, que e quando deve ser trazido á Camará, o Governo o apresentará. É negocio pendente, e por isso sinto não ser duquelles em que me seja permillido dar explicações amplas á Camará.

O Sr. Leonel Tavares: — Sr. Presidente, por ora não insistirei mais a respeito deste assumpto porque etnfim, segundo o costume, não be pôde fatiar em objectos, sobres os quaes existam quaesquer negociações pendentes. Simplesmente direi dtius pula v rãs; ha urn diclado muito antigo, que está escripto em muitas línguas, que se lê em muitos livros, que todo o mundo conhece, e que não pckie haver inconveniente em ser repelido nesta ('amara e vem a ser — u Roma faz tudo o que lhe sofirem, e soffre tudo que lhe fazem. » — Tenho lido isto em muitos livros, está escripto cm dez ou doze língua*, não ha nenhum inconveniente em ser repetido, e eu rcpcti-lo-hei cin-coenta vezes se for necessaiio. Agora vou ler e mandar para a Mesa um Requerimento que e o seguinte (Leu).

Página 13

3

parece-me que esta segunda ItMlura dos d i flore n lês Rcqucrimenlos que se apresentam, se podia dispensar som pró, e serem taes Requerimentos sulxnettido.s á decisão, da Camará no mesmo dia em que forem apresentados, tanlo mais quanto e certo que estes Requerimentos são innocenles; pois que todos tendem a pedir esclarecimentos, e que ordinariamente no mo-monto de se porem á votação, ninguém os impugna: portanto parece-me que o melhor é decidir os. Requerimentos no dia da sua apresentação para não estarmos a gastar tempo inutilmente.

O Sr. Presidente: — Ern quanto á observação que acaba de fazer o illustrc Deputado, devo dizer — que eu não posso alterar a practica ate aqui seguida inalterável mente a respeito de ficarem os Requerimentos para uma segunda leitura (Apoiados) salvo o caso do Auctor de qualquer Requerimento pedir a urgência c ser logo ^discutido e votado na mesma Sessão cm que o Requerimento é apresentado. Agora se o illustre Deputado quer, como pelas suas palavras pareceu indicar, que o seu Requerimento seja declarado urgente para hoje mesmo ser resolvido, neste caso eu vou consultar a Camará a respeito da urgência: mas não posso alterar o que está estabelecido sobre este objecto (Apoiados).

O Sr. Leonel Tarares: — Eu não peço nada: — digo só urr,a cousa — A. -minha Secção teve a bondade de mo nomear Membro da Cominissão de Regimento; reservo-me para na qualidade de Membro desta Cornmissão propor nclla a abolição de umas poucas de praclicas que ha aqui, que não prestam para -nada, e que de nada servem senão de gastar tempo (Apoiados).

ficou o Requerimento pura segunda leitura.

O Sr. Ferreira Pontes: — Mando para a-Mesa um Requerimento, e uma Proposta de Iniciativa sobre um Projecto de Lei, que apresentei na Sessão passada, e lenho a observar á Camará, que estes Requerimentos não.são novos, por que foram apresentados na Sessão de 1850, e renovados ha de 1851. E para notar que se passassem duas Sessões annuacs sem que laes esclarecimentos fossem enviados, apesar .das repetidas diligencias que fiz; não sabendo a que hei de attribuir está demora, se á falta de diligencia, ou pouca vontade de se satisfazer ás requisições do Parlamento, ou á orgnnisação pouco conveniente das Repartições a quem .foram pedidos, pois que se estivessem besn organisadas, não deixaria de se saber o valor e os encargos pios a que estão sujeitos os bons c os capitães de que o Governo se apoderou.

Sr. Presidente, este assumpto e' muito grave para ser lançado ao esquecimento, e por interesse c credito do Governo devia acabar o escândalo de deixarem de se cumprir por mais tempo, aliás os instituidores ou os seus herdeiros tem direito a haverem os bens e os capitães -que haviam entregado ás Corporações Religiosas com esses gravames.

Sr.1 Presidente, na occasião em que nas Sessões passadas se discutiram os Orçamefitos da despe/a do listado, insisti sempre em que fosse abonada uma verba para esta despeza ; e confio ern que o Governo não deixará de a propor no que tem de apresentar li Camará ; se o não fizer, o farei eu, c para isso são-ITIC precisos os esclarecimentos que peço. Não entro por ora em observações mais largas a este respeito, mas não deixarei de as fazer, se o Governo continuar a ser surdo ás minhas reclamações. V" o i-. 2.-°— F r. v r. K r i R o — Í tf 02.

Também preciso saber em quanto importaram os bens das Ordens Religiosas, por que sendo a Iniciai-tiva do Projecto que apresentei na Sessão de 2 de Abril de 1849, para lhes serem restabelecidas as primitivas prestações, e o rneio de melhor mostrar á Camará a injustiça com que leni sido tractadòs os antigos possuidores destes bens, sendo-lhes reduzidas a metade do que lhes foram arbitradas no Decreto de 20 de Junho de 1834, e estas mesmas com um alrazo espantozo _

Concluo, Sr. Presidente, esperando que o Governo envie com brevidade o mcncionodo mappa que pedi ha dois annos. •

O Sr. Presidente: — O Requerimento fica para segunda leitura — li o Projecto sobre que o illustro Deputado renova a Iniciativa, manda-se buscar á Secretaria, para ler amanhã a leitura que se há de considera r segunda. " • '

O Sr. Holtrcman: — Sr. Presidente, no artigo 13." § 3.° do Acto Addicional á Carta vem restabelecido o Tribunal Fiscal de Contas, e como eu estou intimamente convencido de que não tem dado nem dará' resultado algum em vantagem pública, e julgue por isso desnecessário a sua existência, tanlo mais quanto é cerlo que elle gasta mais dinheiro do que ns sorri-mas que liquida, mando para a Mesa o seguinte Requerimento (Leu). .

Sr. Presidente, honlem declarei eu á Camará que u Comrnissão de Poderes ciaria provavelmente hoje .o seu Parecer sobre as vagaturas ; não foi ainda possível terminar este negocio na Conimissão; porem amanhã pela manhã a Cormnissão espera ter urna -conferencia e apresentar então o respectivo Parecer..

Aproveito esta occasião para pedir a V. Ex.° que dê alguma providencia a fim de se installar a Com-mis:-ão Especial que deve Iraclar da questão das Opções, visto que este objecto e de sua natureza urgente, e a Camará, por uma resolução sua, já o rc-conhbceu corno tal ; peço pois a V. Ex.a convide as Secções, que ainda não tiverem nomeado o respectivo Vogal para a Com missão Especial, que procedam n, essa nomeação, a fim de a mesma Co m missão se installar e ultimar este objecto que não pôde ter muita demora ern ser definitivamente resolvido.

O Sr. Presidente: — Quanto ao Requerimento fica para segunda leitura. — A respeito xla declaração que o illustrc Deputado fez por parle da Com-missão de Poderes, a Camará buviu-a e fica inteirada.— Sobre a necessidade de se instalbtr aCornmis-são Especial que tem de tractar dos Opções, curh-pre-me dizer, que ate este momento só consta na Mesa que cinco Secções tenham nomeado.os competentes Relatores, e por esta occasião convido as Secções, que ainda não tiverem feito a nomeação do Vogal para a Corn missão Especial, a que procedam a essa nomeação; e apenas e'siejiiru feitas todas as nomeações, -eu convidarei então a Commissão a ins-t.allar-se com brcvidítde, e a tractar da questão das Opções, que sem duvida nenhuma c uni objecto urgente ( ylpoindos).

O Sr. Ávila : ~ A primeira Secção já nomeou o Relator para a Commissão Especial que deve tractar das Opções.

Q Sr. Sarmento:—A segunda Secção também já nomeou.

O Sr. /'"t/K Pi cio G iro Ides: — A terceira igualmente.

Página 14

14

O Sr. Leonel.—A quarta Secção já nomeou o seu Relator para a Commissão Especial.

O Sr. Derramado: — A quinta Secção já nomeou também o Relator.

O Sr. Nogueira Soares : — A sexta Secção igualmente.

O Sr. Presidente: — Neste caso achando^se nomeados os Relatores deve installar-se a Commissão, e eu convido-a a que o faça com brevidade (Apoiados).

O Sr. Barão de palmeirim: — Como desejo inter-pellar o Sr. Ministro do Reino sobre objectos do Terreiro Publico, e o Sr. Ministro da Fazenda '.acerca de negócios da Camará Municipal de Santarém, por isso mando paia a Mesa a seguinte

NOTA. DE INTBRPELL\ÇÃO.— «Desejo interpellar o Sr. Ministro do Reino acerca do negocio do Terreiro Publico; e ao Sr. Ministro da Fazenda acerca de negócios da Municipalidade de Santarém." — fíarâo de Almeirim.

Mnndou-»c fazer a canvenicnte communicaçâo.

O Sr. Gomes:—Pedi a palavra para di/er a V. Ex.a que vim mais tarde, porque a isso fui obrigado por motivos de serviço publico.

Ò Sr. César de f^asconcellos:—Pedi a palavra para mandar para a Mesa duas Representações ; uma assignada por vinte e tantos Cidadãos, que serviram no Exercito na classe deOíTieiaes Inferiores, na qual pedem á Camará providencias que melhorem a sua desgraçada situação, resultante das nossas disscnçõcs políticas; e a outra e assignada por setenta o um OíTiciaes em disponibilidade, queixando-se de liavn-iciii sido infringidas ns Leis que regulam os accessos dos OíTiciaes do Exercito, o sobre isto pedem providencias u esta Camará.

Como estas Representações hão-de voltar aqui com o respectivo Parecer das Secções, reservo-me para en-lão fazer as considerações que me occorrerem sobre a matéria delias. — Peço a V. Ex.a que lhes de o destino competente.

O Sr. Braamcamp: — Mando para a Mesa o seguinte Requerimento í Leu).

Ficou para segunda leitura.

O Sr. Ferrer: — A Camará admittiu á discussão o meu Projecto sobre Côngruas deParochos, e determinou que fosse impresso no Diário do Governo; até hoje ainda não appureceu impresso ; e eu pedia a V. Kx.a me informasse do que ha a este respeito, porque na verdade insto pela sua publicação, desejando ver as observações que se fazem sobre ellep o que [iodem ser importantes.

O Sr. Presidente: — A Mesa deu ordem para se imprimir no Diário; não posso agora dizer ao Sr. Deputado a razão porque ainda não tem vindo, mas renova-se a ordem para que seja publicado.

O Sr. Benevides: — Pedi a palavra para mandar para a Mesa urn Parecer da Commissão de Petições ( Leu-, e delle se dará conta quando se lhe der destino).

O Sr. Rodrigues Sampaio. — Mando para a Mesa duas Representações, u primeira dos Operários, Carpinteiros e Calafates do Arsenal da Marinha em que

se queixam de serem os seus salários sujeitos ao imposto de urna decima, e pedem providencias á Camará a este respeito etc.

A segunda Representação e dos Professores de Ensino Publico do Districlo da Guarda, queixando-se do atraso de pagamento em que se acham, o qual no fim de Janeiro subia a vinte c um mezes, e dizem (Leu).

Os signatários desta Representação remetleram outra ao Governo. O alraso desta Classe desvalida não tem comnienturios, isto mostra somente o caracter de todas as nossas Administrações.

O Sr. Presidente: — Amanhã se lhe dará o destino competente.

O Sr. Nogueira Soares: — Pedi a palavra para mandar para a Mesa dois Requerimentos que JKISSO a ler (Leu).

Quanto ao segundo Requerimento relativo ao es-lado do Peso da Regoa, e a manclarern-se fazer o^ estudos necessários sobre o rio Tâmega para a sua eíinulisação, poço que seja discutido na oerasiã<_ que='que' a='a' reino='reino' respeito.='respeito.' fazer='fazer' em='em' do='do' algumas='algumas' presente='presente' sr.='sr.' esliver='esliver' o='o' p='p' este='este' quero='quero' ministro='ministro' porque='porque' ponderações='ponderações'>

Ficaram para segunda leitura.

O Sr. Presidente: — A Camará vai dividir-se CM n Secções para se occupar de trabalhos que já foram dados para ordem do dia.

O Sr. Hollrernnn: — Peço a V. Ex,a que senão esqueça de mandar que a Commissão das Opções M-reuna pura tractar deste objecto.

O Si. i't'f.aidvnle. —Os Senhores que foram nomeados para a Commissão dx Opções, queiram ter .1 i> ;ndade de se reunirem para a inslallação da Com-missão. Está suspensa a Sessão.— Era uma hora c 11 >n quarto da tarde.

ORDEM DO DIA.

Divisão da Camará em Secções, para continuarem a discutir o Acto Addicional á Carta, e, sobrando tempo, o Projecto JV.° 6, sobre a diminuição

Sendo quatro horas; c achando-se reunidos na Snl^ d l g uns Sn. Deputados, feita a chamada, everificnn-do-*e que não havia numero, disse

O Sr. r residente: — A maior parte dos nosso; Gol legas estão na outra Casa, já se mandaram chamar, c não vieram, por consequência para não in-commodar os que estão presentes., intendo que e' rne lhor fechar a Sessão (Apoiados).

\ ordem do dia para amanhã-e a mesrna de hoje, e se houver tempo nas Secções1 discutir-se-ha também o Projecto N.° 7 sobre o melhoramento das obras do porto e barra de Vianna. Está levantada, a Sessão.—Eram mais de quatro /toras da tarde.

Descarregar páginas

Página Inicial Inválida
Página Final Inválida

×