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468 DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

que o seu nome ficasse luzentemente firmado nas paginas mais uteis da administração publica em Portugal.

Disse.

O sr. Ministro do Reino (José Luciano de Castro): - Em primeiro legar, permitta-me v. exa., sr. presidente que eu felicito o illustre deputado que acaba de fallar pela sua brilhantissima estreia no parlamento, o que felicite a camara, por ter no seu seio mais um membro distinctissimo.

Não são frequentes, entre nas, as aptidões para a vida publica, e tambem para os trabalhos parlamentares, e por isso entendo bem cabido o testemunho de consideração que a camara, nas suas felicitações, acaba de prestar ao illustre deputado. (Apoiados.)

O illustre deputado é effectivamente um moço de grande merecimento, um clinico distinctissimo, um professor de primeira ordem, e acaba de provar quo ha de ser um parlamentar tambem distintissimo.

Felicitando pois a camara em nome do governo, não faço mais que prestar um preito de homenagem devida. Emquanto ás considerações que s. exa. fez, devo dizer que as tomo todas cm attenção, porque s. exa." fundamentnaes tão bem, e expoz com tanta lucidez as rasões para que recommenda a attenção do governo, que não posse deixar de dizer a s. exa., que dentro das forças, e tanto quanto me permittirem os escassos recursos do thesouro, vou dar ordens, tanto á administração do hospital do S. José, como a do de Coimbra, para que as indicações que s. exa. acaba de fazer, - e em especial, com referencia aos tuberculosos, sejam quanto possivel seguidas.

E se for indispensavel, por deficiencia d'esses estabelecimentos, proceder á edificação de barracas e hospitaes fluctuantes, para attender ás indicações do s. exa. farei proceder, depois das devidas informações, ás obras necessarias e indispensaveis para esse fim.

Por ora não posso dizer mais nada ao illustre deputado sobre o assumpto.

Já pedi informações tanto á administração do hospital do S. José, como á do hospital da universidade de Coimbra, para me habilitar a tomar uma resolução a tal respeito, em harminia com na indicações do illustre deputado, que é pessoa competentissima no assumpto.

Essas informações já foram mettidas por parte do hospital de S. José, mas as do hospital da universidade ainda não vieram. Em ellas vindo, procederei de accordo com as indicações feitas pelo illustre deputado.

S. exa. não reviu.

O sr. Moreira: - Agradeço a gentileza da resposta do illustre do ministro do reino.

sr. Albano de Mello: - Mando para a mesa uma proposta, assignada tambem pelos nossos illustres collegas Barbosa Sotto Maior e Simões dos Reis.

É a seguinte:

"Proponho que na acta da sessão de hoje se consigne que a camara soube com muito sentimento da morte do conselheiro Manuel Firmino de Almeida Maia, que foi membro do parlamento portuguez.= O deputado por Aveiro, Albano de Mello = Francisco Barbosa do Couto Cunha Sotto Maior = Antonio Simões dos Reis."

A camara da certo ha de querer associar-se a esta proposta, approvando a.

O sr. Manuel Firmino de Almeida e Maia não foi só ministro da camara dos deputados e par do reino, pela eleição com que o honraram os seus amigos do districto de Aveiro, tambem foi um intelligente e sincero jornalista ; e na sua mocidade andou com as armas na mão em defeza das liberdades publicas ameaçados. Mas a sua obra suprema, a obra maior da sua vida tão util e tão generosa, está aos melhoramentos que a formosa cidade, do Aveiro d'esta iniciativa, á energia e ao patriotismo do que foi seu filhos muito amado. Morreu na presidencia da camara municipal de Aveiro, morreu no seu posto de honra, no alto logar em que as suas qualidades de administrador mais brilhantes se affirmaram e onde deixou um grande nome e um grande exemplo do trabalho profícuo, de audaciosas iniciativas o de empreendimentos proveitosos e fecundos.

O sr. Manuel Firmino de Almeida e Maia tem, espalhados por todo o municipio de Aveiro, claros monumentos do seu fervoroso patriotismo, da sua forte vontade o do seu sympathico nome: são os melhoramentos com que soube engrandecer e fazer prospera a sua terra tão querida.

Os seus funeraes foram uma apotheose. A multidão apertava-se nas ruas o soluçava, commovida, quando o cadaver do virtuoso cidadão passava para o cemiterio.

A camara dos deputados, dando o seu voto a proposta, presta um testemunho de justiça, testemunho merecido, á memoria do nobre e estremecido filho do Aveiro.

O sr. Presidente do Conselho de Ministros (Luciano de Castro): - Associo-me sinceramente, em meu nome e em nome do governo, ás palavras de justiça que o illustre deputado acaba de proferir em relação a um homem quo foi prestantissimo cidadão e membro muito digno das duas casas do parlamento, Manuel Firmino de Almeida Maia. Por esta fórma rendo culto á sua memoria e faço justiça aos serviços que prestou durante a sua longa carreira do homem publica.

O sr. João Franco: - Associo-me tambem á proposta apresentada pelo sr. Albano de Mello, para que seja lançada na acta um voto do sentimento pela morte do Manuel Firmino de Almeida Maia.

Tive relações pessoaes com o extincto, e, apesar de meu adversario politico, fiz sempre justiça ás suas intenções e ao seu caracter. Bastava isto para que, independentemente de quaesquer considerações ácerca dos serviços por elle prestados, eu me associasse á mencionada proposta.

O ar. Presidente: - Tem a palavra o sr. Marianno de Carvalho. Entra-se na ordem do dia ás quatro horas menos um quarto.

O sr. Marianno de Carvalho: - Creio que o sr. ministro da marinha se ausentou. Á hora está adiantada, o assumpto demanda algum desenvolvimento, e assim, se v. exa. concordasse, eu deixaria para ámanhã e podido que queria fazer ao sr. ministro, se s. exa. poder comparecer, usando da palavra antes da ordem, e para o que tambem estou inscripto.

O ar. Presidente: - O sr. ministro da marinha não está presente, mas o sr. deputado godo usar da palavra para o outro fim.

O sr. Marianno de Carvalho: - A questão é simples. Se não me engano, em sessão de 2 de julho pedi que, pelo ministerio do reino, fosse enviado á camará o processo a respeito da tracção electrica na via publica em Lisboa.

Vão já um mez decorrido e eu peço ao sr. presidente do conselho que apresso a remessa do processo, que eu comprometto-me com s. exa. a que o não demoro mais de vinte e quatro horas.

Em sessão de 3 de julho o sr. Menezes e Vasconcellos requereu que fossem mandados á camara: 1.°, uma nota das quantias pagas ao banco emissor em cumprimento do disposto do artigo 2.° do contrato do 9 de fevereiro de 1893. Supponho que este documonto ainda não foi remettido. 2.", copia da portaria ou contrato pelo qual o governo garantiu, em fevereiro ou março, o emprestimo de 180 contos de réis á companhia dos caminhos de ferro atravéz da Africa. Supponho que este requerimento tambem ainda não foi satisfeito.

Desejo, pois, que v. exa. me informe se sim ou não este requerimentos foram satisfeitos, - os que dizem respeito ao sr. Menezes e Vasconcellos, - porque os que dizem respeito ao presidente do conselho sei que não foram.

Se fui satisfeita a requisição feita pelo illustre deputado,