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convicção de que havia necessidade de aposentar alguns Empregados daquelle Tribunal e de os.substituir por outros mais moços, mais ern estado de trabalharem, porque aquelles tinham já dado ao seu Paix tudo que podiam ter dado: mas que eu não estava habilitado para aposentar esses Empregados por falta de Lei, a.qual contava propor ao Parlamento.

O illustrc Deputado achou também ridículo que eu não tivesse prehenchido o Ioga r de Encarregado de um farol, c não sei que rnais! Pois se o Director da Alfândega rne tinha informado de que se podia supprirnir este logar, não era melhor supprimil-o cio que conserval-o vago para vir depois outro Ministro e empregar nelle urn seu afilhado? Pois pôde arguir-se um Ministro por ter sido escrupuloso em não nomear senão os l£ m pregados precisos, e acabar com nomeações inúteis? Eu não esperava ouvir isto, realmente não o esperava, sobre tudo d'urn lado da Camará, que está sempre a pedir economias, mas que as não sabe realisar, quando e Poder.

Sr. Presidente, o illustre Deputado por Aveiro e Lisboa disse também — Que a calumnia estava no seii direito quando se não dão contas — Se o illustre Deputado me quiz ;ipplicar esta sua fraze, digo-lhe que sou eu precisamente o Ministro a quem menos o pôde fazer. Eu já provei, que as contas da.minha Administração são as primeiras que o Tribunal de Coutas tem de julgai-. Agora só acerebconlarei, que quando saí do Ministério não estava ainda acabado o exercício do primeiro anno da minha Administração: por consequência só o Tribunal de Contas não julgar as contas desse tempo, a culpa já não pôde ser minha, a culpa só pôde ser da Administração actual, se não fizer organisâr essas contas ate ,'K) de Junho deste atino para as remetter ao Tribunal, para que es l e as possa julgar. Já vê pois o illustre Deputado, que a responsabilidade dessa falia só pôde re-cahir sobre o actual Ministério a quem o illustre Deputado apoia... (O Sr. José Estevão:—Nada; isso tem suas modificações) Pois se lhe não dá o seu apoio, lambem não o combate; o que e quasi o mesmo.

Sr. Presidente, o Auetor do Requerimento está ião convencido de que, na questão que para aqui trouxe e a respeito da qual apresentou um Projecto de Lei, não tem ra/ão nenhuma, que aproveita todas as occasiòes para rne injuriar nesta Casav fazendo al-lusòes a essa questão: eu, Sr! Presidente, não dou direito, nem ãuct.oridade ao illustre Deputado nem a ninguém desta Camará para o faxer: (Apoiados) se o illustre Deputado está convencido de que eu defraudei a Eazenda Publica nessa questão, tenha a coragem de propor.a minha accusação : mas eni quanto o não fixe r, em quanto ainda essa accusação não for julgada, procedente, c eu não for condemnado, tenho direito a chamar calumniadores a todos aquelles que se exprii'iiire,'n a este respeito como o fex o illustre Deputado (Apoiados).

Accrescenlarei ainda, Sr. Presidente, que ouvi dizer, não direi' onde, que uma das causas do movi-

mento d'Abn'l foi a dilapidação da Fazenda Publica. Se aquelles que dizem isto se referem ao Minis terio de 18 de Junho, dizem unia calumnia — digo-o alto e bom som para que me oiçam. Repito, quem diz que o movimento d'Abril teve origem na dilapidação da Fazenda Publica, se o diz em relação ao Ministério de 18 de Junho, diz uma calumnia, falta á verdade, calumnia esse Ministério, riâo poderá nunca provar o que diz. Lanço a luva, levante-a quetn a quizer levantar (sJpoiados).

Tenho terminado.

O Sr. Presidente : — Tem a palavra o Sr. Albano. ' ,O Sr. Agostinho A lhano;—Cedo da palavra. Não c esta agora a oeeasião opporluna de tractar da matéria relativa ao Tribunal, de Contas.

Não havendo (jucm ni,ms pedisse a palavra, posto o Requerimento á votação, foi approvado.

O Sr. Presidente:—Visto que terminou a discussão cio Requenimiiilo, a Camará vai dividir-se eni Secções. (Suspendeu -se a Sessão.— Eram três horas da tarde).

A's quatro horas da tarde fez-se a chamada, e continuou a Sessão.

O Sr. Presidente:—Visto que se acabou de fazer a chamada e não ha mais nada agora, que tractar, vou dar a ordem do dia para amanhã...

O Sr. Visconde d' A l me ida Garrctl: — Peço a palavra, para um Requerimento.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra.

O Sr. Visconde d' Almeida Garrei t;— Se a occa-sião não ti verdadeiramente própria para o despacho do Requerimento, que vou faxer, e própria com tudo para a apresentação do mesmo Requerimento.

Para se poder conservar este systema das Secções, não julgo" isso possível, sen fio quando a Camará apenas lida a correspondência, se dividir imrnediat.amen-te em Secções; isto e, deixar para a. segunda parle da • ordem do dia, o que faz objecto da primeira parte. Em quanto não .fizer esta inversão, e impossível o trabalhar em Secções, c por tanto roqueiro que se inverta o m e U iodo da ordern do dia, que a primeira parle' seja a ultima, e .a ultima a primeira. . O Sr. Prcddc.nle: — Agora não e possível dar andamento a este Requerimento, o illustre Deputado pôde amanhã suscital-o novamente, e então entrará em discussão.

O Sr. Visconde d' Almeida Garrctt: — Muito bem. Reservo-me para amanhã o repetir, mas fica desde já prevenida a Camará, de que eu proponho esta alteração no methodo da ordem do' dia.

.(.) Sr. Presidente: — A ordern do dia para amanhã e a Camará dividir-se em Secções depois do expediente, assim corno a instailaçíio da Commissáo Especial sobre o Acto Addieional, e a outra sobre o Regimento Interno da Camará, visto que já se acham nomeados os competentes Relatores. Está levantada a Sessão. — Eram quatro horas e -um quarto da tarde.