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: O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado sabe perfeitamente que eu não desejo usar em toda a latitude do Regimento; mas e' preciso que o Sr. Deputado ácquiesçâ na forma que determina o Regimento: portanto proponho á Camará se o Sr. Deputado eslava ou não fora da ordem ; é preciso primeiro deêidir este incidente.... (Vários Srs. Deputa-cfo§ pediram a palavra}.

O Orador: —• Eu sou áccusádo por V. Ex.a, e V. Ex.* é a Camará devem-me ouvir. Eu disse que V. Ex.a não data ao Regimento aquella intelligen-cia Cjue eu suppunha a verdadeira; eu não insisti que a minha intelligencia era a única e verdadeira, e creio que estava ria ordem.....

O Sr. Presidente : — Mas traclou o Presidente de ttiestré de meninos , e os Srs. Deputados não são creanÇds....

O Orador:—Eu disse, que V. Ex.a parece tra-ctar-nos como mestre de meninos.

O Sr. Presidente: *— Mas isso nunca se podia dizer ao Presidente da Gamara, elevado a este logar pela maioria da mesma Camará....

O Ortíáóf:-—O Presidente da Camará pôde ser a pessoa rnais digna d'occupar esse logar, mas pôde errar porque é homem, pôde errar na intelligen-tíia do Regimento, e eu como Depuíado posso e te ri lio'-'direito} não só direito, mas obrigação de cen* ítirar este seu proceder....

O Sr. Presidente: -<_-Màs p='p' de='de' sérvir-se='sérvir-se' pede='pede' e='e' indecentes='indecentes' impróprias...='impróprias...' não='não' expressões='expressões'>

Q Orador:—Não me servi de expressão nenhu-¥ná in

O Sr, Presidente : — Limite*se o Sr. Deputado a esse ponto, e verá que a Camará lhe hade dar toldo o -apoio ...

O Orador:—Não saio d'elle, porque eu sei o que B o tegirrVeh parlamentar, se algumas vezes o meu génio ardente «ic faz fallar com mais vèhe-tnencia, sou o primeiro a faser reparação ; m-as não n*este caso, porque estive e estou sustentando direitos sagrados, e tenho não só direito a fasel-o , faias obrigação; e de direitos meus posso eu ceder por deferência, de obrigações nunca e nunca l

V. Ex.* na minha opinião interpretou corn demasiada liberdade para si, a letra assaz clara do Regimento: elle é claro e expresso quando diz — Que entrarãv na galeria publica todas as pessoas que quizerem entrar.

O Sr. Presidente: -— Isso não é que está em discussão. . .

O Orador: — Bem, pois então senão está em discussão não fallarei nisso; V. Ex.* não quer que explique a questão , não a explicarei.

Mas um Deputado de qualquer lado da Camará levanta-se e faz um Requerimento no qual periende mostrar que V. Ex.* não tinha dado a verdadeira intelligehcia ao Regi mento — digo eu, Requerimentos como este não precisam discussão para serem admittidos a ella ; a practica constante da Camará foi discuti-los immediatamenle, e depois da sua discussão rejeita-los, ou âpprova-los: posso citar milhares d'exemplos; não ha talvez nenhum Sr. Deputado, que tenha assento antigo nesta Casa, que não possa dizer que isto se tem passado com elle ; e passou mesmo com V. Ex.% quando único nesta casa" representava urn Partido, quando se achava rodeado de pessoas, que ou erarai positivamente hostis aos seus princípios, ou não os abraçavam pelo mês* mo modo que V. Ex.a; V. Ex.a então foi tractndo com a maior generosidade, invoco os e'cos desta Sala ; (uma voss: —É verdade) foi ouvido sempre que quiz fallar; fallou fora do Regimento e dentro do Regimento, usou de todos os meios. Eu louvo o seu procedimento de então: mas V. Ex.a era o ultimo que se devia esquecer dellel .. . (Apoiados do lado esquerdo). Portanto, Sr. Presidente, digo, que V. Ex.a não devia pôr á votação se o Requerimento era ou não admittido á discussão ; não devia fazê-lo, assim como entendo e torno a repetir, que V. Ex.* excede bastantemente o Regimento quando a miúdo nos está reprehendendo e dando lições; porque em ^quanto nós não faltarmos ao decoro e decência do Parlamento, não nos deve reprehender; deve lembrar-se, qne somos Representantes da tía-ção assim como V. Ex.a é, e deVé respeitar em nós j ao menos, o mesmo caracter que tem. Digo isto, Sr. Presidente, e digo , que pela minha parte eu não quebro nem interrompo nunca as discussões voluntariamente; se alguma vez ouvindo opiniões ou asserções que offendem o tneu credo ou as minhas opiniões-sobre qualquer ponto, eu posso soltar uma voz involuntária — d« sim! — de não f — isso não pôde ser / — isso é falso!— Pérrnitta-me V. Ex.a que lhe al-legue o testemunho de toda a Europa em que essas ejaculações são toleradas, e só quando ella& chegam a perturbar a Assemble'a completa mente, e' que Q Presidente ousa reprehender o Deputado.

Não direi mais nada ; não pertendi offender a V. Ex.B,.e declaro isto não por medo das consequências, é porque tenho consideração com a sua pessoa; das consequências não tenho medo; bem sabia onde e com quem me vinha metter quando para aqui vim. ... Estou preparado, resolvido para tudo.