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fés, e que vários e terríveis perigos não traria corn-sigo esse tempo longo, que a tal resolução, ainda quando vantajosa , houvesse de consagrar-se ? Porem ha mais: submelíer uma questão desta nature-£a ao Parlamento nascido da revolução, fora reconhecer nessa revolução,o próprio direito , cujo nosso único fim era neg.

A Restauração da Carta era pois inevitável; e por nenhum outro modo menos irregular, do que aquei-]e que se empregou , podia ser alcançada.

Contra elle se elevaram unidas todas as cores políticas dissidentes; e ainda ahi na inutilidade de tamanhos esforços coliigados se vai achar a harmonia, em que este acontecimento estava com a verdadeira opinião do Paiz. Uniram-se os seus adversários, para se darem mutua força rio destruir, embora peta sua heterogeneidade fossem impotentes para fundar: com surpresa vimos combatendo rias mesmas fileiras os mais encarniçados inimigos, por exemplo, uai ex-Ministro «' hoje apoiado por um distin-cto Membro da Opposição . que n'uma effusão de sentimentos exprimidos com o usual ardor, e vebe-mencia , exclama : —:esse Ministério é de quantos t£Sxn t&SLVÍÍQ. q. faiz^ o mais imoroçrio N o mais perigoso: um demónio o atormenta, e fica empestado quem delle seapproxima : = vivem hoje em boa paz; resta cotntudo saber, qual para os princípios de cada um tinha de ser aparte nos despojos da vi-Ctoria.

Quanto a nós, Sr. Presidente, queremos a sustentação deste Ministério, ern quanto por actos positivos se não mostrar indigno da sua alta missão ; queremo-lo, porque em taes circumstancias , transferir o podor a outras mãos, fora sofismar o grande movimento nacional; queremo-lo, porque queremos urn Governo forte; forte na sua oii^em; forte no acatamento á Lei Fundamental ; fotte na maioria parlamentar; forte no desejo e no poder de fazer-se respeitável e respeitado; fortf ria vontade cie reprimir as facções; forte neste prestigio, sem o qual é impossível reger bem os negócios do Pau. li porque eu não quero, sem graves motivos, concorrer pata que esse prestigio se destrua , voto pela Hes» posta de Mensagem á Coroa, tal co:no foi apresentada pela Com missão.

O Sr^ Almeida Garre/t: — Ainda não começou desde que lia Parlamento em Poitugal, ainda não VOL. 2.° —AGOSTO—1842.

começou , e sem aggravo de ninguém seja dito, á discussão da Resposta ao Discurso da Coroa com mais serenidade e gravidade do que tinha começado esta: a urbanidade, e moderação, acompanhadas da energia que mais sobresae e avulta com taes companheiros, resplandeceram no primeiro Discurso com que a discussão foi aberta; e a vehemencía do Orador que fallou em segundo Jogar, e cujos cortantes argumentos todos de factos innegaveis e innegadoSj, levaram a convicção a todos os ânimos, e a desesperação ao animo do culpado, foi todavia temperada' por tal comedimento de phrase, por tão stricta observância de todos os respeitos humanos, que elle mereceu a admiração dáquelles mesmos, que menos estamos costumados a admira-lo.

Quem revolucionou a discussão? Quem, estranho a toda a gravidade, repugnante a toda a ordem, quem foi o accintoso provocador que a levou para o campo das injurias, das torpes regaleirices, das palavras vilJans.e descomedidas? Quem foi o que escolheu esse terreno para combater, único seu terreno de vantagem ? Quem appellou para essas armas, e para esse modo de peleja, porque só ahí não é cobarde? A Camará o dirá, e quantos nos teem ouvido, a Camará dirá de que boca saíram as recriminações por factos da viria passada que nada tinham com a questão presente, os insultos a partidos inteiros, as insinuações mais baixas e vis contra as intenções, que é mister calumniat, já que não é possível as obras.

Na honra, na probidade dos mais distinctos caracteres do Partido Canista foram feitas largas e empeçonhadas feridas, amigos e inimigos a todos che= gou o criz hervado desse amouco de sua própria ambição. Não me toca a m i m vingar essas affrontas, nem precizauí de meu fraco auxilio os affrontados. Em mãos certas e valentes está a lança do castigo-iA» se não em antes o.látego do que a lança, melhor e mais própria arma.