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d i ff: e u Ida dês; ou ainda mais claro — morram todas as caixas económicas que existem, e não se organize alguma outra, a fim de prosperarem as da companhia Confiança Nacional.

Sr. Presidente, um projecto que offende os principies santos de igualdade, consignados em todos os códigos dos paizes livres, e nos nossos corações — que ofíende a letra e espirito da Carla Constitucional— que consigna e protege a mais revoltante das irnmoralidades, não terá jamais o meu voto af-íirmativo. Rejeito-o por tanto com todas as minhas forças (apoiados.

O Sr. y//ues Martins: — Sr. Presidente, vai-me parecendo muito grande demora a do Ministério, e não me julgando por ora habilitado a tractar de uma questão de tanta consideração, sem estar presente algum dos membros do Governo, entretanto como tern a palavra o Sr. Silva Cabral, só me limitarei a perguntar á illustre com missão, ou a V. Exc.a, se votando-se o art. 1.°, se vota o contracto todo. (fozes: — Vota, vota.)

O Orador: — Então já se vê que quem entar na discussão deste artigo, tem de entrar na questão de toda esta doutrina ; tem que analysar todas as parles do contracto. Em segundo íogar tenho que perguntar á illustre Commissão, visto não estar presente o Governo, que intelligencia quer dar ao art. 5.°, que diz assim (leu). Este artigo e' contradicto-rio, quando diz que o Governo peça auctorisação ao Corpo Legislativo para confirmar o contracto: pergunto por tanto á illustre commissão, se a companhia de que se tracta, em virtude deste artigo, já estabeleceu algumas caixas filiaes, .ou se ainda não está em vigor tal disposição, ou se em virtude deste mesmo art. 5.° se não determinou ainda nada?

O Sr. Silva Cabral: — Sr. Presidente, se por ventura o illustre Deputado me pergunta, se a Companhia Credito Nacional estabeleceu algumas caixas económicas, respondo que nào posso de facto próprio satisfaze-lo, pois que não tenho outras informações mais, do que oulro qualquer pôde ter; porem se o Sr. Deputado me pergunta, se em virtude de tal artigo essas caixas se acham estabelecidas, eu posso asseverar ao Sr. Deputado que não estabeleceu nenhuma. Em quanto pore'm ao art. 5.* posso dizer q»e nern S. S.a, nem o illustre Deputado, que acabou de fallar, entenderam o art. 5." do projecto, porque se o entendessem, não haviam de ennunciar uma doutrina lal, corno já se ennun-cioii, e não viria fazer-se um alarido tal como o fez o Sr. Deputado, que acabou de fallar sobre a ma-toria : quando eu lá chegar eu explicarei o artigo, como verdadeiramente deve ser entendido, porque «lesmo a respeito da intelligencia delle ate' um dis-tincto caracter desta Assemble'a, ao qual nós todos não podemos deixar de tributar os mais sinceros respeitos, ate'esse mesmo se enganou inteiramente. Em verdade, Sr. Presidente, quando apparece uma ob&ecaç«.o de espirito daquella ordem não admira, , que se ouçam nqnelles alaridos, que o illustre Deputado acabou de fazer, quando acabou o seu discurso. Sr. Presidente, limitando-me unicamente ao ponto, digo, que não se estabeleceu por ora nenhuma ctnxa económica, nem me consta que se estabelecesse ; pois que a Companhia Credito Nacional não pode estar em differente posição de todas as mais, pois que ella teria que lançar mão de um SESSÃO N.° 3.

meio legal, não corno o de que usou a Cotttpanhía União Commercial, (lá chegaremos a esse ponto) mas de um meio que as leis não prohibiam, não precisando lançar mão do art. 5.°, mas sim aproveitando-se do art. 1.° i

Agora tendo de fallar sobre o objecto eu tracta-rei de fazer algumas breves observações sobre Qquel-las, que o illustre Deputado o Sr. Miranda fez contra o projecto.

Serei o mais breve que tne fôr possível em rés* peito a cada uma delias, porque ainda me acho bastanlemente~debil para poder entrar em uma discussão assaz longa ; mas parece-rne, que as observações que eu vou fazer sabre cada um dos pontos, que o illustre Deputado tocou, nào me poderão deixar de tirar conclusões contrarias ás queS. S.a tirou.

Sr. Presidente, o illustre Deputado fez o elogio ás caixas económicas, e quem lhe não fará esses elogios, atlentos os benefipios, que delias tem resultado para a humanidade, para a ordem, e para a sociedade em geral, pois que são irnmensos os bens, que tem trazido semilhanles instituições?

Para estas instituições serem bem acceitas dos povos, para Calas instituições merecerem uma constante sollicitude muito particular da parte dos Governos, e' porqiif; ellas querem a ordem e a paz; bastava atlender que os seus elos são o gérmen da civilisaçâo geral, &âo a origem de todas as virtudes sociaes; bastava, Sr. Presidente, observar que esta instituição produz na população era geral o espirito de ordem, pois que ella e uma instituição anti-revolucionaria.

Sr. Presidente, o Governo'viu, quando trouxe este projecto á Camará, que a maioria desta Casa estava muito disposta a abraça-lo, porque logo viu nelle uma medida anti-revolucionaria, e não podia por consequência deixar de produzir este revoltado ; e' esta uma instituição a mais justa, que tem visto as gerações modernas e antigas.