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podia pôr elle fazer obra, nem obrigar os povos a que fossem votar em ta! e tal logar. Uma circumstan-cia ignorava eu h o n tem , e que S. Ex.a me revelou , e é que o Governo tinha sido o auctor daqueiia vio-íação; eu chamei a altenção do Governo sobre este. ponto, para que elle exigisse a responsabilidade do subalterno, seu empregado; mas o Governo diz que foi elle, porque entendeu que a lei .estava errada; eu não o entendia assim, porque remetter ao Administrador Geral , para elle dar as providencias, isto não é mandar; mas o Governo, não querendo exigir a responsabilidade dos seus subalternos, faz-se cúmplice, porque rnesmo diz que mandou ^depois de ter ouvido a Commissão d'Estat!stica.

Relativamente ao scisma, disse S. Ex.a que essas providencias tinham sido empregadas pelo Administrador Geral, que era pessoa muito respeitável, e muito conspícua, e que o" Governo tinha julgado bom que elie tomasse aquellas medidas. Eu, Sr. Presiden-. te, na minha capacidade, corno Deputado, não tenho nada com os Administradores Geraes, as minhas observações só dizem respeito ao Governo; quando elle approva o procedimento dos Empregados, e não lhes toma a responsabilidade, fica por esse facto responsável; usas oGoverno não disse a esse Empregado respeitável, como na realidade e, que tinha feito mal, não o disse; logo tomou sobre si a responsabilidade; subsistem, quanto a mira, as mesmas razões para rejeitar a política que existia antes da explicação do Sr. Ministro acerca de seus actos. O-Sr. Deputado, que se assenta no banco superior, respondeu ás minhas observações relativamente á Fazenda Publica; deixarei de fallar nessa interpelação, não por que não julgue as suas observações de grande peso, ellas o forarn , mas como o Sr. Ministro da Fazenda não deu ainda as suas explicações, esper-arei que as dê, e far-rne-hei cargo de lhe responder.

O Sr. Costa Cabral: — Principiarei o meu discurso aproveitando-me d'uma idéa quehontem foi apresentada pelo Sr. Deputado, que acabou de fallar, e como elle direi, chegou a época por iodos desejada} é uma verdade, Sr. Presidente, chegou a época, que alguns dosSrs. Deputados muito ambicionavam para descarregar sobre o Ministério os terríveis golpes da sua tretrienda ira, época pela qual SS. SS.a8 suspiravam para pedir contas a um Ministério, que elles têem alcunhado deretrogrado, e cujos actos são, no «eu entender, outros tantos golpes d'estado contra a liberdade do nosso Paiz, época, pela qual os Srs. Ministros (seguros1 &m suasconsciencias de haverem observado, e feito observar a lei, e de haver promovido a prosperidade da Pátria tanto, quanto o permitlem as desgraçadas circumstancias em que nos achamos) suspiravam também para ser julgados perante este respeitável Tribunal da Nação , e quanto a mitu posso igualmente assegurar que reputo o dia de hoje «m dos dias mais felizes da minha carreira política, porque havendo entornado a iniciativa em alguns dos -actos do Alinisterio que principalmente respeitaram á segurança da Capital, eu desejo partilhar hoje toda •a responsabilidade dos mesmos actos, pedindo por isso desde já aos Srs. Deputados que hajam de ap-plicar ao meu pescoço a corda que parece tem destinado para apertar as gargantas dos Srs. Ministros. OSt.OepvAaào qtts arabcAi de CsAtat .... (suskutro .na. esquerda, e agitação em parte da galeria J.

O Orador: podem fazer o sussurro que quizerena.

e como quizerem , porque nada me fará calar, nens me impedirá de dizer o que sinto. (Apoiados).

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado pôde continuar, porque não hade por certo ser interrompido.

O Orador: o Sr. Deputado que acabou de fallar começou bontem o seu discurso , explicando os motivos porque havia aceitado a sua candidatura, por que se návia decidido a vir tomar assento nesta Camará ; disse elle que assim havia procedido para justificar a sua condudta, e destruir a imputação que por ventura lhe pôde ter sido feita em virtude d* um acto referendado pelo Sr. Presidente do Conselho; creio que o Sr* Deputado alludiu ao Decreto, pelo qual Sua Magestade Foi Servida Conceder-lhe a demissão de Ministro dós Negócios Ecclesiasticos e de Justiça, conservando-lhe todavia as honras deMinis-tro, mas dejxando de declarar que serviu a contento e satisfação da Mesma Augusta Senhora.

Seguirei ainda nesta parte o discurso de S. Ex.% e também declararei que foi .igual o motivo , que me obrigou a aceitar a minha candidatura, e a vir tomar assento nesta Camará, também como o Sr. Deputado eu preciso justificar-me, também como elle careço de destruir falsas imputações, sempre acompanhadas de injurias, e de sarcasmos. Sr. Presidente, tenho sido fortemente injuriado, e vilipendiado pelos Jornaes, que passam por ser os órgãos d'alguns Srs. Deputados, de poucos Deputados, que entendem, ou querem fazer persuadir que só elles são virtuosos, que só elles querem o bem da Nação, e o que e mais que só elles são capazes de o promover. Verei, Sr. Presidente, se posso mostrar que eu também desejo, e quero o bem da Nação, e que alguma cousa fia para eile se conseguir nas providencias que tomei, ou propuz ao Governo, e na exposição deste objecto verei se posso mostrar que, se alguma vez errei, não tive ao menos a intenção de fazer o mal, e de commelter o crime, e de passagem farei igualmente por destruir esse montão de injurias com que tenho sido coberto.

O Sr. Deputado que hontem tomou em primeiro logar a palavra do lado da opposição ao Ministério, estabeleceu a seguinte Proposição—*A política do actual Governo é uma política d* invenção, uma po-litica fundada em vãos receios, e fantasmas, uma política inconstitucional, e cuja bandeira é a bandeira do retrocesso.