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do. (apoiado) Man nós vemos que o Governo ate' agora não tem feito nada disto, mostrando assim, que as caixas económicas dessa companhia são le-gaes, e o são de facto corno já mostrei; porque aliás já as teria mandado fechar.

Quanto á falta de confiança, considera-se mais confiança na outra companhia, que na União Com* mercial, (com quern, senão pôde negar que o Governo tem feito transacções) porque tem solidez, e por isso e que se lhe dão esses princípios que affir-mam se não podem conceder á companhia União Commercial) por isso que disse aqui o Sr. Deputado—o Governo entendeu que a companhia União Commercial não tinha a solidez precisa para sustentar este estabelecimento. (O Sr. Silva Cabral: — Não disse isso, e o que disse não foi, nem o podia ser como da parle do Governo.) O Orador: — O Sr. Deputado disse — eu aqui tenho a nota que to-mei. — O Governo na sua opinião entende que a solidez da companhia Confiança dá garantias para sustentar este estabelecimento, o que não acontece quanto á companbia União — isto quer dizer que a conpanliia União não tem a solidez precisa para sustentar este estabelecimento. (O Sr. Silva Cabral: •—Eu apresentei iaso como hypothese.) O Orador: — Pois bem, seria como hypolhese, rnesmo em hypothese não quizera ouvir isto de um Deputado que aqui defende o contracto e que sabe, porque e um facto que o Governo tem sustentado differentes empréstimos com acompanhia União Commercial, transacções que se fizeram porque se entendeu que a companhia era urna companhia solidamente estabelecida ; mas disse-se que o Governo tinha obrigação de velar pela segurança do Estado e que por isso preferia a companhia Confiança Nacional a outra qualquer companhia para o caso de se conceder os privilégios, porque este negocio era todo de confiança.

Sr. Presidente, eu antes da discussão do adiamento entendia que esta confiança de que se falia, não era uma confiança política, mas sim relativa aos rneios que o Governo julgasse achar na companhia Confiança JVacional com preferencia .a outra qualquer; no entretanto a discussão do adiamento, e a discussão que já hoje lem tido logar, lera mostrado que esta confiança e' unicamente a confiança política; e neste caso não sei se o Governo quererá que se diga que elle pertende que a companhia Confiança Nacional com o dinheiro dos particulares e dos estabelecimentos pios sustente este Ministério, não sei se o Governo quererá que se diga, que o Governo representa acompanhia, ou que a companhia representa antes o Governo, e não os interesses do Paiz.

Sr. Presidente, eu não posso adrniltir que uma companhia encarregada de estabelecer caixas económicas vá representar a política de ;un Governo, (apoiado) pois que neste objecto não ha senão os interesses do Paiz. A companhia que se encarrega de estabelecer as caixas económicas, aonde entram os interesses daquelles que lá vão rnetter as sobras das suas despezas, as economias que fazem, não se lhes dá de maneira alguma auctorisação para sustentar a política dos Governos; os differenles cidadãos quando lá vão metter o seu dinheiro, não é senão para ser empregado ern objectos d'onde podem vir os interesses que elíes lêem em vista quando lá o levam. Concluiu o Sr. Deputado dizendo que o pri-SESSÃO N.° 4.

vilegio que se concede de não poder penhorar-se nem apprehender-se de qualquer modo o que se acha nas caixas enconomicas, cotn relação ao criado que rouba o amo, era para evitar o máo uso que podia fazer deste dinheiro assim havido. Sr. Presidente, o illustre Deputado querendo por este lado evitar ama applicação dodinheiio roubado; não sei se com este privilegio quer dar um incentivo o maior possível para o roubo; porque o criado que rouba o amo, ou o filho que rouba o pai, tendo a certeza de qua o dinheiro que rouba rnetertdo-o nas caixas económicas não está sujeito a ser apprehendido, elle fará os roubos que poder, porque ainda mesmo que haja perseguiçãojudicial, difficil será provar, que é furtado o dinheiro alli metido, pois que nos casos ordinários muitas vezes acontece não haver provas bastantes para se poder persiguir o ladrão, e muito, mais ha de isto acontecer quando o criado tiver a certeza de que o dinheiro depositado nas caixas económicas não fica sujeiío a nenhuma apprehensão, e isto e' immoralissimo.. .!